domingo, 30 de agosto de 2009

Emoção no Senado. Discurso do Sen Mão Santa

Emoção no Senado - Ernesto Caruso, 28/08/2009
Quem teve a oportunidade de acompanhar o discurso do senador Mão Santa do PMDB em homenagem ao Dia do Soldado, no dia de ontem, sem dúvida se emocionou profundamente.

De início, lembrou da gratidão como mãe de todas as virtudes, destacando com entusiasmo que havia sido agraciado com a Medalha do Pacificador, que apontava com devoção, presa ao seu peito, diante das câmeras.

Razão e coração, raízes da emoção na condução política e militar dos destinos do Brasil.

Foi uma oração sincera, pausada, que com honra e orgulho pelo galardão recebido — o único dentre os 81 senadores, como frisou — deu um passeio pela História homenageando nossos heróis soldados.

Enfatizou:
“Somos felizes pelos militares que temos e vou defender a tese.”
"... os militares, no Império, garantiram a unidade deste País, comandados por Caxias, o militar, o Senador. Ele deixou um grande ensinamento para todos nós, que revivo: não humilhar os vencidos.
... nós não temos nada a ver com a história de Cuba; nada a ver com a história da Venezuela, de Chávez; nada a ver com os aprendizes; Correa, do Equador; Moralez da Bolívia; com o padre reprodutor do Paraguai; a Nicarágua e a confusão de Honduras.
... em nenhum instante, nem o Marechal Deodoro, nem o Floriano Peixoto – o Marechal do aço –, nem o Hermes da Fonseca, nem os cinco militares – atentai bem! –, porque o que caracteriza a democracia é a divisão de poder. ... Que o Executivo era forte, era forte. Mas existiu o Judiciário e existiu esta Casa.
...eu conheci Castello Branco pessoalmente. ... Ô homem de bem! Ô homem sério! Ô homem honrado o Castello Branco! Eu o conheci. O julgamento é meu.
... As raízes dele são piauienses. Aquela Batalha do Jenipapo, que hoje é comemorada pelo Exército, foi ele que conheceu a luta dos bravos piauienses com os cearenses para expulsar os portugueses do solo brasileiro e garantir a unidade nacional a este País, que seria dividido em dois. Então , foi Castello Branco que mandou que aquele 13 de março fosse comemorado nacionalmente pelo Exército como uma batalha da unidade. ...

Conheci Ernesto Geisel, ... Ô homem austero, sério, correto! Eu o conheci.... E conheci João Batista Figueiredo. ... na minha psicologia, que sou médico, um grande homem, um homem de bem, um idealista, um militar.Deram uma missão para ele: “Vai lá e faz a abertura”, o Geisel disse. Era como se dissesse para ele: “Vai para o Haiti”, e ele ia; “Vai para o Iraque”, e ele iria. Ele era militar. Mas puro. Cidadão de bem, honrado.

O que é a democracia? No meu entender, e entendo bem, aqui é o lugar para se dizer que somos os pais da Pátria. A democracia é a divisão de poder. Teve. E alternância de poder. Que eles fizeram eleição indireta, fizeram. Que eles se alternaram, se alternaram. Isso é o que caracteriza uma democracia. E o do Piauí foi considerado. Petrônio Portella, a sua luz, o homem convocado para ser Presidente, o primeiro civil, a anistia, Ministro da Justiça, um ícone da redemocratização, Presidente desta Casa por duas vezes.

...Vinte anos de mando, nenhuma indignidade, nenhuma imoralidade, nenhuma corrupção....E todos, todos deram ensinamento. O Sr. Deodoro, o Sr. Floriano Peixoto, o Dutra – que eu vi, tinha nascido. Que ensinamento belo! ... ele entrou no lugar do Getúlio. Só um quadro para mostrar o ensinamento dos militares a nós. Muito oportuno e atual para esses aloprados que estão aí a assaltar este País. Dutra, no apagar do seu governo, eleito Getúlio, voltando nos braços do povo, chamou o genro e disse: “Veja uma casa para eu morar”. Entregou a faixa, entrou no carro do genro. Aí, era um sobrado grande. Ele parou e não quis adentrar. Disse: “Não tenho dinheiro para pagar essa casa. Como você faz isso?”. O Marechal Dutra, ex-ministro da Guerra, ex-Presidente, sentiu que não tinha. Aí o genro disse – e esta é uma passagem bonita –: “General, Marechal, você pediu que eu resolvesse o problema. O senhor não vai pagar. Foi um amigo seu que lhe emprestou, nesta fase de transição”. Então, saiu nessas condições o Marechal.

São essas homenagens que eu quero dizer. E não bastava isso tudo, esses ensinamentos, por aqui passaram brilhantes militares. Caxias foi Senador.

Quem não tem saudade de Jarbas Passarinho, que ainda vive, Senador, cinco vezes Ministro deste País. Virgílio Távora, lá do Ceará,... Exemplos deles.

Então, queremos encerrar manifestando os agradecimentos de todos nós brasileiros pela seriedade daqueles homens, eles são o povo, eles são filhos de famílias, como nós, os militares, e têm competência para entrar no terceiro ano.

Analise o que é o ITA, em que sonhei entrar, o Instituto de Tecnologia da Aeronáutica, a Embraer, a Marinha e o nosso Exército, além das missões de segurança, os inúmeros Batalhões de Engenharia a construir neste País. Lá no meu Piauí tem dois Batalhões de Engenharia. Mas o mais importante eles sempre garantiram, que foi manter hasteada esta Bandeira, com a mensagem positivista “Ordem e Progresso”, isso que sonhamos para o nosso Brasil.

E agradecemos a participação das três Forças Armadas, que hoje foram homenageadas no Senado. ...”


Nada a acrescentar, só emoção, que compartilho com todos que lerem esta mensagem, um resumo a partir do discurso do Senador Mão Santa. Ernesto Caruso

Geisel e o gás boliviano

Amigos, visão de longo prazo é isto.
Vejam o ano.
68% da capacidade industrial produtiva das regiões sul e sudeste de nosso país também dependem do gás vindo da Bolívia.
O impacto nas contas públicas, inflação e tributação advindo da majoração ou do controle do fluxo do gás para nosso país é considerável.
Nossa diplomacia, como todas as demais, existe para defender os interesses da Nação e dos cidadãos nela incluídos e não pode ser contaminada por ideologias.
Propostas para tornar tal situação mais estável quando não, sob controle, devem aparecer de forma clara nas próximas eleições e cabe ao eleitor se interessar sobre nosso futuro energético.
Boa reflexão.

Isto é Brasil

Amigos, em uma região com elevado índice de alfabetização, como também, de meios de comunicação. Será que Educação, por si só, é a solução para nossos problemas?

Isto é Brasil

Texto do Marcelo TAS: O ser petista


Boa noite amigos.
Normalmente procuro não falar ou comentar sobre partidos e suas ações. Todavia em função do texto do Marcelo TAS, colega de turma da EPCAR em Barbacena MG, envio este texto bem escrito.
Na foto, ele e o Arlindo Cruz estão "batendo uma continência padrão" após 34 anos, e não se esqueceram da maneira de fazer, em homenagem aos amigos que até hoje nos comunicamos diariamente.


O SER PETISTA

Texto de Marcelo Tas

Por não ser petista, sempre fui considerado "de direita" ou "tucano"
pelos meus amigos do falecido Partido dos Trabalhadores.

Vejam, nunca fui "contra" o PT. Antes dessa fase arrogante
mercadântica-genoínica, tinha respeito pelo partido e até cheguei a
votar nos "cumpanheiro". A produtora de televisão que ajudei a fundar
no início da década de 80, a Olhar Eletrônico, fez o primeiro programa
de TV do PT. Do qual aliás, eu não participei.

Desde o início, sempre tive diferenças intransponíveis com o Partido
dos Trabalhadores. Vou citar duas.

Primeira: nunca engoli o comportamento homossexual dos petistas.
Explico: assim como os viados, os petistas olham para quem não é
petista com desdém e falam: deixa pra lá, um dia você assume e vira um
dos nossos.

Segunda: o nome do partido. Por que "dos Trabalhadores"? Nunca
entendi. Qual a intenção?
Quem é ou não é "trabalhador"? Se o PT defende os interesses "dos
Trabalhadores", os demais partidos defendem o interesse de quem? Dos
vagabundos?

E o pior, em sua maioria, os dirigentes e fundadores do PT nunca
trabalharam. Pelo menos, quando eu os conheci, na década de 80,
ninguém trabalhava. Como não eram eleitos para nada, o trabalho dos
caras era ser "dirigentes do partido".. Isso mesmo, basta conferir o
currículum vitae deles.

Repare no choro do Zé Genoníno quando foi ejetado da presidência do
partido. Depois de confessar seus pecadinhos, fez beicinho para a
câmera e disse que no dia seguinte ia ter que descobrir quem era ele.
Ia ter "que sobreviver" sem o partido. Isso é: procurar emprego. São
palavras dele, não minhas.

Lula é outro que se perdeu por não pegar no batente por mais de 20,
talvez 30 anos... Digam-me, qual foi a última vez, antes de virar
presidente, que Luis Ignácio teve rotina de trabalhador? Só quando
metalúrgico em São Bernardo. Num breve mandato de deputado, ele fugiu
da raia. E voltou pro salarinho de dirigente de partido. Pra rotina
mole de atirar pedra em vidraça.

Meus amigos petistas espumavam quando eu apontava esse pequeno detalhe
no curriculum vitae do Lula. O herói-mor do Partido dos Trabalhadores
não trabalhava!!!

Peço muita calma nessa hora. Sem nenhum revanchismo, analisem a
enrascada em que nosso presidente se meteu e me respondam. Isso não é
sintoma de quem estava há muito tempo sem malhar, acordar cedo e ir
para o trabalho. Ou mesmo sem formar equipes e administrar os rumos de
um pequeno negócio, como uma padaria ou de um mísero botequim?

Para mim, os vastos anos de férias na oposição, movidos a cachaça e
conversa mole são a causa da presente crise. E não o cuecão cheio de
dólares ou o Marcos Valério. A preguiça histórica é o que justifica o
surto psicótico em que vive nosso presidente e seu partido. É o que
justifica essa ilusão em Paris.... misturando champanhe com churrasco
ao lado do presidente da França... outro que tá mais enrolado que
espaguete.

Eu não torço pelo pior. Apesar de tudo, respeito e até apoio o esforço
do Lula para passar isso tudo a limpo. Mesmo, de verdade.

Mas 'pelamordedeus', não me venham com essa história de que todo mundo
é bandido, todo mundo rouba, todo mundo sonega, todo mundo tem caixa
2...

Vocês, do PT, foram escolhidos justamente porque um dia conseguiram
convencer a maioria da população (eu sempre estive fora desse transe)
de que vocês eram diferentes. Não me venham agora querer recomeçar o
filme do início jogando todos na lama.

Eu trabalho desde os 15 anos. Nunca carreguei dinheiro em mala. Nunca
fui amigo dessa gente.
Pra terminar uma sugestão para tirar o PT da crise. Juntem todos os
"dirigentes", "tesoureiros", "intelectuais" e demais cargos de
palpiteiros da realidade numa grande plenária.

Juntos, todos, tomem um banho gelado, olhem-se no espelho, comprem o
jornal, peguem os classificados e vão procurar um emprego para sentir
a realidade brasileira.

Vai lhes fazer muito bem. E quem sabe depois de alguns anos pegando no
batente, vocês possam, finalmente, fundar de verdade um partido de
trabalhadores.

MARCELO TAS é jornalista, autor e diretor de TV. A ênfase de seu
trabalho está na criação de novas linguagens nas várias mídias onde
atua.
Entre suas obras destacam-se os videos do repórter ficcional Ernesto
Varela; participação na criação das séries "Rá-Tim-Bum", da TV Cultura
e o "Programa Legal", na TV Globo. Recentemente, Tas realizou o "Beco
das Palavras", um game interativo que ocupa uma das salas mais
concorridas do novo Museu da Lingua Portuguesa, na Estação da Luz, em
São Paulo.
E agora dirige o programa CQC na Bandeirantes.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Considerações sobre o tráfego aéreo no mundo em 24hs.

Antes de abrir o vídeo anexo convido-os a uma reflexão acerca do que verão. Trata-se do tráfego aéreo, em simulação gráfica, no mundo no interregno de 24 hs.

Riqueza, acumulação de riqueza e, sobretudo, desenvolvimento, ao longo da História deu-se por intermédio de vias de comércio. Hoje o segmento, ou modal de transporte, que melhor representa tal porte é o aéreo, ainda que o comércio marítimo se dê em volume maior em termos de cargas.

Onde há aeroportos há infra-estrutura, estradas, logística de escoamento de produtos, armazenamento, energia elétrica, telecomunicações e saneamento.

Pode-se ver que o volume de tráfego, mesmo à noite, é muito superior nos EUA do que na Europa ou mesmo na Ásia. Esta tem em menor volume, também, comparando-se com a Europa.

A propósito da discussão acerca dos emergentes denominados BRIC: Brasil, Rússia, China e Índia podemos nos lembrar, por intermédio do gráfico, dos países componentes do G7, pois mesmo que a Rússia tenha enormes jazidas de gás, petróleo e carvão, seu volume de negócios é menor que os demais daquele grupo.

Visualizando a expressiva maioria do movimento aéreo na América do Norte, podemos entender porque os EUA consomem, aproximadamente, 40% dos bens e produtos do mundo. Apesar disso devemos, também, entender o quão dependente da UE e Ásia eles são.

Vemos a China com uma topografia que dificulta não só o escoamento de produtos e serviços como também volume de aeroportos. Assim também se comporta a Índia. Dessa forma, particularmente, não acredito que em 2025 ou 2030 elas ou a China sozinha venham a ultrapassar os EUA em geração de comércio, mercado e PIB.

Um fator importante na geopolítica é a capacidade e interiorização e integração que um país possa ter com seu território para se consolidar como Nação.
Enfim, uma boa contemplada cheia de perguntas pode trazer outros olhares.

Lições de Vida de Regina Brett

ESCRITO POR REGINA BRETT, 90 ANOS,
CLEAVELAND, OHIO.


1. A vida não é justa, mas ainda assim é boa.
2. Quando estiver em dúvida, apenas dê o próximo pequeno passo
3 A vida é muito curta para perdermos tempo odiando alguém
4. Seu trabalho não vai cuidar de você quando você adoecer. Seus amigos e seus pais vão. Mantenha contato.
5. Pague suas faturas de cartão de crédito todo mês
6. Você não tem que vencer todo argumento. Concorde pelo menos de vez em quando.
7. Chore com alguém. É mais profundo do que chorar sozinho.
8. Está tudo bem em ficar bravo com Deus. Ele agüenta. Está acostumado.
9. Poupe para aposentadoria começando com seu primeiro salário.
10. Quando se trata de chocolate, resistência é em vão
11. Sele a paz com seu passado para que ele não estrague seu presente.
12. Está tudo bem em seus filhos te verem chorar.
13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem ideia o que eles passaram.
14. Se um relacionamento tem que ser um segredo, você não deveria estar nele.
15 Tudo pode mudar num piscar de olhos; mas não se preocupe, Deus nunca pisca.
16. Respire bem fundo. Isso acalma a mente.
17. Se desfaça de tudo que não é útil, bonito e prazeroso.
18. O que não te mata, realmente te torna mais forte.
19. Nunca é tarde demais para se ter uma infância feliz. Só depende de você e mais ninguém.
20. Quando se trata de ir atrás do que você ama na vida, não aceite não como resposta.
21. Acenda velas, coloque os lençóis bonitos, use a lingerie elegante. Não guarde para uma ocasião especial. Hoje é especial.
22. Se prepare bastante, depois se deixe levar pela maré..
23. Seja excêntrico agora, não espere ficar velho para usar roxo.
24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.
25. Ninguém é responsável pela sua felicidade além de você.
26. Encare cada problema com essas palavras: Em cinco anos, vai importar?
27. Sempre escolha viver.
28. Perdoe tudo de todos.
29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.
30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo.
31. Indepedentemente se a situação é boa ou ruim, irá mudar.
32. Não se leve tão à sério.. Ninguém mais leva...
33. Acredite em milagres
34. Deus te ama por causa de quem Deus é, não pelo o que você é.
35. Não faça auditoria de sua vida. Faça o melhor dela agora.
36. Envelhecer é melhor do que a alternativa
37. Seus filhos só têm uma infância
38. Tudo o que realmente importa no final é que você amou..
39. Vá para a rua todo dia. Milagres estão esperando em todos os lugares
40. Se todos jogassemos nossos problemas em uma pilha e víssemos os de todo mundo, pegaríamos os nossos de volta.
41. Inveja é perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.
42. O melhor está por vir.
43. Não importa como você se sinta, levante.
44. Não importa o que está acontecendo, faça sempre o seu melhor
45. A vida não vem embrulhada em um laço, mas é um presente"

Bem, é sobre liderança

Este post tem a ver com liderança. Mas não se preocupe, pois será uma abordagem diferente. Uma opinião, apenas, que senti vontade de externar.

Comentei sobre sua preocupação, leitor, pois você já deve ter percebido que após leitura de uma enorme quantidade de artigos, quiçá livros, você percebe que pouquíssimo do que você leu se encaixa ou é aplicável no seu dia-a-dia, na sua relação funcional em sua organização.

Tampouco não se preocupe, pois não lhe darei dicas nem receitas de bolo ou mesmo “check-list” para ser usado em reuniões de coordenação ou treinamentos.

Caso você não consiga, como eu nunca consegui, se enxergar nos personagens dos inúmeros “cases” ou estudos de caso que sugerem, inexoravelmente, sere inventados, da mesma forma não se preocupe, pois se você observar bem a grande maioria diz respeito a se liderar equipes em escritórios, em ambiente controlado e muito adstrito física e geograficamente. Desconfio, ainda, que o ramo de atividades que serve de pano de fundo das estórias corporativas seja informática, Internet ou publicidade, pois para a variação de humor de um líder comprometer a liberdade de expressão ou criatividade do colaborador jamais seria em um canteiro de obras de construção de prédios ou assentamento de estradas, muito menos em plataformas marítimas ou dentre estivadores de cais de porto. Nos palcos corporativos onde tais deletérios desvios de comportamento ocorrem pode sim haver alguma possibilidade de que se um líder apresente comportamentos de “veneta”ou, conforme muito atribuído recentemente, “bipolar” pode ser que algum colaborador próximo vá passar o dia incomodado, isto se este dividir a mesma sala. Mas como somos latinos e, sobretudo, brasileiros amparados no atual elenco de leis trabalhistas é bem provável que este colaborador mande o líder pentear macacos.

Assim, se você é líder de vendedores, ou de mantenedores, ou de consultores, ou motoristas de vans ou veículos de entrega, enfim, uma miríade de profissionais com atividades externas muito provavelmente o estudo de caso ou as dicas não lhe servirão. Isso é normal, pois pelo que já li sobre este tipo de liderança também tenho a nítida impressão de “deja vu” ou estar correndo os olhos sobre uma interminável série de clichês.

Se você já observou, a essência das idéias sobre liderança corporativa advém de autores americanos. É um povo com uma idiossincrasia distinta da nossa. Nesse particular Peter Drucker já declarou que “liderança é conversa fiada”, segundo ele fruto da indústria editorial que atende à vida corporativa.

Em função de observações, conversas com funcionários de diversos níveis em empresas de varejo, atacadistas, magazines, livrarias, lojas de material de construção, bancos etc, quando morei nos EUA, cheguei à conclusão de que lá, também, na prática tais teorias pouco se aplicam, pois o funcionário tem três importantes características que restringem, bastante, a influência do líder: A primeira é que ele sabe o que tem que ser feito, a segunda é que ele gosta e se sente realizado trabalhando: “That’s my job!!” E a terceira é que ele se irrita quando sente que está sendo paparicado ao que ele reclama com um “Do not patronize me!!”

Por fim, você também já deve se ter perguntado após leituras sobre lideranças situacionais, holísticas, servidoras, jesuíticas, inovadores, para empresas 2.0, enfim, uma notável variação de titularidades para se identificar algo que é abosutamente o mesmo, único até, em sua essência onde e quando tais soluções se encaixam em contumazes greves de sistemas públicos ou de serviços privados, seja em época de se pedir aumentos ou por solidariedade entre categorias. Eu, também, por mais de trinta anos lendo e procurando praticar jamais descobri.

Assim, caro amigo gerente, supervisor, líder de equipe etc, principalmente os com pouco tempo de emprego ou de mercado, não se preocupe se nos arquétipos de liderança você não se encaixa. Seja apenas você, conheça com profundidade seu trabalho e, fundamentalmente, seja justo. Por incrível que possa parecer, estas são competências comuns de um simples chefe.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

O nosso cenário externo imediato

Amigos, por alguma razão a preocupação com as bases americanas em território colombiano está sendo mantida na mídia em doses homeopáticas. Ainda não consegui entender a matriz da linha editorial e quando decifrar lhes comento.
Gostaria de lhes dizer que, aos poucos, estou analisando notícias que venham a possibilitar a análise de um cenário maior.
Há fatores intervenientes que dizem respeito à dificuldade de alguns países em saldar dívidas com investidores dentre eles, inclusive, a Venezuela que está sentada sobre um berço de petróleo mas com sérios problemas de desenvolvimento.
A crise está evidenciando o problema das remessas de imigrantes de todos os países do hemisfério ocidental a partir dos EUA. Em alguns casos como o da Nicarágua e Honduras, países pobres em riquezas naturais, esses remessas de dólares para parentes representam, até, 30% do PIB. Vocês têm idéia do que é ter um terço da riqueza de um país dependente de dinheiro vindo de familiares?
Outro problema que se evidenciou depois do caso de Honduras são as Maras e Pandilhas, guangues de rua perigosíssimas que dominam, principalmente, as regiões de difícil acesso dos países da América Central, principalmente Nicarágua, EL Salvador e Honduras. Visitei os dois últimos e tive contato com o flagelo que é essa realidade que faz nosso crime organizado parecer coisa de criança.
Bem, oportunamente falarei mais sobre esses tópicos.
Abraços
Jefferson

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

O desabafo do Lúcio Mauro Filho

Amigos, procuro evitar colocar textos grandes em meu blog, todavia considero este abaixo uma excelente oportunidade de revisão de conceitos e reflexão.
Ao longo da História da Humanidade, todos os povos, por intermédio de seus dignitários e generais, procuraram invadir os mais fracos usando a força como último recurso, a intenção era a de destruir o mínimo possível tanto os exércitos oponentes como o patrimônio da nação a ser invadida, ademais, cuidar de feridos e viúvas e dependentes após uma invasão e dominação não era estratégia adequada.
Para esse fim então, procurava-se, antes, identificar poetas, pensadores e artistas, pois sempre essa categoria tinha o dom, a propriedade de vislumbrar a realidade à sua volta e traduzí-la em miúdos para a população.

Gengis Kan, Nabucodonossor, Césares, Hitler, Stalin enfim, toda uma plêiade de dominadores tinham como objetivo especial os artistas. Após a invasão eram a ferramenta principal para se converter invasores em desejados. Os que não aderiam eram ou exilados ou executados. Havia, enfim, uma variada gama nas formas de cooptação.
Já vimos os dois lados: Regina Duarte que, durante a campanha do primeiro mandato declarou ter medo da vitória do PT ficou, apesar de continuar recebendo seu salário, sem aparecer em telenovelas, peças teatrais e em propagandas por mais de cinco anos. Na geladeira quase que literalmente. A "namoradinha do Brasil" foi exilada da vista dos brasileiros. Voltou recentemente em tom bem mais soft. E Boris Casoy que, após ser demitido como âncora na Record, que apóia o partido do Vice-Presidente, amarga um posto muito discreto na bandnews.
Já os que concordaram e, até, anuíram tiveram suas peças, shows, eventos e livros com fartos recursos govenamentais.

O nosso artista global faz uma reflexão tipo "mea culpa", sob que ponto de vista eu não sei, pois apesar de também não gostar do que está acontecendo, a maioria da população que se deu ao trabalho de ir as urnas escolheu, democraticamente, o que vivemos agora. Resta saber se ele teria coragem de ir além disso e aproveitar suas aparições para que, ainda que sutilmente, declare seu descontentamento.

O texto é leve e objetivo, vale a leitura.

'Fé demais não cheira bem'

Publicada em 21/08/2009 às 12h59m


Artigo do leitor Lucio Mauro Filho

Em outubro de 2002, nós artistas fomos convidados a participar de um encontro com o então candidato à Presidência da República Luis Inácio Lula da Silva na casa de espetáculos Canecão, no Rio de Janeiro. Fui ao encontro como eleitor de Lula desde o meu primeiro voto e também como cidadão brasileiro ansioso por mudanças na forma de se fazer política no país. O clima era de festa, com muitos colegas confraternizando e um sentimento que desta vez a vitória viria.


Na porta principal da casa, uma tropa de políticos do PT e da coligação partidária recebia a todos com bottons, apertos de mãos firmes e palavras de ordem. E no meio de quadros tão interessantes da nossa política, este que vos fala foi recebido justamente por quem? Pelo Bispo Rodrigues (hoje ex-político e ex-religioso).


As pulgas correram todas para trás da minha orelha. Ser recebido no encontro do Lula com os artistas pelo bispo da Igreja Universal filiado ao extinto PL não era bem o que eu esperava daquela ocasião. Era um prenúncio claro do que viria a acontecer depois.


Veio o apoio do PTB de Roberto Jefferson, que tinha horror a Lula, mas que mesmo assim acabaria recomendando o voto no candidato do PT, como forma de desagravo ao então presidente do seu partido, José Carlos Martinez, que por sua vez tinha ódio por José Serra, a quem considerava culpado pela volta aos jornais da história do empréstimo que ele teria recebido de Paulo César Farias, no início dos anos 90. Com essa turma, a candidatura de Lula chegava à reta final.


A vitória veio e, com ela, uma onda de otimismo e de esperança em dias melhores, de mais inclusão, mais justiça social e menos corrupção e descaso. Éramos os pentacampeões mundiais no futebol e com Lula presidente ninguém segurava essa Nação. Pra frente Brasil!


Depois de dois anos de namoro, os ventos começaram a mudar com o surgimento de uma gravação onde Waldomiro Diniz, subchefe de assuntos parlamentares da Presidência da República, extorquia um bicheiro para arrecadar fundos para as campanhas eleitorais do PT e do PSB no Rio. O fato foi tratado como um deslize isolado de um funcionário de segundo escalão que de forma alguma representava a ideologia do Partido dos Trabalhadores. Waldomiro foi afastado do governo.


Em meados do ano seguinte surgiu uma nova gravação, onde o então funcionário dos correios Maurício Marinho aparecia recebendo dinheiro de empresários. Ele dizia ter autorização do deputado Roberto Jefferson do PTB. Em defesa de seu aliado, o presidente Lula afirmou na época que confiava tanto em Jefferson que lhe daria um "cheque em branco".


As investigações foram aprofundadas e na base do "caio, mas levo todo mundo junto", o deputado afirmou em entrevista à "Folha de São Paulo" que existia uma prática de mesada paga aos deputados para votarem a favor de projetos de interesse do governo. Lula deu o cheque em branco e recebeu de volta a crise que derrubaria, um por um, os homens fortes do seu partido. E de uma hora para outra, José Dirceu, José Genoíno, Antônio Palocci, João Paulo Cunha e outros políticos que tanto admirávamos, chafurdaram na lama da política suja, com histórias de abuso de poder, tráfico de influência e até coisas inimagináveis, como dólares transportados em cuecas e saques em boca de caixa totalmente suspeitos.


Acabou a inocência. O PT começou a desprezar quadros importantes do partido que não concordavam com as posições incoerentes com a luta pela ética e a moralização do país. Pior do que isso, acabou por expulsar alguns deles, como a senadora Heloísa Helena e os deputados Babá e Luciana Genro. Outros saíram por também não concordarem com as práticas até então impensáveis para um partido que se julgava detentor da bandeira da honestidade. E assim partiram Cristovam Buarque e Fernando Gabeira.


Apesar de toda uma nova geração de políticos interessados em refundar o partido e aprender com os erros, como José Eduardo Cardozo, Delcídio Amaral e Ideli Salvati, o PT preferiu manter a estratégia do aparelhamento, do fisiologismo e do poder a todo custo, elegendo o pau mandado Ricardo Berzoini novo presidente do partido. Ele representava o Campo Majoritário, grupo que sempre esteve na presidência do PT desde sua fundação.


Depois que nada foi provado na CPI do Mensalão, o Partido dos Trabalhadores percebeu que a bandeira da ética já não importava mesmo e começou novamente uma fase "rolo compressor" de conchavos e blindagens com o que há de pior na política brasileira. Veio o segundo mandato e com ele o fato. O presidente Lula cada vez mais nas mãos do PMDB, o partido que definitivamente não está nem aí com ideologias, ética ou qualquer coisa parecida.


Depois da derrocada dos grandes caciques do PT, restou Dilma Roussef, a super ministra, como única opção de candidatura para a sucessão do presidente Lula. Mas Dilma não tem carisma nenhum. É uma figura técnica, fria. Precisa desesperadamente do presidente preparando palanques com dois anos de antecedência, emprestando toda a sua popularidade, como uma espécie de "ghost charisma". Precisa também do PMDB com seus acordos e chantagens como co-patrocinador político da candidatura.


Para isso, foi preciso o governo se meter em mais outra crise e comprovar que é muito mais PMDB que PT. Depois de Jefferson, Bispo Rodrigues, Severino Cavalcanti, os eleitores do Lula estão tendo que agüentar o pior. Ver o presidente de mãos dadas com Fernando Collor, Renan Calheiros e José Sarney. E ver um Conselho de Ética formado em sua maioria por suplentes como os senadores Wellington Salgado, Gim Argello e até o presidente do conselho, Paulo Duque, que afirmou que "adora decidir sozinho".


No momento em que políticos como Aloizio Mercadante tentam juntar os cacos do PT, tomando atitudes coerentes com o que o partido sempre pregou, lá vem o executivo com sua emparedada já tradicional, desautorizando o líder de sua bancada, mais uma vez constrangido pela direção do PT. E as promessas as quais me referi lá atrás, Delcídio e Ideli, votaram a favor do arquivamento de tudo e da permanência do que aí está. Mais uma vez, o fim justifica os meios.


E assim, é a vez de Marina Silva abandonar o barco, cansada de guerra. A ex-ministra do Meio Ambiente que viu o presidente Lula entregar nas mãos do ministro extraordinário de assuntos estratégicos, Mangabeira Ünger, o Programa Amazônia Sustentável (PAS). Justo ela, uma cidadã da Amazônia. Foi a gota d'água. Desautorizada, Marina deixou o cargo. Agora, deixa o partido. E o Mangabeira Ünger? Voltou para Harvard para não perder o salário de professor (em dólar), deixando os assuntos estratégicos para o passado.


Esse é o atual panorama da política nacional. Deprimente. Políticos dizendo na cara de seus eleitores que realmente estão se lixando. Acabou o pudor. Com o presidente Lula corroborando tudo que é canalhice e uma oposição que é também responsável por tudo que aí está, pois governaram o país por todos esses anos e ajudaram a moldar todas as práticas que o governo do PT aperfeiçoou, talvez estejamos realmente precisando de uma terceira via.


Eu não sei se imaginei um cenário tão devastador quando constrangido evitei o aperto de mão do Bispo, lá na porta do Canecão. Mas um trocadilho não me sai da cabeça: "Fé demais não cheira bem".


Lucio Mauro Filho é ator e roteirista"

domingo, 23 de agosto de 2009

Para pensar...e daí??

Amigos não gosto muito de enviar msgs do tipo "para pensar ou para refletir", contudo não achei maneira mais oportuna para enviar este comentário.

Tendo em vista a indignação com o que ocorreu, recentemente, no cenário político, inicio um pretenso debate com alguns pontos: Em recente pesquisa do IBOPE com cidadãos normais 70% declarou que já praticou algo anti-ético e 75% declarou que praticaria algum ato de corrupção se tivessem chance.

O Relatório de Pesquisa Político e Social conduzido pela USP e UFF dá conta de que mais de 50% dos cidadãos não veem distinção entre jeitinho, favorecimento e corrupção.

Dessa massa amigos, saem os políticos. Houve uma surpreendente renovação de cidadãos desde a Constuição 1988 para cá, nas três esferas, municipal, estadual e federal. E o que melhorou?

O que esperamos que venha melhorar? O que é "saber votar?"
Como se vota bem em uma pessoa que não conhecemos bem, não temos a menor idéia de como ela irar fulgurar, agindo ou incentivando modificações em modelos que consideramos anacrônicos se a deixamos sozinha logo após a votação?

Se o nosso imaginário herói é o Procurador, pois não temos o hábito de nos envolvermos diretamente em problemas públicos, sequer em reuniões de condomínios, como vamos querer mudanças quando os eleitos sabem que não os acompanharemos por quatro anos?

Gostaria de ter uma resposta.

sábado, 22 de agosto de 2009

Apedêutica: Sobre a arte de se esclarecer factóides.

Durante meu mestrado nos EUA tive orgulho de ouvir especialistas em jornalismo, dentre eles alguns da CNN e da Casa Branca, que a cada ano amplia-se a capilaridade da informação no seio da sociedade. O Brasil foi citado dentre os países signatários da OEA como referência. Contando com dados do Banco Mundial e do Banco Interamericano de Desenvolvimento, semelhante aos do IBGE de 2006, os especialistas no painel ressaltaram que 95% dos lares em nosso país possuem televisão e que 98% possui algum tipo de rádio. Prosseguindo ressaltaram que jornais em ruas de grandes cidades chegavam a custar trinta centavos.

Em outra oportunidade, também em um painel, especialistas em direitos humanos, um deles da ONU, de forma exultante informou à platéia que cada vez mais um maior número de cidadãos comparecem às urnas nos países das três Américas. Novamente, para meu orgulho, o Brasil foi citado por permitir analfabetos e maiores de 16 anos, em regime de voluntariado, exerçam sua cidadania. Exemplificou-nos como sociedade me rápido processo de amadurecimento democrático após os anos de ditadura.

O último relatório do setor de telecomunicações dá conta de que já temos 160 milhões de celulares vendidos em um país de pouco mais de 190 milhões de habitantes. Tenho, assim, a nítida impressão de que já somos maduros e que temos uma excepcional capacidade de acesso à informação.

Para nós, administradores, esse é um elenco de informações valiosas para a elaboração de nossas estratégias. Ainda que partindo de uma simples análise SWOT que se converterá em um seguro plano de ação, produtos e serviços poderão ser diferenciados e, em função de tal nível de esclarecimento da sociedade, facilmente consolidados o mercado.

Há, contudo, um delicado porém neste maravilhoso cenário que acabo de discorrer: O modo com o qual nossos políticos os enxergam.

Bem sei que este espaço não é suposto se falar de política. Tampouco esta é minha vontade. Comentarei eventos inseridos em fenômenos puramente sociais que terão fortes impactos econômicos.

Os órgãos de imprensa, como olhos e ouvidos da sociedade, ocuparam as principais páginas de periódicos, telejornais e comentários nas rádios com eventos menores e falas de doutos e outros especialistas sobre uma crise no Senado Federal.

Após passarmos dolorosamente – em termos de ter que se aturar – por três experiências anteriores dando conta que presidentes daquela casa alta, lídima representante de nossa democracia, estavam sendo antiéticos (mas o que é mesmo ética? – teria a mesma capacidade de ser mensurada como o tal do “preço abusivo”?-) dessa vez presenciamos o mais alto dignitário de nossa Nação não só anuindo como, também, determinando que seu partido cerrasse fileiras em torno do atual presidente legislativo.

Enquanto isso nossa mídia deixava de evidenciar problemas de infra-estrutura, matriz energética, problemas de escoamento de produção em gerrovias e portos, modificações de contratos internacionais sobre energia elétrica, provimento de gás, restrições de produtos nossos na China e Argentina, sem mencionar, também, os casos em andamento na OMC, etc etc. Em todos os canais sintonizados o Senado era a bola da vez.

Enquanto nossas fixas colunas de prospecção de petróleo em profundidade marinha não iniciavam sua jornada em busca da caixa-preta do AIR France 447 membros do legislativo federal articulavam-se, febrilmente, para não perderem o cronograma de aprovação de emendas individuais no Orçamento da União, ao mesmo tempo que ombreavam a base aliada ao governo para fazer aprovar um novo tipo de CPMF.

Aí, sim, a vertente econômica do fenômeno social se faz presente. O impacto resultante em nossa lide como administradores é certo. Até se consubstanciarem pelo menos as emendas contempladas surgirão no mercado próximo ao fim do presente exercício financeiro. O administrador público terá que abrir e encerrar licitações em curtíssimo prazo e o administrador privado, para atender ao público, deverá ampliar sua capacidade produtiva em um interregno inferior a três meses. Para quem está neste batente eu sei que é pesado.

Enfim a desfaçatez com que nosso dignitário e outras graúdas figuras explicaram o factóide que, por sua natureza, de fato nunca houve, foi impressionante. Mais comovente, entretanto, foi assistir a experimentados âncoras e demais jornalistas felizes e exultantes em divagar e discorrer sobre o que, no fim, seria obvio ululante.

Sendo este processo de comunicação baseados em princípios de lingüística para ser claro, cristalino, remeto-me à livre definição do que venha a ser Hermenêutica: Estabelecer princípios gerais de toda e qualquer compreensão, interpretação e manifestação lingüística, procurando, sempre, tornar algo compreensível.

Como tudo o que nossa atual administração federal diz que faz é inédito, dou-me conta de que nunca antes, neste país, em uma sociedade com um fenomenal arsenal de meios de comunicação vem se praticando a ciência da “Apedêutica” ao se tentar esclarecer pare nós, bando de néscios e imbecis, a existência de um factóide.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Novamente sobre as bases americanas na Colômbia

A pretensa reunião entre Obama e Lula (Lula convida Obama para discutir acordo com a Colômbia http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/lula-convida-obama-discutir-acordo-colombia-493506.shtml) para tratar de instalações americanas em território colombiano demonstra uma sucessão de balões de ensaio da mídia em busca de sensacionalismo em cima de uma agenda entre dois países soberanos.

Observa-se que somente países com supostos envolvimentos com narcotraficantes e terroristas é que estão buscando a mídia para expressar suas preocupações. Ainda não li nem ouvi nada vindo do Peru, Argentina, Suriname, Uruguai ou mesmo o Paraguai. Apenas países que estavam com seus dignitários supostamente envolvidos nos arquivos resgatados pelas FFAA colombianas na incursão em território equatoriano ano passado.

O povo americano elegeu um democrata para governá-los sobre uma agenda de acabar com o intervencionismo em países alheios, notadamente Iraque e Afeganistão. Obama vem procurando ser reticente em sua postura sobre o Hezbolah em Israel. Assim a instalação de mais uma base em território colombiano, tendo autorização do Congresso Americano com maioria democrata é um ótimo motivo para se refletir acerca da validade dos motivos.

Essa questão de intervencionismo ou estímulo a uma corrida armamentista é pura bobagem. Se Obama quisesse causar algum dano a qualquer país, tanto na América Central como na América do Sul bastaria apresentar uma proposta de lei ao Congresso limitando as remessas de dólares americanos para aqueles países por parte de imigrantes para seus parentes. Quebraria a economia de muitos deles.

Esse tema requer mais atenção e análise mais séria. Aos poucos, como ele sempre virá à baila, procurarei comentar um pouco mais.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Remédios devem ser vendidos no balcão

Amigos um dado curioso da Organização Mundial de Saúde dá conta que, em número ideal, deve haver uma farmácia para cada grupo de 10.000 pessoas. No Brasil é uma para cada 2.000 pessoas.
Já havia me dado conta da enorme quantidade de farmácias nas cidades que visitei.
Não conseguia imaginar tanta demanda reprimida para ser atendida com tal volume de pontos de vendas.
Essa determinação, contudo, dá oportunidade de refletirmos sobre dois outros aspectos.
O primeiro é o de nós, consumidores, não termos voz muito ativa neste governo. Aliás, um ponto comum em governos de origem de esquerda é o de que o povo não tem como tomar suas decisões, a vida social e econômica é regrada a partir de seus neo-tecnocratas.
O segundo ponto é a declaração de uma autoridade do sistema de saúde dando conta de que já esperam que tal medida seja difícil de ser implementada em sua totalidade. Sabendo dos custos que os empresários do setor terão com a modificação dos layouts das lojas onde gôndolas sumirão ou diminuirão significativamente, as prateleiras se multiplicarão por detrás dos balcões.
Já temos um universo confuso neste elenco de fenômenos que os responsáveis pelo setor pouco explicam sendo o principal deles o fato de medicamentos genéricos já equipararem-se, em preço, aos de laboratórios estrangeiros, quando não mais caros.
O segundo é que, apesar da enorme quantidade de farmácias e de produtos à venda os laboratórios não serem obrigados a produzir os mesmos em quantidades menores. Via de regra a convalescência dura bem menos que a quantidade de dias em uma embalagem.
De toda forma foi um assunto que escolhi postar para poder acompanhá-lo mais de perto.


Remédios devem ser vendidos no balcão

Medicamento sem prescrição não pode mais ficar na gôndola, segundo nova regra; venda de doce será proibida
Lígia Formenti, BRASÍLIAhttp://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090819/not_imp421014,0.php

Remédios vendidos sem prescrição médica, como antitérmicos, analgésicos e digestivos, não poderão mais ficar dispostos em gôndolas nas farmácias.

Uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou que essa classe de medicamentos deve ficar atrás do balcão, próximo daqueles que só são vendidos com receita. As exceções serão os produtos como água boricada e glicerina, além de fitoterápicos e remédios por via dermatológica, como pomadas e loções. A medida pretende inibir a automedicação.


Veja a resolução publicada no Diário Oficial

A resolução traz ainda uma série de exigências para funcionamento de farmácias e drogarias, que vão da lista de produtos que podem ser vendidos à vestimenta dos funcionários.

O texto também regulamenta a venda de medicamentos por telefone e internet. Essa parte da medida atende, em parte, às reivindicações de sociedades ligadas aos direitos de consumidores e de segurança de medicamentos. O pedido principal era a de restrição completa da venda por meio eletrônico. "Isso seria muito difícil. A norma viraria letra morta", justificou o presidente da Anvisa, Dirceu Raposo de Mello. A saída encontrada, admitiu, foi disciplinar a relação.

Com a nova regra, estão autorizadas a vender pela internet somente farmácias que tenham lojas abertas ao público. Serão aceitos apenas endereços "com. br". A medida, diz Mello, permite que autoridades sanitárias fiscalizem - algo que não acontece quando o endereço é de sites internacionais.

A norma proíbe ainda a venda por meio eletrônico ou telefone de remédios de venda controlada e obriga as farmácias a fornecerem sempre um contato, para que compradores possam esclarecer eventuais dúvidas.

Entre as determinações para farmácias e drogarias está a proibição da venda de produtos como balas, biscoitos, doces e sorvetes. "Farmácia e drogaria é local de venda de remédios. Profissionais que lá atuam têm de estar preparados para atender e orientar sobre medicamentos e saúde. Mas o que vemos hoje é um desvio sério de atividade", Mello.

A norma entrou em vigor ontem, mas o estabelecimento tem até seis meses para se adaptar. Após esse período, caso seja autuado, o proprietário pode ser condenado ao pagamento de multas que variam de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão.

CRÍTICAS

Mello acredita que a resolução, debatida desde 2007, pode ainda ser alvo de crítica - sobretudo de donos de farmácias. Ele diz, porém, que a medida é indispensável e - admite - adotada de forma tardia. "Em 2007, 30% dos registros do centro de intoxicação da Anvisa foram provocadas por medicamentos. O dobro do segundo colocado, que é acidentes com animais peçonhentos", afirmou.

Para a consultora do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) Mirtes Pinado, as regras para venda pela internet trazem um avanço, mas deixam a desejar. "Ainda estamos sem saber por que a venda pela internet não foi simplesmente proibida." Mirtes acha que o ponto mais frágil será a fiscalização. "Esse sistema apresenta várias brechas, o que representa um risco para a população."


PRINCIPAIS PONTOS


Medicamentos isentos de prescrição não poderão ser vendidos em gôndolas

Só podem vender pela internet farmácias abertas ao público e com endereços eletrônicos "com. br". O endereço e o telefone do farmacêutico deve ser informado

Fica proibida a venda de piercings, lentes de grau (exceto quando não houver no município estabelecimento específico para este fim), alimentos e outros produtos que não estejam na lista da Anvisa

Entre os alimentos que podem ser vendidos estão os especiais para dietas e pertencentes a grupos populacionais específicos, como bebês, idosos e gestantes

O farmacêutico pode aplicar injeções, medir pressão arterial, fazer testes como o de glicemia capilar, realizar atendimento domiciliar e furar orelhas

terça-feira, 18 de agosto de 2009

BREVE CRÔNICA SOBRE QUEBRA DE PARADIGMAS

Ele chegou deslumbrante. Melhor seria, no politicamente correto momentum, entusiasmado.

Seu MBA havia lhe dado uma visão que antes nenhum mortal ousaria ter sobre aquela veneranda instituição.
Pessoas paradigmáticas em suas relações.
As coisas estavam funcionando....como toda organização pública.

Apesar disso, ele teria que deixar sua marca, mas precisava controlar seu modo de externar e, principalmente sua verbalização. Com entusiasmo diria-se, tipo assim...um tanto onírico-relacional atuante.
Falar apenas não lhe satisfazia. Cada preleção era um desempenho teatral com mãos voando pelo espaço da platéia.

Os funcionários estavam um tanto quanto atônitos, quando não curiosos. O que será aquele jovem esvoaçante queria?

Mudar o quê? – divagava ele. Paradigmas!! Resistências organizacionais e dos indivíduos. Estas convicções enchiam a mente não resolvida do novo gestor de RH. Não..consultor!!!...desculpem a falha.

Qual seria o primeiro passo de sensibilização?
A família. Sim! A relegada, esquecida e injustiçada família que ficava em segundo plano, sempre.

Sua nova proposta. Sem custos, Sem custos mesmo. Apenas mudanças atitudinais (os dois cabocos da segunda fila se entreolharam, um deles sutilmente anotou o novo nome para preencher nos nove quadradinhos que insistiam em ficar em branco da última página já incompleta da palavra-cruzada distribuída gratuitamente no último programa motivacional de, vejamos, de 96. Atitudinal caberia perfeitamente.

A futura candidata a assistentes, dentre as várias que concorreriam ao cargo de passar o expediente vendo, andando, sentindo o “feeling”, em interação até quase corporativa (fica melhor esta palavra) com os demais colegas para sentir o clima.

Perfeito! Um solução barata como aquela para ser uma primeira ação revolucionadora de um programa que atingiria níveis de evidência jamais pretendidos por aquela simples unidade administrativa. Seria exemplo para a adminstração pública federal.

Já se via ele em algum dos ministérios criados na nova adminstração que chegou para mudar o que está aí e dar esperança para o novo, humilhado, esquecido, miserável, sem saída, sem luz no túnel...chega, tá bom.


Vamos valorizar a família. Nosso primeiro passo para um grande programa: valorização de nossa família. Ser chamado pelo nome de família traria uma sensação de casa em pleno trabalho. O prazer de se dar continuação de seu lar no ambiente de trabalho. Ajudaria e consolidaria laços de eterna amizada, comprometimento, visões e objetivos compartilhados etc etc. Ele conseguiria erradicar, de vez, a impressão de que o último nome é coisa de quartel, militarizada. O famigerado "nome de guerra" passaria a ser visto e aceito como um link com valores familiares, como deveria, assim, ser o relacionamento dos colaboradores com a empresa. Uma senhora quebra de paradigmas.

Solução: de agora em diante todos seriam tratados pelo nome da família. Para ficar politicamente correto as mulheres poderiam, se quisessem, usar o primeiro nome antes do essencial nome de família. Casos omissos...a gente vê depois.

Para a dinâmica de sensibilização foram importadas tarjetas auto adesivas, que não estragariam o terno, o tailler, o macacão.

Ali seria colocado em letras bem desenhadas pelo cuidadoso consultor...estudou caligrafia no Normal antes de achar que entendia tudo de RH.

Para os colaboradores terem maior adesão e sentirem a seriedade do projeto. Ele, lídimo representante da alta cúpula, preencheria o nome citado pelo funcionário próximo ao microfone para ser acompanhado por uma salva de palmas, com canetinha, cata-vento para os filhos, e algo que atendesse adolescentes de ambos os sexos, tudo dentro de uma sacolinha charmosa, politicamente correta fabricada por bagaço de cana daqueles meninos que aparecem na tevê todos sujos e maltratados em campos de bóias-frias.

Todos seriam por ele chamados pelo nome da família, até a diretoria!!! Magnífica adesão se vislumbrava no horizonte temporal de repartição pública...

Dois paradigmas quebrados de uma só vez. Adesão total, de início, a um PQVT e chamar funcionário publico civil pelo nome de guerra...

Lá vem o Jorge: - Antunes!! uma calorosa salva de palmas...

O Severino: Da Guia!!! ....silêncio, duas ou três palmas de distraídos...silêncio breve...Como?
DAAAAAAAAA GUIIIIIIIIIAAAAAA! O senhor é môco?!?!? Da Guia!!
Não tem outro? Não, toda a família foi salva por nossa Senhora da Guia!

Ah!! Um breve desvio comportamental denunciatório de olhos em busca das anotações ceubísticas ( do pavilhão três) de como lidar com casos assim. Nada lhe ocorreu...Da Guia!! – fica assim mesmo. Palmas.

A Leonor, A Silvana, A Beatriz, o Genaro....uma ruma tranqüilizante de nomes normais e previstos na zona de conforto do quase desesperado consultor..

Foi seguindo-se a fila.
Cochicha, discretamente, para a auxiliar: Ué, o combinado não era o pessoal depois de receber o crachá seguir para o lanche?
Era, responde a aspirante, não sei por quê todos voltaram para seus lugares!!

Tanto melhor, mais palmas, mais orgulho por sustentar o indefectível nome da família..
O programa estava iniciando de vento em popa...
Carro preto, tapete vermelho, elevador privativo, medalha em palanque, descer a rampa com o Lula... Tudo uma mera questão de tempo....sim de tempo...

Até o devaneio ser interrompido por um negão enorme, um armário, basquetista, alterofilista, cara se sonso, "cantor de funk do bem"

Ele se inclina com os lábios grossos próximo ao palpitante microfone de lapela:

Jesus...Paixão!!!

Um relampejo de clarividência e percepção prospectiva de cenário aflorou na mente hiperoxigenada do frágil consultor, dado ao nível de pulsação do indivíduo.

Que bom iniciaremos a segunda fase do programa antes do que pensávamos!!

A religião e espiritualidade!! Alto e em bom som para os ouvintes, os expectadores, pois de fato estavam na expectativa de um desfecho deslumbrante para o imbróglio.

Você será, como símbolo do início da nova etapa...O Jesus!!!

A gargalhada retumbou no lotado auditório enquanto todos, divertidamente, levantavam-se para o lanche lotando as cestas com targetas, importadas e adesivas, amassadas.

E a Vaca foi para o Brejo

Gosto de repensar antigas fábulas e adaptá-las para nosso dia a dia corporativo.
Essa estorieta para mim serve de reflexão acerca do que podemos fazer para melhorar nossa carreira e nossa vida.

E a Vaca foi para o Brejo

Quando a China era potência mundial, nos séculos XII e XIII, temida em todos os recantos descobertos do mundo, havia entre seus habitantes o salutar hábito de ouvir os mestres. Havia, por sinal, muitos bons mestres que escolhiam seus melhores discípulos e com eles iniciavam grandes jornadas de reflexão e aprendizado que hoje conhece-se como “sabáticos”.

Mestre Y-chan estava com dois de seus melhores discípulos viajando pelo interior do país, talvez mostrando a potencialidade da terra, dos pastos, do povo. Já havia feito o mesmo percurso.

Um dia, já ao anoitecer, deparou com uma cabana, grande, confortável, próxima a um desfiladeiro com uma vista deslumbrante. A vegetação em volta era linda, com flores variadas, algumas raras, e a terra de ótima qualidade. Além do mais, era passagem obrigatória de vários viajantes daquela região.

Bateu à porta e o mesmo dono, que anos antes, em sua viagem o havia acolhido junto a seu mestre, veio receber-lhes. Novamente deu a todos comida e pousada.

Muito observador e sagaz o mestre percebeu que pouca coisa mudara, a não ser o grande número de crianças e jovens, filhos e netos do proprietário, que agora dividia a penúria.

Voltando-se para o dono, perguntou em voz alta para que seus discípulos ouvissem: “Meu bom e honrado homem, o senhor é feliz?!?!?”. “Claro! “, respondeu o proprietário, “Tenho tudo o que quero, conforto, comida e família adorável!”. “E quem lhe provê tudo isso?”, continuou o mestre. “Minha vaquinha lá fora. Dela eu tiro o leite o queijo. Também faço o pão do trigo da pequena lavoura atrás da casa. Tenho tudo o que quero e vivo feliz.”

A conversa seguiu agradável noite adentro. Antes de o sol raiar, o mestre e os discípulos saíram sem acordar os bondosos anfitriões. O mestre, após afastar-se um pouco da casa ordena a seus discípulos: “Vão até a manjedoura, tirem de lá a vaca e joguem-na no desfiladeiro! “. Ante ao espanto e incredulidade dos alferes, o mestre insistiu: “Vão e façam como digo!”. Linda vaquinha gemeu, enquanto rolava ribanceira abaixo, indo literalmente para o brejo ao fim da ribanceira. Após o repugnante feito, todos seguiram o caminho, os discípulos silenciosos, questionando a dignidade, sapiência e tudo o que de bom já haviam absorvido do mestre.

Dois anos se passaram até o retorno dos viajantes, seguindo pelo mesmo caminho, quando próximos a antiga morada depararam-se com uma hospedaria e vários pequenos estabelecimentos a volta. Na borda do desfiladeiro havia um mirante, com local para refeições, espaço para meditação e diversão para crianças.

Novamente o mestre pediu abrigo e novamente o bom homem o atendeu, lamentando ter que colocá-los em instalações improvisadas, posto que todos os quartos da hospedaria que substituiu a choupana estavam ocupados.

“O que houve, bom homem? Quantas mudanças?!?!?, perguntou o mestre. “Há meu bom senhor, alguém jogou minha vaquinha no desfiladeiro, nossa, então fonte de alimento e conforto. Fiquei arrasado, quis me suicidar. Então em preces ao Senhor ele me fez olhar para o que tinha. Coloquei todos para trabalhar, comecei a cobrar pelo alimento e pousada. Com o tempo, comecei a atender todas as necessidades dos viajantes e hoje tenho este próspero comércio, com todos os meus filhos e netos empregados. “. E para espanto dos discípulos prosseguiu: “Pode parecer estranho, mas hoje agradeço a quem empurrou minha vaquinha para o brejo. De outra forma estaria passando sérias necessidades.”
“Pensar o impensável, sair da comodidade e segurança, ter confiança em si e ousar...inovar....fazer bem e diferente aquilo que VOCÊ faz todos os dias....abrir novos horizontes e, sobretudo, ter confiança em si e nas ferramentas que você dispõe.

Quebre seus paradigmas, jogue sua vaquinha no brejo e ...boa sorte!!”

domingo, 16 de agosto de 2009

O FIM DOS ADVOGADOS!

Achei muito inteligente a estorieta.
Fácil de se verificar em países latinos com democracias com pouca idade.
a propósito, se juntarmos os jornalistas veremos que a Venezuela já está dando os seus primeiros passos e antecipando outros, os das armas.

O FIM DOS ADVOGADOS!
O ano é 2.209 D.C.

Ou seja, daqui a duzentos anos - e uma conversa entre avô e neto tem
início a partir da seguinte interpelação:

Vovô, por que o mundo está acabando?

A calma da pergunta revela a inocência da alma infante. E no mesmo
tom vem a resposta:

Porque não existem mais advogados, meu anjo.


Advogados? Mas o que é isso? O que fazia um advogado?

O velho responde, então, que advogados eram homens e mulheres
elegantes que se expressavam sempre de maneira muito culta e que,
muitos anos atrás, lutavam pela justiça defendendo as pessoas e a
sociedade.

Eles defendiam as pessoas? Mas eles eram super-heróis?

Sim. Mas eles não eram vistos assim. Seus próprios clientes muitas
vezes não pagavam os seus honorários e ainda faziam piadas, dizendo
que as cobras não picavam advogados por ética profissional.

E como foi que eles desapareceram, vovô?

Ah, foi tudo parte de um plano secreto e genial, pois todo
super-herói tem que enfrentar um supervilão, não é? No caso, para
derrotar os advogados esse supervilão se valeu da união de três
poderes. Por isso chamamos esse supervilão de "União".

Segundo o velho, por meio do primeiro poder, a União permitiu a
criação de infinitos cursos de Direito no País inteiro, formando
dezenas de milhares de profissionais a cada semestre, o que acabou com
a qualidade do ensino e entupiu o mercado de bacharéis.

Com o segundo poder, a União criou leis que permitiam que as pessoas
movessem processos judiciais sem a presença de um advogado,
favorecendo a defesa de poderosos grupos econômicos e do Estado contra
o cidadão leigo e ignorante. Por estarem acostumadas a ouvir piadas
sobre como os advogados extorquiam seus clientes, as pessoas
aplaudiram a iniciativa.

O terceiro poder foi mais cruel. Seus integrantes fixavam honorários
irrisórios para os advogados, mesmo quando a lei estabelecia limite
mínimo! Isso sem falar na compensação de honorários.

Mas o terceiro poder não durou muito tempo. Logo depois da criação do
processo eletrônico, os computadores se tornaram tão poderosos que
aprenderam a julgar os processos sozinhos. Foi o que se denominou de
Justiça "self-service" . Das decisões não cabiam recursos, já que um
computador sempre confirmava a decisão do outro, pois todos obedeciam
à mesma lógica.

O primeiro poder, então, absorveu o segundo, com a criação das
´medidas definitivas´, novo nome dado às ´medidas provisórias´ . Só
quem poderia fazer alguma coisa eram os advogados, mas já era tarde
demais. Estes estavam muito ocupados tentando sobreviver, dirigindo
taxis e vendendo cosméticos. Sem advogados, a única forma de restaurar
a democracia é por meio das armas.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Sobre bases americanas na Colômbia

Há outras maneiras de se enxergar a instalação de bases americanas na Colômbia.
Em primeiro lugar é uma decisão soberana entre dois países livres e, nossa mídia e também, pelo que ela noticia, nossa diplomacia e chefe do Executivo insistem em dar declarações contra. Da mesma forma outros países vizinhos seguem tais atitudes.

A mídia, perdendo mais uma excelente oportunidade de esclarecer a sociedade, entra na onda da questão ideológica iluminando uma preocupação com intervenções políticas no estilo antigo.

Há que se recordar que o presidente americano é uma figura que, de acordo com todos recentemente, é uma pessoa preocupada com movimentos sociais, democracias, liberdades individuais etc etc. Por quê, então, estaria ele insistindo na instalação das bases.

Há, ainda, que se recordar que as bases já existentes promoveram todo o apoio tecnológico necessário para a invasão relâmpago das FFAA da Colômbia em território Equatoriano para dizimar um grupo das FARCS e resgatar um laptop, entregue à Interpol, sob vigilância da ONU, onde se registrava envolvimento de várias autoridades com o narcotráfico, como contribuintes ou recipiendários de dinheiro e tecnologia daquele grupo terrorista.

Relembrando-se, também, que terrorismo nada mais é do que business, onde se arrecada milhões de dólares no mundo, é uma fonte de recursos líquido, sem comprovação e arrecadação para várias campanhas eleitorais vitoriosas que, sabidamente, são muito caras para serem bancadas com contribuições de cidadãos ou empresas em países que nem a categoria de emergentes chegaram.

Há que se refletir sob esta perspectiva e, com o tempo, ter-se algumas surpresas.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

SOBRE A ESTULTÍCIA: A SÍNDROME DA INDIGÊNCIA INTELECTUAL ADQUIRIDA.

Lembro-me de uma passagem curiosa na época que comandava uma organização militar em Recife. Fui surpreendido pelo soldado que trabalhava como motorista no esquadrão quando, no trajeto até o prédio principal onde participaria de uma reunião, apresentou-me o caderno de questões de matemática, referente ao concurso de policial rodoviário federal.

Mais do que surpreendido, fiquei assustado ao ler as seis primeiras questões que compunham a primeira página e, após constatar que não conseguiria responder a nenhuma sem um “macete” reparei que todos os quesitos eram compostos por parágrafos dissertativos. O pavor aumentou ao ser alertado que se tratava da prova de matemática. Isto mesmo, prova de matemática onde as seis primeiras questões não tinham um número sequer para ajudar-me no vil artifício do reconhecimento fotográfico das formulas matemáticas, exaustivamente decoradas.

Divaguei, após jogar a toalha, se estava em franco processo de miolice, encolhimento intelectual (olhem que nem assisto ao big brother para justificar-me...) ou se o ensino de fato mudou.

Como se fosse um complô, sem esperar que eu me recompusesse do vexame, outro militar que o substituiu na escala ao transportar-me para a mesma reunião perguntou-me sobre o que achava da então corrida presidencial. Ele já desconfiava de um candidato com jeitão de coroné das plagas cearenses, apesar de nascido no interior de São Paulo, pois ele achava difícil o mesmo fazer congressistas votarem a favor de reformas.

Foi demais, devo ter sido por demais transparente em minha perplexidade ao ouvir, de quem jamais esperava, tal comentário certeiro. Com ar de general perdendo uma batalha campal subi as escadas, sem perder a pose, rumo a minha reunião, onde poderia recobrar-me falando de assuntos aos quais não teria condição alguma de mudar nada, mas que as cobranças logo pipocariam... e como!!

Com o avanço dos meios de comunicação, aliado ao barateamento de aparelhos eletro-eletrônicos, fruto do aquecimento da economia, pessoas de renda menor estão tendo acesso a televisores, rádios e até computadores, que com as empresas de acesso grátis à internet, com os site também sem custo, ficam muito próximos das notícias em tempo real e de comentários de estudiosos acerca de muitos eventos sociais. Tentando-se, diga-se de passagem, abstrair deste total as figuras emergentes, fruto de meteórico sucesso na televisão, que se acham no direito de comentar acerca de tudo e, também apresentadoras com propostas fruto de mente vegeto-intelectualizadas, podemos afirmar que o cidadão está mais perceptivo a nova realidade.

Há que se registrar que o último Censo do IBGE registrou um fenomenal aporte de meios de comunicação (televisão, rádio e jornais impressos de baixo custo) nas residências país afora. Também neste elenco, já temos um total de 160 milhões de celulares em meio a uma população de 190 milhões. Ou seja, o cidadão brasileiro tem todos os meios de se informar com adequação e, até, propriedade.

Deixando-se, momentaneamente, a notória incapacidade de escolher bons políticos e de exercer sua responsabilidade em meio a um ambiente democrático, com Instituições maduras e fáceis de serem acompanhadas, acredito que haja condições de se ampliar o nível de complexidade de produtos e de serviços com alto valor agregado. Ou seja, somos, hoje, capazes de utilizarmos, com eficiência, todos os produtos que venham a impulsionar nossa indústria sem nos obrigar a manter nossa capacidade produtiva o suficiente para atender uma república das bananas.

Conforme sempre alerto, os militares que ingressam nas fileiras da força, bem como os demais servidores públicos, são selecionados em concursos com exigências intelectuais muito superiores àquelas de nosso tempo. Nossa massa crítica é profusa em inteligência, perspicácia e até de lógica imediata. E estão sempre a nos observar.

O raciocínio segue para o brasileiro fora daquelas categorias, pois também os testes de aptidão seletiva para empregos estão exigindo muito conhecimento.

Tal fato remete-nos à percepção de nossa importância como vetores de informação e de conhecimento empírico, de qualidade, para tais platéias que constantemente nos observam. Sob o ponto de vista do subordinado, ou colaborador, nós estamos, em função da posição que desempenhamos, alguns degraus acima na cadeia de conhecimento e intelectualidade. Significa, assim, dizer que temos a obrigação de estarmos, no mínimo, bem informados acerca dos eventos sociais e econômicos, pois qualquer besteira que dissermos será, impiedosamente, motivo de desdém, quando não de chacota, traduzida em charge “dilbertiriana” pelo primeiro caricaturista de plantão comum em qualquer organização.

Precisamos estar constantemente nos atualizando, lendo, ouvindo e conversando com espírito crítico em busca de valor para transformar esta miríade de informações em conhecimento consistente.

Poderíamos, neste intuito, diminuir nossa dependência de programas dominicais, vespertinos e novelas, usando o tempo que sobrará para leitura crítica, não só de livros como de periódicos e, ainda que eventualmente, discutir com nossos pares e próximos a fim de buscarmos um entendimento, uma noção mais compartilhada da realidade e circunstâncias que nos rodeiam.

Precisamos cobrar mais coerência dos meios de comunicação, bem como mais transparência de nossas Instituições, ao mesmo tempo em que notícias de melhor qualidade que nos informe e nos forme como cidadãos. Acredito que tal postura, no fundo, seja um ótimo exemplo de responsabilidade social para conosco e com as gerações que nos sucederão.

Números do Congresso Nacional


Amigos, boa tarde.
A figura anexa mostra o retrato de nosso país, de nosso cidadão, o quanto se chegou após vinte e cinco anos comemorando-se o fim de governos militares quando, enfim, um civil assumiu o poder.
Mas há que se ressaltar, que ainda no governo Figueiredo, em 1978, o Congresso, após anistia, se inchou, passou de dois partidos, ARENA e MDB, para quase vinte partidos, estava inaugurada a democracia do país no novo ciclo.
Aí, analfabetos, apedeutas, maiores de 16 anos e os demais obrigados em plena democracia, pois não votar além de transgressão da multa, e dizer ou estimular o voto em branco é crime, passamos a ter a sensação de que vivíamos em plena e pujante democracia.
Mas faltou se entender e contar com nossa idiossincrasia, aquela mesmo que nos caracteriza como omissos, Sísifos matreiros e felizes, bonachões, gentes boas, populares, democráticos, elegendo gente dessa estirpe e crente que estava abafando.
Relembrando, ainda, que na época dos governos militares, como o Congresso so queria aprovar medidas diante de fisoologismos sutis, os presidentes militares usavam da ferramenta do Decreto-Lei. O Congresso não queria votar então se passava por cima. Não se cooptava, não havia mensalões e isso incomodava a esquerda. Mas para se relembrar isto ou meus amigos ouvirem isto de um professor de faculdade é querer dançar com cinderela rodeado de duendes.
Sarney governou por cinco anos, encheu além de suas burras todos os congressistas possíveis e de tanto emperrar e deixar emperrar reformas importantes seu ocaso se deu com 83% de inflação ao mês, obrigando Collor a lançar seu plano de 50 reais somente para todos ficarem iguais...menos, claro está, os políticos e os de agora. Os amigos mais novos perguntem a seus pais ou professores.
Aí o Collor começou a dificultar a vida dos de sempre, não que eu esteja defendendo, apenas fazendo uma revisão histórica, aí o Ulisses falou alto e em bom tom na Rede Globo: O presidente está começando a tornar inviável seu governo. Foi falado no JN depois no Jornal da Globo e no outro dia no Bom dia Brasil. Falei com minha esposa: O Collor não dividiu o bolo, os cargos de autarquias, Petro, Elebro, Porto, todas as Brás possíveis ficaram na mão de poucos Sudene e SUDAM foram fechadas, outras minas de dinheiro. A INFRAERO, então da Aeronáutica, passou a ser acompanhada com mão de ferro. E por não dividir, logo logo veio o impeachment. Capitaneado, nunca, jamais nos esqueçamos, pelo PT e todos os partidos agregados a um futura teta.
Cumpre ressaltar que depois que foi extinto o Decreto Lei veio a Medida Provisória e qual não é o espanto, desde FHC, nos dois governos e os dois do atual, os recordes desses by passes do Congresso são editados sem nenhum pudor ou vergonha.
O gráfico, anexo, mostra o por quê.
Aos poucos fomos perdendo todas as ferramentas de atuação popular em um regime democrático. Hoje pouquíssimo além do voto mau usado, podemos fazer para corrigir erros ou projetos que não nos atende.
Necessariamente somos obrigados a lançar mão de entidades tais como OAB SP que, espantosamente, em um acesso claro de covardia, terceiriza para nós uma responsabilidade que é dela. A última para o dia 17 de agosto.

Somos uma sociedade de abúlicos felizes. somos tidos a nos mobilizar por movimentos de abraços cults na Lagoa, R Freitas ou Pampulha, o logradouro não vem ao caso pois a estupidez é absolutamente a mesma. Abraços no Corcovado, Ibirapuera enfim, em movimentos tipo cult tudaver, no mais nobre e essencial padrão "Tô putinho!!" que de nada, absolutamente nada, resolve. Mas que dá uma enorme sensação de estar e ser consciente e muito papo para as reuniões sociais, em barezinhos ou em piscinas ou em casa enquanto a galera ri da cara (não da minha, pois não voto em congressista por não acreditar que no atual sistema nem Jesus Cristo ou Madre Tereza de Calcutá, consertariam essa súcia) dos iludidos.

Amigos, enfim, taí o resultado de anos de cochilos.
Este gráfico não vem em jornais e periódicos de acesso popular, veio na Revista Exame cuja assinatura que pago é de quase quatrocentas pilas no afã de ler algo de útil já que o que se publica ultimamente é absolutamente controlado pelo governo.

Antes de encerrar, relembro que hoje, pelo IBGE, temos 98% de residências com rádios, 95% com televisões, somos 190 milhões de habitantes e 160 milhões de celulares, jornais chegam a custar 25 centavos em algumas cidades e o pacato cidadão, cochilante, noveleiro, BigBrotherBrasilzeiro não consegue enxergar como a omissão dos parlamentares custam em nossa conta de luz, na gasolina, no custo de transporte, telecomunicações dentre uma série de atividades econômicas que encarecem, sobremaneira, nosso dia a dia.
E sempre busca-se a culpa em algum marciano ou extra-terrestre.

Enfim, temos um governo e um congresso, com letra minúscula, suficiente para o que merecemos ou o que queremos.
Sds
Jefferson

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

CANSEI da OAB SP...francamente!!

Amigos, desculpem a franqueza mas já que venho recebendo o anexo da OAB SP o tal do CANSEI.
Nosso jeitão de viver socialmente é esse e não mudaremos, infelizmente.
De que adianta movimentos de abraços na Lagoa Rodrigo de Freitas, Pampulha, Parque do Ibirapuera e todos mais?
O Maracanã já fez vários minutos de silêncio e o último, ao menino desintegrado ao ser arrastado não deu em nada.
Hoje não temos condições de, como cidadãos, pedir impeachment de presidente ou políticos, só quem a tem são as organizações da sociedade civil organizada, dentre elas a OAB SP propõe que nós façamos silêncio.
Os empréstimos e demais rubricas sociais também dependem daquelas organizações para serem revistas, e o que fazem? Propõem que nós façamos silêncio.
Vários serviços públicos, telefonia, energia,etc e combustíveis são majorados em função de impostos adotadas em reuniões plenárias de liderança ou reservadas sem a participação popular, longe de pedidos de impugnação, revisão, postergação ou de análise pública. Só quem pode fazer isso são aquelas organizações, dentre elas a OAB.
Estamos tendo problemas no comércio bilateral com a Argentinha, nosso presidente nem a diplomacia não se manifesta.
Evo Morales majorou o gás usado na matriz produtiva de cerca de 68% da indústria na região sul e sudeste e só quem pode iniciar um movimento público questionando são os mesmos que nos pedem minuto de silêncio.
Notícias inocentes demais na internet que, supostamente, deveria contribuir para a ampliação da informação, conhecimento e intelectualidade de nossos convivas e dentre elas notícias de que dois advogados processaram senadores e 3500 funcionários do Senado e muitos a divulgaram sem se preocupar em, sequer, avaliar se é possível quando não, antes, coerente.
Jáder Barbalho renunciou e depois houve eleições e, novamente, o PMDB foi o mais votado no país em todas as cadeiras que concorreu.
Que omissão vergonhosa!!! Por quê não pedem aos políticos que são advogados e afiliados a eles que se afastem daquela Ordem ou que eles mesmo anulem, ainda que temporariamente, suas filiações?
Imagine-se interpelando um político dizendo que em 17 de agosto fará um minuto de silêncio em repúdio a falta de ética dele e dos demais...tá arriscado a ouvir do parlamentar: Ah!! É? Tô ...ando e andando para vc!! Desculpem a franqueza, tá hora de crescermos e amadurecermos como sociedade?

GEOMAPS


celulares

ClustMaps