sábado, 31 de julho de 2010

Mandamentos Para Uma Vida Feliz

Coma somente se tiver fome...
Durma somente se tiver sono...
Abrace muito...
Beije mais ainda e ria, já que a vida é de graça...
Peça!
Sempre haverá alguém que lhe dará o que você está precisando...
Despeça-se do que já passou. Quem vive de passado é museu...
Pare de se preocupar...
Perdoe-se por suas burrices e fracassos...
Lembre-se de orar para agradecer. Você já recebeu mais do que suficiente para crescer e ser feliz...
Não perca tempo em discussões inúteis.
Ao invés de brigar cante uma canção...
Cuide de si mesmo como se estivesse cuidando do seu melhor amigo...
Expresse a sua individualidade...
Faça alguma coisa que sempre desejou fazer, mas que tinha vergonha...
Cometa novos erros...
Simplifique sua vida...
Deixe bagunçado...
Acredite no amor...
Grandes amizades não se perdem em pequenas disputas.Se se perderem, é porque não eram nem amizades,muito menos grande...
Saiba que muitas vezes a felicidade de quem está do seu lado depende da sua felicidade...
Siga os mandamentos e...
SEJA SEMPRE MUITO FELIZ!!!
Colaboração de Mª Suzana M. C. Almeida
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Fim da pobreza em 2015

Em cinco anos não conseguiremos ampliar nossa capacidade de distribuição de energia, tampouco conseguiremos ampliar nossa malha viária no intuito de viabilizar a distribuição de unidades empresariais, fabris e de produção de serviços no interior do país.

Assim não ocorrendo o cidadão continuará a ter dificuldades de acesso à saúde, educação e postos de trabalho. O resultado é sua emigração de sua região para imigrar para a periferia das grandes cidades e viver à margem dos serviços e do desenvolvimento.

O que se vê na reportagem abaixo é uma mera ilação sem levar em consideração todos os fatores e óbices que vivenciamos de forma objetiva no tempo presente. Muita teoria e discursos sem sustentação que não observam as dificuldades que vivenciamos hoje em dia. As obras do PAC ainda não decolaram e os ambientalistas não permitem que grandes obras que geram emprego e desenvolvimento consigam iniciar sem solução de continuidade.
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Pnud acredita que Brasil vai erradicar a pobreza até 2015 
Carolina Brígido 

Comentários 


BRASÍLIA - Entre os oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, a administradora do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Helen Clark, considera a garantia à saúde materna o mais difícil de ser cumprido no mundo. No entanto, a neozelandesa aposta que o Brasil cumprirá todas as metas até 2015 - entre elas, a erradicação da pobreza e a promoção da igualdade de gênero. Em visita ao país nesta semana para renovar acordos de cooperação, ela afirmou que o Brasil tem muito a ensinar aos países que ainda estão atrasados nas metas. Para ela, o mundo precisa de um modelo de crescimento econômico com ênfase na redução da pobreza. 



O GLOBO - Que Objetivo do Milênio a senhora considera o mais difícil  de ser alcançado? 


Helen Clark - São lentos os avanços relativos à saúde materna, a meta de reduzir o número de mortes de mulheres no parto. Essa é a mais difícil no cenário internacional. 



. O que vai acontecer se as metas não forem atingidas até 2015? Há a possibilidade de estipular novo prazo para os países que não tiverem cumprido? 


Helen Clark - Essas metas foram estipuladas nos anos 1990, com prazo até 2015. Foi a primeira vez que a comunidade global concordou a respeito de um compromisso específico, com tempo determinado. Tem havido atividade intensa e muito progresso nos governos. As metas são globais. Alguns países cumprirão imediatamente. Para outros, será mais difícil. Na média, o mundo cumprirá as metas. Estamos vendo no mundo, inclusive nos países mais pobres, progressos incríveis. Para atingir as metas, é preciso haver forte liderança, boas políticas adaptadas às circunstâncias do país e, é claro, dinheiro. É preciso também que o dinheiro seja alocado em programas que funcionam, como acontece no Brasil. 



. Que atitudes positivas o Brasil tem tomado nos últimos anos para cumprir as metas? 


Helen Clark- O Brasil tem uma liderança bastante forte, respeitada internacionalmente e comprometida com o desenvolvimento. Há políticas internacionalmente e comprometida com o desenvolvimento Reconhecemos o Brasil como protagonista na cooperação internacional para o desenvolvimento de fortalecimento da economia e alocação de dinheiro em programas sociais, como o Bolsa Família. É uma combinação de liderança e programas. É o que produz resultado. A experiência brasileira pode ser dividida com outros países. 



. Qual foi o resultado de sua visita ao Brasil? 


Helen Clark - Assinamos um termo de parceria com Itamaraty para renovar o trabalho do Pnud no Brasil. 

Reconhecemos o Brasil como protagonista na cooperação internacional para o desenvolvimento, por isso precisamos continuar trabalhando juntos. O Pnud tem interesse em trabalhar com o Brasil em outras regiões do mundo. 



. Qual a meta mais difícil para o Brasil atingir? 

Helen Clark - O Brasil já alcançou algumas e provavelmente atingirá todas as metas. Os temas de gênero são os mais difíceis, porque em todas as sociedades as mulheres têm de lutar pelos seus direitos de ter oportunidades iguais e representatividade. A questão da saúde materna é apenas parte de todo o quadro. Mas não vejo motivo para o Brasil não atingir essa meta. 



. A América Latina ainda é vista como uma das regiões mais desiguais do mundo. Isso dificulta o cumprimento das metas? 


Helen Clark- Toda sociedade tem desigualdade, mas isso não as impede de atingir metas. É preciso garantir o mínimo e impedir que haja pessoas vivendo abaixo desse mínimo. No meu país, há desigualdade de renda, mas estipulamos que ninguém pode ficar abaixo de um determinado patamar. Ter um nível social mínimo significa dizer que ninguém estará na pobreza extrema. Toda criança deve estar na escola, toda mulher ter acesso à saúde, etc. 



. Além do Brasil, a senhora pode citar outros países que tenham empreendido esforços para atingir as metas? 


Helen Clark - Muitos. Na América Latina, podemos citar, por exemplo, o Chile. Entre os países menos desenvolvidos, há a Etiópia, que tem feito progresso notável relativo às metas, incluindo o fim da pobreza e o acesso escolar às crianças. Cabo Verde é outro exemplo. É um país que não tem gás natural, não tem petróleo, mas tem boas políticas. Não é preciso ter riquezas naturais para atingir as metas, é preciso ter uma estratégia inteligente e investimento. 



. Em setembro, haverá uma reunião de cúpula para discutir as metas. Como será o encontro? 


Helen Clark - Será produzido um documento longo, que descreverá o que ocorreu nos últimos dez anos sobre as metas e montar uma agenda com prioridades para os próximos cinco anos. O modelo de crescimento econômico precisa estar ligado ao fim da pobreza. Muitos países experimentaram o crescimento econômico sem reduzir a pobreza. Estamos dando ênfase a esse ponto. Educação também é um ponto extremamente importante, assim como ter uma estrutura de proteção social e acesso a energia elétrica. 



. Na reunião, está previsto um discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O Brasil vai assumir o papel de auxiliar os países que ainda estão atrasados no cumprimento das metas?



Helen Clark- Sim, porque o Brasil tem um programa de cooperação internacional bastante amplo. O Brasil tem ótimas experiências na agricultura, na proteção social e na saúde. Muitos países vêm ao Brasil para pedir ajuda. O Brasil terá influência (na reunião de cúpula), com certeza. 

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MÍRIAM LEITÃO Um tanto minério

Um bom recorrido histórico sobre nosso comércio exterior.

O que esta reportagem ressalta é nossa pouca capacidade de exportar produtos de alto valor agregado que, via de regra, emprega-se mais mão-de-obra mais qualificada. Em outras palavras, após tantos investimentos propalados ainda, em pleno séc XXI, ainda somos fortes em exportar produtos agrícolas e riquezas minerais, ou seja, em termos de comércio globalizado ainda somos incipientes em termos de nação desenvolvida.
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O Globo - 30/07/2010

Em 2010, pela primeira vez um único produto vai superar a marca de US$ 20 bilhões nas nossas exportações: o minério de ferro. O preço subiu mais de 100% este ano. Com isso, o minério representará 12% de nossa balança comercial. Em mais de 30 anos, será também a primeira vez que as matérias-primas vão superar os manufaturados. Minério de ferro, petróleo e soja são 30% do que exportamos.

A alta do preço vai provocar um salto ornamental.

Do ano passado para este, as exportações de minério de ferro vão sair de US$ 13,2 bilhões para US$ 24 bilhões, segundo estimativas da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). Uma alta de 81%. No segundo trimestre, o minério dobrou de valor. O terceiro trimestre já começou com novo aumento de 35%. A AEB revisou o superávit da balança comercial de 2010: de US$ 12,2 bilhões para US$ 15,04 bilhões.

A alta tem vários efeitos.

Nem todos bons. O Brasil acaba voltando à primeira metade do século passado quando um produto se agigantou nas contas de comércio.

Naquela época, o café. O aumento no preço é resultado da demanda chinesa.

Em processo acelerado de urbanização, com fortes investimentos em infraestrutura, a China tornouse altamente dependente da importação de minério de ferro porque não tem mineral de boa qualidade. Diante da demanda, as três maiores mineradoras do mundo, Vale, BHP Bilinton e Rio Tinto, impuseram um novo sistema de reajustes às siderúrgicas, que agora acontecem de três em três meses. Até 2009, era uma vez por ano. No mercado, já se fala em reajustes mensais e até em negociações em bolsa, como acontece com outros minerais, como cobre e alumínio.

— A tendência é que o produto seja negociado em bolsa, com a criação de um preço de referência e um prêmio para o minério que tiver maior qualidade, como é o caso do produto de Carajás — explicou o economista da Link Investimentos Leonardo Alves.

O perfil de nossas exportações está mudando, com o aumento da participação dos produtos básicos (vejam no gráfico).

Em 1998, a exportação de matérias-primas representava 25% de tudo que o Brasil vendia; em 2010, a projeção é de que seja 43%.

Já a participação dos manufaturados caiu de 57% para 40%. Dos dez produtos que devem ser os mais vendidos este ano, nove são commodities. Dos 20, 13 são matérias-primas.

E olha que o Ministério do Desenvolvimento considera como produtos manufaturados itens como madeira compensada; suco de laranja não congelado; café solúvel; açúcar refinado: — Só no Brasil esses produtos são considerados manufaturados.

Em qualquer país desenvolvido, seriam produtos básicos ou semimanufaturados.

É um erro que nos acompanha desde o regime militar — explicou José Augusto de Castro, vicepresidente da AEB.

A entidade acha que isso é um problema. Não pelas boas vendas de commodities, mas porque teme a ausência de acordos bilaterais que abram mercado para produtos de maior valor agregado. A AEB alerta que o Brasil não reduziu seus custos de produção e lembra que o volume vendido não aumentou, apenas o preço. Qualquer mudança no instável mercado de commodities e a nossa balança será afetada.

“Registre-se que a elevação de preço não gera emprego, ao contrário de quantidade, principalmente quando se refere a produtos manufaturados”, escreveu a AEB em relatório.

A Abracex (Associação Brasileira de Comércio Exterior) lamenta o foco das exportações em matériasprimas.

Em análise intitulada “Onde está a política industrial?”, o presidente da entidade, Roberto Segatto, lista um longo dever de casa que ainda precisa ser feito: melhoria da infraestrutura aeroportuária e rodoviária; financiamento à micro e pequenas empresas; redução de carga tributária.

É da vocação do Brasil ser grande produtor de commodities, seja metálicas, seja agrícolas. Não é exportação de segunda categoria.

Mas o melhor seria se o país estivesse removendo os gargalos da infraestrutura, incentivando a inovação tecnológica e ampliando a diversidade das exportações.

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sexta-feira, 30 de julho de 2010

As ligações perigosas das ongs que atuam na floresta

Um assunto para a sociedade acompanhar.
A pressão que exercem, como lobby, sobre nosso Código Florestal é muito forte.
Dependemos da agricultura para nos projetar e nos sustentar.

Já perdemos a Raposa da Serra do Sol, uma enorme quantidade de território brasileiro, por lei, hoje não só é área de preservação ambiental como também reservas indígenas.

Outro tema maiúsculo e necessário.
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As ligações perigosas das ongs que atuam na floresta

Nos últimos anos, dezenas de ongs indigenistas e ambientalistas que atuam na Amazônia vêm sendo alvos de investigações da Abin e da Polícia Federal. Por Hugo Souza
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Os países amazônicos governados por grupos partidários da chamada “nova esquerda” latino-americana parecem ter entrado em guerra contra organizações não-governamentais indigenistas e ambientalistas, as estrangeiras ou aquelas financiadas com dinheiro de governos e entidades com ou sem fins lucrativos dos EUA e da Europa.

No início de julho, o governo do Peru cancelou o visto de um religioso britânico que participou de manifestações em defesa da Amazônia e avisou que não permitirá que estrangeiros realizem protestos no país. Em Quito, o presidente Rafael Corrêa se referiu a manifestantes ligados à Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador como “gringuitos” que se organizam em “grupitos” e se autodenominam ongs. Na Bolívia, o mesmo Evo Morales que há cinco anos tomava posse trajando um “aguayo” (tecido costurado à mão pelos índios aimará e quíchua) agora acusa o seu povo de estar sendo manipulado por estrangeiros a fim de desestabilizar seu governo.

Na Amazônia boliviana, prefeitos do departamento (estado) de Pando, no norte do país, expulsaram da região cinco ongs ligadas à Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (Usaid, na sigla em inglês), entidade ligada ao Departamento de Estado norte-americano. O próprio Evo Morales ameaçou proibir a presença da Usaid na Bolívia, dizendo que a agência dos EUA incorreu em ingerência no país ao, segundo ele, incitar ongs e índios a realizarem uma grande marcha de protesto contra o governo central de La Paz.

A fúria de Morales contra as ongs tem mais a ver com a disputa interna por hegemonia política do que com a defesa da soberania boliviana, mas os laços da Usaid com grandes ongs que atuam na Amazônia é um fato que carece de maior transparência, tendo em vista as reiteradas denúncias de que o ambientalismo-indigenismo vem sendo usado pelos países-ricos como um instrumento de dominação geopolítica.

‘Gosto de árvores, floresta…’
No Brasil, a Usaid consta como “parceira” de ongs como a SOS Amazônia e Centro dos Trabalhadores da Amazônia, organização fundada pela ex-ministra do Meio Ambiente e atual candidata do PV à presidência da República, Marina Silva. As ongs que recebem dinheiro da Usaid costumam funcionar como satélites das chamadas “king ongs” (as ongs maiores, com sedes no exterior e que estabelecem as linhas-mestras de atuação para suas congêneres menores e locais). Foi também a Usaid que formulou a campanha Iniciativa para a Conservação da Bacia Amazônica, com o objetivo de aprimorar a “governança ambiental” de ongs na região.

No ano passado, a Usaid acertou um acordo com os índios suruí de Rondônia com a intermediação da ong norte-americana Forest Trend. O objetivo declarado é organizar um fundo para vender créditos de carbono obtidos com ações de preservação na reserva dos suruí. O cacique Almir Suruí já recebeu uma homenagem na cidade de Los Angeles, nos EUA, e teve um encontro em Londres com o príncipe Charles, que tem uma “fundação ambiental”.

Nos últimos anos dezenas de ongs indigenistas e ambientalistas que atuam na Amazônia vêm sendo alvos de investigações da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e da Polícia Federal por compra ilegal de terras, espionagem, contrabando, apropriação de saberes indígenas e prospecção de riquezas minerais e vegetais a serviço de empresas estrangeiras.

Uma dessas ongs é a Cool Earth, criada pelo sueco Johah Eliasch, empresário que chegou a lançar uma campanha no Reino Unido pedindo doações para a compra de terras na região norte do Brasil. Em 2008, quando foi perguntado pelo Fantástico, da Rede Globo, sobre o motivo desse seu tipo de interesse em nosso país, Eliasch respondeu: “Gosto de árvores, floresta…”. Pouco tempo depois da entrevista de Johah Eliasch ao Fantástico o abnegado nórdico amante da natureza recebeu uma multa do Ibama por causa da derrubada ilegal de 230 mil árvores na Amazônia.
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O coronel e os babalaôs - Nelson Motta

O texto fala acerca de uma estultície lamentável do pres. Chavez.
Também desnuda a inconveniência do que ele propala, uma vez que ele depende, sobremaneira, dos recursos dos EUA, que ele vive criticando.

Também ilumina um dos motivos pelos quais Chavez apoiou o retorno de Zelaya ao poder, a fim de garantir o controle do polígono marítimo formando entre Venezuela, Nicarágua, Honduras e Cuba.

Antes de tudo, é um breve texto muito bem escrito. Vale a leitura.
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O Globo

Dia e noite, minuto a minuto, são postadas na internet notícias do mundo inteiro, das mais dramáticas e trágicas às mais frívolas e bizarras. Os ficcionistas estão em pânico. É cada vez mais difícil criar histórias e personagens originais que possam surpreender e emocionar os leitores.

Que tal a americana que deu o seu bebê para adoção e, 14 anos depois, rastreou o filho em sites de relacionamento, e, sem dizer que era sua mãe, seduziu-o, comeu-o e foi presa? Quem acreditaria nesse dramalhão pornô? Mas é apenas um episódio de “a vida como ela é” na internet, que deixaria Nelson Rodrigues embasbacado.

Mesmo com as licenças do realismo fantástico latino-americano, é difícil criar uma ficção que supere o coronel boçal e paranóico que toma o poder na Venezuela, se acredita um novo Bolívar e quer libertar a América Latina do Império e torná-la uma imensa Cuba. Mas só consegue quebrar o seu país e fazer o mundo rir com suas bravatas.

No novo episódio, a pedido do companheiro Fidel, clarividentes babalaôs cubanos consultam os orixás e advertem o coronel que a única forma de reverter a sua queda de popularidade e a perda da maioria parlamentar nas próximas eleições é fazer um descarrego nos ossos de Simon Bolívar. O coronel manda exumar o Libertador, sob a suspeita de que ele não teria morrido de tuberculose, mas envenenado. Pelo Império, por supuesto.

Mas o Império tem mais o que fazer e ignora o coronel, que fica ainda mais furioso. Nem um ficcionista delirante, ou um babalaô doidão, ousaria imaginar os Estados Unidos invadindo a Venezuela e torrando bilhões de dólares e milhares de vidas para roubar o seu petróleo, só o corone “Mas não vamos estar sozinhos na luta, tenho certeza que Cuba e Nicarágua estarão conosco.” O Império vai tremer de medo, terão que reavaliar seus planos. O coronel ruge: “Pátria, socialismo ou morte!” Ao lado de Maradona, que, como ele, pensa com os pés, rompe relações com a Colômbia, mas são os venezuelanos que pagam a conta. E o coronel continua sua bizarra revolução, com o petróleo que vende ao seu maior inimigo. O Império paga em dia. 
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O Estilo Gerencial do Administrador - Stephen Kanitz

Um texto essencial, vale ler e guardar.
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O Estilo Gerencial do Administrador - Stephen Kanitz
Toda profissão tem um estilo gerencial próprio. Ela depende das necessidades da profissão e de seus valores.

Muitos engenheiros, por exemplo, são perfeccionistas. Perfeccionismo é uma necessidade, ou um valor que muitos engenheiros possuem. O trabalho tem que ser bem feito, custe o que custar.

Por outro lado, advogados são detalhistas. São capazes de gastar horas em uma cláusula de contrato que provavelmente nunca será necessária. O trabalho é demorado, mas quando pronto o contrato cobrirá todos os detalhes e todas as incertezas do futuro. É isto que define um contrato bem feito.

Ambas as profissões administram suas vidas sob estilos gerenciais diferentes, definidos pelos seus valores e necessidades.

Por isto, todas as profissões entram em conflito com a profissão do administrador. Elas acham, incorretamente que o estilo gerencial do administrador é conflitante ou então desnecessário.

Por isto, tantas profissões, empresários e governadores não valorizam o administrador, porque não acham que nosso estilo administrativo seja superior, muito pelo contrário, “vocês não entendem nada de engenharia e advocacia”.

Pergunte a um engenheiro, advogado ou psicólogo qual é o estilo gerencial do administrador, e eles provavelmente também usariam um único adjetivo.

Provavelmente nos definiriam de “imediatistas”, preocupados com lucros de curto prazo, como Paul Krugman e seus colegas não param de escrever no New York Times.

Administradores, segundo a visão popular, querem tudo para “ontem”, vivem dizendo que “o ótimo é o inimigo do bom”, que precisamos mais de “acabativa” e não de iniciativa.

A maioria dos administradores, infelizmente, não consegue provar a sua utilidade nem sabe explicar exatamente o que faz. Por isto, eles não ganham o que merecem, por isto não são valorizados.

Muitos acham que administrar é liderar, executar, coordenar. Isto está até escrito em inúmeros livros de Administração adotados pelas nossas Faculdades de Administração. Uma tristeza!

Vou apresentar uma das funções básicas do administrador, e que define em linhas gerais o seu estilo, e que surpreendentemente muitos administradores sequer ouviram falar nas grandes escolas de Administração como FGV, Insper, Ibmec e USP.

Basicamente, a função do administrador é não permitir que  problemas se acumulem.
Uma organização complexa, que é a empresa moderna, requer a cooperação de milhares de pessoas, dentro e fora da empresa. E, esta cooperação gera inúmeros problemas que se não forem solucionados a tempo afetarão todos os parceiros envolvidos na empresa.

Não permitir que problemas se acumulem talvez seja a tarefa mais importante para o bom andamento de toda família, empresa e nação.

Quando o mundo era gerido por açougueiros, padeiros e fábricas de alfinetes, como observou na época  Adam Smith, de fato não havia muitos problemas “acumulados”, e nem havia necessidade para se contratar administradores. Tudo funcionava pela Mão Invisível do mercado, não pela "Mão Visível" do administrador, como apontaria 200 anos depois  seu livro com este mesmo título Alfred Chandler.

Hoje, o mundo é bem mais complexo e rápido, razão pela demanda crescente de profissionais em administração.

Toda empresa e nação precisa de um corpo de profissionais treinado e dedicado a resolver os problemas de forma rápida.

Não somos imediatistas como muitos acreditam, nós simplesmente estamos evitando que problemas se acumulem um atrás do outro, e nestes casos rapidez de raciocínio e ação são essenciais.  

Por isto, nós nos preocupamos tanto com acompanhamento, qualidade total, processos, auditoria, recursos humanos, etc.

Infelizmente, não é assim que a maioria dos intelectuais brasileiros que ocuparam tantos cargos de destaques neste pais pensam.

Toda a filosofia de ensino, pelo menos a partir do iluminismo e cientificismo,  é voltada para resolver problemas corretamente, até a segunda casa decimal. Rapidez só no vestibular.

Todos os dados precisam ser precisos e rechecados. Todas as variáveis precisam ser “controladas”. O ser humano precisa estar “absolutamente certo”, o refrão do programa "O Céu é o Limite".

Quando se acusa o PSDB de ficar sempre em cima do muro, na realidade se comete uma injustiça. Eles não evitam decidir ou tomar partido, na realidade seus intelectuais são simplesmente mais demorados na tomada de decisão, como todo intelectual.

Só que resolver problemas corretamente hoje em dia não é suficiente. Eles precisam ser resolvidos rapidamente, algo que nossos formadores de opinião, jornalistas e acadêmicos simplesmente não compreendem.

Temos que tomar decisões com os dados que temos, não com os dados que gostaríamos de ter.
O Brasil é um país atrasado porque estamos eternamente acumulando problemas.

É tão óbvio esta constatação que espanta que nossa opinião pública, nossos intelectuais e professores de história nunca perceberam esta simples verdade da história brasileira.

Quando se diz que precisamos fazer a Reforma Política, a Reforma Tributária, a Reforma Judiciária, o que queremos dizer é que deixamos tantos problemas se acumularem nestas áreas que somente uma ampla reforma resolverá o problema.

Se tivéssemos resolvido os problemas na medida que surgiram, o Brasil teria evoluído, teria caminhado para um sistema ótimo, em vez de termos que criar revoluções e enormes reformas de tempos em tempos, que no fundo nos atrasam ainda mais.

Temos problemas no judiciário, na previdência, na logística, na infraestruturua, na educação, na economia, simplesmente porque não temos um estilo gerencial que se preocupa com a rápida solução de problemas. E, problemas que se acumulam crescem exponencialmente, não linearmente, como todo administrador sabe por experiência.  

Quatro entre cinco empresas quebram no Brasil, porque são geridas por profissões que não percebem que problemas não podem se acumular. Aí, qualquer crise ou evento fora do comum, as abate.

Nenhuma empresa quebra por uma única razão, nenhum avião cai por causa de um único problema. Estas quatro empresas quebram a um custo de capital monstruoso para o país, por falta de um estilo gerencial apropriado.

O Brasil não poupa o suficiente para crescer; e pior, torramos 80% desta poupança em empresas que irão quebrar em quatro anos.

Eu não diria, e nunca disse, que o estilo gerencial do administrador é superior ao do engenheiro, do advogado ou do economista.

Infelizmente, estas profissões se sentem ameaçadas pelos administradores, à toa.
Não queremos comandar, gerir, tomar o lugar de ninguém.

Quero deixar claro para todo empresário, sociólogo, economista e político que possa se sentir ameaçado, que o estilo do administrador não é superior. Ele é simplesmente necessário.

Não podemos permitir que nossos problemas se acumulem simplesmente porque cada profissão acha que seu estilo gerencial é superior.

Nós administradores aceitamos que engenheiros sejam perfeccionistas, que advogados sejam detalhistas, que economistas queiram dados precisos, mas tudo isto tem de ser adequado para não atrapalhar os outros dentro da empresa ou do governo.

Não podemos ficar esperando enquanto os outros seguem seus estilos individuais.
Engenheiros, advogados e economistas precisam entender que seus estilos gerenciais são superiores e apropriados, quando se trabalha sozinho, mas quando se trabalha em grupo é necessário conciliar.  
Trabalhando em grupo, um simples atraso numa reunião atrapalha os outros, imaginem um problema que  não foi solucionado por anos a fio.

Quando vejo acusarem administradores e empresários de “imediatistas”, que pensamos somente no curto prazo, percebo que estas pessoas nada entendem das funções do administrador, de crescimento, de justiça social, de democracia e de um mundo feliz cheio de realizações, porque tudo é feito na velocidade necessária.

Se você está cansado de um país estagnado, que cresce aquém de suas possibilidades, que acumula pobreza, corrupção, injustiça e inúmeros problemas, converse mais com um administrador. Ele o ajudará a decidir e implantar suas ideias muito mais rapidamente do que você vem fazendo até hoje.

Stephen Kanitz

quinta-feira, 29 de julho de 2010

O valioso tempo dos maduros

 
Contei meus anos e descobri que terei menos tempo
para viver daqui para a frente do que já vivi até agora.
Tenho muito mais passado do que futuro.
Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas.
As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam
poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados.
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram,
cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir
assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.
Detesto fazer acareação de desafectos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário-geral do coral.
'As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos'.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência,
minha alma tem pressa...
Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana,
muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com
triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade,
Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade,
O essencial faz a vida valer a pena.
E para mim, basta o essencial!
 

Mário de Andrade
(1893-1945)
Grato amiga Cláudia. 

Brasil fracassa em aspiração de ser potência mundial

Apresento mais esta reportagem para que a questão do que a sociedade quer como sua política de representatividade mundial deva continuar, como já previsto na Constituição de 1988, prerrogativa do Senado Federal. Esta veneranda casa representa o Estado Brasileiro.

O atual presidente está fazendo uma política de partido, tampouco é de governo muito menos de Estado. O problema é que o Senado aproa para onde os destaques no Orçamento Federal, na mão do presidente Lula, apontam.
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.E a moçada continua votando neles...impressionante..



Brasil fracassa em aspiração de ser potência mundial
PARA HISTORIADOR MEXICANO, GOVERNO LULA PRIVILEGIOU QUESTÕES ERRADAS E SE ESQUECEU DE VIZINHOS EM CONFLITO

SYLVIA COLOMBO
EDITORA DA ILUSTRADA
A crise política na qual Colômbia e Venezuela estão mergulhadas deve ser o principal tema do debate sobre democracia na América Latina, hoje em São Paulo, do qual participará o historiador mexicano Jorge Castañeda.

Em entrevista concedida à Folha por telefone na semana passada, Castañeda criticou Luiz Inácio Lula da Silva. Para o intelectual, o presidente brasileiro coleciona fracassos em sua política externa e deveria preocupar-se mais com os conflitos regionais, e não em tornar-se protagonista em casos distantes e polêmicos.
Leia, abaixo, trechos da entrevista .





 


Folha - Como o sr. vê a política externa de Lula, em especial no que diz respeito à América Latina?  



Jorge Castañeda - A inércia geográfica, econômica e demográfica da América do Sul levou o Brasil a ter um papel de maior liderança do que antes. Isso aconteceria com ou sem o governo Lula. O fato de Lula estar fazendo um governo bom internamente faz com que o peso natural do Brasil se exerça de maneira mais clara na região.


Porém, tudo o que Lula tentou fazer fora do âmbito interno só resultou em fracassos. Tratou de obter um lugar permanente no Conselho de Segurança da ONU, não o obteve. Tratou de priorizar a Rodada Doha e não conseguiu nada. Tratou de ser um ator central para que se lograsse um acordo em Copenhague e não só não o alcançou como o Brasil em parte foi responsável para que isso não acontecesse.

Tratou de se apresentar como protagonista num acordo nuclear com o Irã, mas sua mediação foi rechaçada pelo mundo inteiro, exceto pela Turquia e pelo próprio Irã.

Mas creio que mais importante é o fato de que Lula se absteve de mediar ou resolver conflitos que estão mais perto do Brasil. E há tantos. Os de Uruguai e Argentina, de Colômbia e Venezuela, de Peru e Chile, de Colômbia e Nicarágua, de Chile e Bolívia e o de Equador e Peru. Conflitos próximos abundam, e o Brasil não exerceu nenhuma liderança em nenhum desses casos.

Tampouco se apresentou para ajudar em problemas internos de outros países da América Latina. Salvo parcialmente no caso da Bolívia, e isso o fez para defender os interesses da Petrobras.

Suas aspirações de potência mundial fracassaram, e ele não mostrou interesse de atuar como legítima potência regional. Lula faz um governo muito bom internamente, mas coleciona fracassos e erros no âmbito externo.

Como o sr. viu a libertação dos presos cubanos e o papel da Espanha?
A libertação foi um triunfo de Guillermo Fariñas. E um triunfo póstumo de Orlando Zapata. [O chanceler espanhol Miguel Ángel] Moratinos apareceu sem ser convidado e tratou de obter benefícios políticos por algo que não fez.

O importante é que, pela primeira vez, a ditadura cubana enfrentou um cidadão cubano, em Cuba, e perdeu. Ganhou o cidadão. Isso é muito novo e muito significativo. O que não é novo é que Fidel e Raúl Castro usem presos políticos como fichas de negociação com outros países.

É lamentável que o governo socialista da Espanha tenha se prestado a essa manobra. Se Cuba quer deportar seus presos, que os deporte, haverá muitos países que os receberão de braços abertos, incluindo os que por lei estão obrigados a fazê-lo, como os EUA.

No México, depois de ter caído para terceira força política em 2006, o PRI (Partido da Revolução Institucional) vem se recuperando, apesar de ter sido contido nas últimas eleições pela aliança entre PRD (Partido da Revolução Democrática) e PAN (Partido da Ação Nacional). Qual é o panorama para as próximas eleições presidenciais, em 2012?

As coisas não serão fáceis para o PRI. Em primeiro lugar porque [Felipe] Calderón vai fazer tudo para eliminar o candidato líder do PRI, Enrique Peña Nieto. No México, como disse Fernando Henrique Cardoso sobre o Brasil, um presidente não pode colocar um presidente no poder, mas pode vetar um presidente. Creio que lutar contra Calderón vai ser muito difícil.

Em segundo, porque os rivais de Peña Nieto no próprio PRI também vão fazer o que podem para destruí-lo. E ele tem muitos flancos vulneráveis. E, em terceiro, o PRI não tem outro bom candidato. A eleição de 2012 vai ser muito competitiva.

Como o sr. vê a questão do crescimento do narcotráfico no México?
A violência está aumentando desde que Calderón começou essa guerra, em 2006. O número de execuções cresceu enormemente. A guerra trouxe mais violência. A violência no México estava diminuindo desde o começo dos anos 90 até que Calderón chegou. Sou contra a guerra contra o narcotráfico do modo como está sendo feita. Foi um erro, uma improvisação, algo decidido por motivos políticos, e que trouxe enorme perda ao país. Já temos 25 mil mortos, um desgaste internacional terrível, sem nenhum resultado.

Como o sr. vê a lei do Estado do Arizona que fecha o cerco aos imigrantes ilegais?
Provavelmente alguns outros Estados dos EUA farão leis semelhantes. Temos de esperar para ver o que dizem os tribunais americanos sobre a constitucionalidade dessa lei.

Muitos, como eu, já pensávamos, há dez anos, que se não houvesse acordo entre EUA e México sobre o tema da imigração, algum dia ia haver uma reação muito violenta nos EUA contra a imigração ilegal. Infelizmente, é o que está acontecendo.

É urgente que Calderón, os presidentes da América Central e do Caribe, de Equador, Peru e Colômbia pressionem Obama para que envie uma reforma imigratória geral ao Congresso.

O que o sr. achou de Hugo Chávez ter exumado os restos mortais de Simón Bolívar? Até que ponto é uma maneira de desviar a atenção pública dos problemas do país?
A questão política é só parte da explicação. Chávez crê muito em magia negra, bruxaria, candomblé etc. E a exumação de restos é uma típica prática dessas artes e crenças. Elas o levaram a exumar os restos do libertador para tomar energia. Creio que ele pensa de verdade que isso pode funcionar.

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