João Amoedo, Flávio Rocha e Geraldo Rufino foram empresários que, ao raiar das campanhas eleitorais de 2018 pregavam em palestras e mídias sociais que o país precisava ter como presidente um empresário, ou alguém com visão empresarial para solucionar os graves problemas.
Ocorre que omitiram os retumbantes fracassos de Vicente Fox, um dos maiores empresários e presidente do México e Maurício Macri como ex-presidente argentino derrotado em sua reeleição pela ex-presidente Kirshner que afundou, economica e socialmente, o país.
Quais foram os motivos que levaram dois expoentes empresariais a fracassarem na gestão federal (Fox e Macri tinham logrado êxito em administrações públicas anteriores em províncias em seus respectivos países). Quais foram, e são, os reais motivos que não seja permitida uma gestão empresarial eficiente da coisa pública quando imersa na consuetudinariamente comum idiossincrasia patrimolialista latina? O que nos difere dos europeus e norte-americanos?
São perguntas que carecem de interesse e franco envolvimento da sociedade eleitora brasileira, dos órgãos de imprensa e da academia, em geral.
O que mais preocupa no caso argentino é a velocidade da deterioração da estabilidade social e econômica além do profundo silêncio e anomia da Forças Armadas, historicamente rígidas e vigilantes contra o avanço do comunismo naquelas pradarias, bem como dos órgãos de imprensa, associações, corpo parlamentar nas três esferas (municipal, provinciano e federal) e, por fim, Membros do Judiciário e da Igreja, em geral.
Afinal, o que está havendo na Argentina?
Infelizmente parece que essa resposta não virá tão cedo posto que expressiva parcela do eleitorado brasileiro esclarecido cedeu às ações diversionárias da mídia e tem o seu foco de atenção, debates e discussões somente sobre um futuro candidato à vaga no STF.
O risco futuro de espraiamento e de contaminação de instabilidade social e econômica é real e se avizinha.
Afinal, com tanto acesso à informação, o que está acontecendo com o eleitorado nacional? Quando é que iremos amadurecer como sociedade brasileira?
Nesse sepulcral silêncio nada mais me resta do que a profunda e estridente perplexidade.
"Mudaria o Natal ou mudei eu?"
Ó Pasárgada, para que lado ficas?