terça-feira, 21 de abril de 2015

Dilma e suas Condições Objetivas de Liderar uma Nação


http://blog.kanitz.com.br

E de forma legalista decidiram que um Presidente só pode ser deposto se fizer algo contra a lei, não por incapacidade objetiva de governar. 

Numa empresa, ao contrário, uma assembleia extraordinária de acionistas já teria sido convocada e a Dilma demitida, por falta de condições objetivas de liderar a empresa, apesar de ela ter sido eleita pelo Conselho de Administração.  

Na democracia inglesa, também existe o recurso do Voto de Confiança, ou Voto de Desconfiança, onde a qualquer momento os representantes do povo podem destituir uma Dilma, por ela ter perdido a confiança de 80% dos brasileiros segundo pesquisas atuais, o que não é impeachment por alguma irregularidade. 

É uma simples constatação de perda de condições objetivas de liderar uma nação, e o perigo que esta situação pode causar. 

Vejamos as condições objetivas da Dilma de governar. 

Dilma, como alertei em 2011 http://blog.kanitz.com.br/mcgregor-ultrapassada/ usa a teoria administrativa ultrapassada chamada Teoria X, um estilo briguento de conseguir as coisas. Ninguém a obedece porque tem valores alinhados, e sim porque temem o gênio dela. 

Dilma já brigou com praticamente todo mundo, uma constante na sua vida por sinal. 

Brigou com seu marido, de quem se separou, e que poderia agora lhe dar suporte emocional e carinho, acalmar esta pilha de nervos que ela demonstra a cada discurso. 

Brigou com a mãe, a quem nunca mencionou em nenhum de seus discursos, que mostra outro problema pessoal.  

Brigou com seu meio irmão, que ela inclusive enganou quanto à divisão da herança do pai http://www.novinite.com/view_news.php?id=120755. 

Brigou com seu mentor Brizola, traindo o PDT, e se juntou ao PT que a odeia. 

Brigou com seu eleitor Lula, a quem disse “não lhe devo mais nada”, e que está agora tramando contra a sua “mal” criada. 

Brigou com seu Ministro Guido Mantega, que não fala mais com ela. 

Brigou com Henrique Meirelles, o mentor da política econômica de Lula, e que deveria ter sido o seu Ministro da Fazenda e a Dilma não quis saber, e deu no que deu. 

Brigou com a Marta Suplicy, que só fala mal da Dilma, de uma forma que só uma mulher sabe fazer. 

Brigou com a Globo, a emissora que sempre é chapa branca, pode? 

Brigou com o líder do Congresso, Eduardo Cunha, que quer um impeachment a todo custo. 

Brigou com seu vice, Michel Temer, e o Partido que a apoia. 

Brigou com alas inteiras de seu Partido dos “Trabalhadores”, achando que o Partido agora é dela. 

Dá para brigar com ainda mais pessoas do que isto? 

Como a personalidade da Dilma: 

Brigou com o Líder do Senado, Renan Calheiros. 

Brigou com as empresas do Setor Elétrico. 

Brigou com as empresas do Setor de Educação. 

Brigou com o setor de Álcool, hoje quebrado. 

Brigou com o setor Agrícola. 

Brigou com os caminhoneiros de todo o Brasil. 

Brigou com o Ministério Público, justo quem. 

Brigou com todo o sistema capitalista, que seu Marxismo século XIX odeia. 

Brigou com a classe média, que agora externa sua insatisfação sempre que há oportunidade. 

Dilma tem um sério problema pessoal, não resolvido pelo jeito, que lhe tirou as condições objetivas de ser a Presidenta do Brasil. 

Sua única alternativa é brigar consigo mesmo, ou seja, renunciando. 

Mas como ela acha que seria uma derrota do feminismo, eu temo que ela vá até o fim. Autocrítica ela não tem. Que economista tem por sinal, eles sempre estão certos, nunca erram. 

Faltou-lhe bom senso, carisma, honestidade, humildade, vamos ser sinceros, faltou-lhe capacidade de liderança, que ela nunca teve. 

Em nome de seu pai, em nome do país que abriu as portas para um refugiado búlgaro, em nome de um povo fraterno e solidário que permitiu a seu pai e a você vida nova, não destrua ainda mais o país que recebeu a sua família de refugiados. 

Você já se revelou uma persona non grata com a classe dominante que permitiu a Família Rusev paz e tranquilidade, ao pegar em armas, assaltar bancos e joalheiros brasileiros, querendo derrubar aqueles que deram à sua família guarida. 

Caso V.Exma. decida pedir desculpas a todos que a elegeram, no seu discurso cite pela primeira vez a sua mãe, o seu pai, o seu irmão, e agradeça os quatrocentões brasileiros e a elite dominante que abriu as portas para emigrantes como a sua família. 

Não destrua com suas constantes brigas o país que lhe acolheu. 

Perceba que você perdeu sua capacidade de liderança, e mais, que você nunca deveria ter aceitado aquele convite do Lula, você colocou a sua ambição acima da sua capacidade de cumprir o prometido. 

Pense, se isto é possível.
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O BRASIL AINDA É O BRASIL?



por Percival Puggina. Artigo publicado em 15.12.2014



Por que as instituições nada fazem contra a matriz de corrupção instalada no coração do poder? Mistério. Por que Bolsonaro suscita maior comoção e interesse entre os formadores de opinião do que as denúncias da geóloga Venina Velosa da Fonseca? Mistério. Por que o relatório de uma Comissão Nacional da Verdade que sepulta verdades e ressuscita mentiras ganha espaço como se credibilidade tivesse, malgrado afronte a própria lei que a criou? Mistério. Por que, para tantas pessoas, o mal está na mera existência da revista Veja e não nos crimes que ela denuncia? Mistério. Por que é tão solenemente ignorada a existência do Foro de São Paulo, como bem sinaliza Olavo de Carvalho? Mistério. Por que não causou estranheza em parte alguma que a pessoa escolhida para ocupar a função de tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, seja, justamente, o ex-dirigente de uma cooperativa habitacional que lesou centenas de associados? Não está ele sendo processado por estelionato, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica? Comanda as finanças do PT e só a Veja acha estranho? Mistério. Por que o partido que governa a República perdeu todo interesse em desvendar os enigmas em torno da morte de Celso Daniel? Mistério, mistério, mistério. Para onde quer que se olhe, lá está a densa bruma de onde quase se espera o surgimento de dragões, unicórnios e manticoras.

Pois eis que, de repente, fica-se sabendo que a presidente da República foi a Quito participar de uma reunião da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) e que nessa reunião foram tomadas diversas decisões envolvendo supostos interesses comuns aos países do bloco. E com que parcerias! Pois bem, as relações internacionais do Brasil, de uns tempos para cá, seguem estratégias incomuns e nos têm custado muito caro. Não seria preciso mais do que isso para despertar o interesse da mídia nacional. Mas não despertou. Por quê? Mistério. E não me consta que alguém tenha gasto meia hora, seja na mídia, seja no Congresso Nacional, para investigar o que significará, na vida prática, algo tão enigmático (mormente entre nações sob tais governos) quanto a Unidade Técnica de Coordenação Eleitoral que passará a funcionar na Unasul. Por quê? Mistério.

Tampouco suscitou interesse a decisão de criar uma Escola Sul-Americana de Defesa, que até sigla já tem: Esude. E para que servirá a Esude? Para constituir "un centro de altos estudios del Consejo de Defensa Suramericano de articulación de las iniciativas nacionales de los Estados Miembros, formación y capacitación de civiles y militares en materia de defensa y seguridad regional del nivel político-estratégico". Será que só eu fiquei preocupado com isso? Será que só eu fui buscar informações e me deparei com este vídeo? Terei sido o único a descobrir que, conforme ali se explica, a tal Esude tem por objetivo formar civis e militares afastados das "lições caducas com que se formavam nossos militares", as quais seriam "quase cópias dos manuais gringos, norte-americanos"? O que dizem sobre tudo isso nossos comandantes militares? Mistério.

Definitivamente, de duas uma: ou estou ficando incapaz de compreender o Brasil, suas instituições e seu povo, ou o Brasil está se tornando outra coisa qualquer.

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* Percival Puggina (69), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar+.
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Dilma sanciona Orçamento 2015; fundo partidário é triplicado sem vetos


Dilma sanciona Orçamento 2015; fundo partidário é triplicado sem vetos

http://www.valor.com.br/politica/4015114/dilma-sanciona-orcamento-2015-fundo-partidario-e-triplicado-sem-vetos

Gostaria de salientar, com esta notícia, o que sempre venho lhes falando: A forma como a imprensa brasileira instiga o cidadão ao invés de esclarecê-lo.

A rigor, um pouco mais de 800 milhões de reais para mais de 32 partidos a ser dividido entre políticos das três esferas nas 5 565 cidades convenhamos que é uma merreca, ainda mais que muitos usam para ajudar os prefeitos a diminuírem alguns déficts no fim do exercício, o que está também nas entrelinhas não evidenciado.

O que seria de mais importante para uma mídia séria e ética de uma sociedade madura e politicamente atuante...

Um pouco só de suspensa para ajudar a ver que não somos nem um nem outro e por isso merecemos o que atualmente passamos.

Bem, pois bem: O importante seria ressaltar o fato da publicação acontecer quase no fim do quadrimestre, o que é uma vergonha, um deletério, pois orçamento se executa A PARTIR DO PRIMEIRO DIA ÚTIL, que ficou láááá´ atrás dia 02 de janeiro.

Segundo, muito discretamente a reportagem fala de prefeitos com pires nas mãos falando com a presidente implorando o que nós já temos direito, pois ela fica com o que nós pagamos e os prefeitos arrecadam. Não poderiam enviar para ela para voltar, de forma de conta-gotas pelos fundos de participação de Estados e Municípios. A mídia deveria esclarecer a sociedade acerca desta estupidez, deste deletério.

Terceiro, nossa carga tributária nominal é de 38%, não é a real, é a autorizada pelo Congresso com uma gorda e elanorme base aliada TAMBÉM eleita pelo distraído e irresponsável eleitor. Ou seja, no último mês do quadrimestre, a presidente iniciará a execução orçamentária, com uma carga tributária que nos faz trabalhar CINCO meses para pagá-la e a mídia em ação diversionária, contribuindo para a instigação e aumento do sentimento de revolta social.

É o país certo que calça certo no nível de maturidade e de responsabilidade de seu eleitor.

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