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E de forma legalista decidiram que um Presidente só pode ser deposto se fizer algo contra a lei, não por incapacidade objetiva de governar.
Numa empresa, ao contrário, uma assembleia extraordinária de acionistas já teria sido convocada e a Dilma demitida, por falta de condições objetivas de liderar a empresa, apesar de ela ter sido eleita pelo Conselho de Administração.
Na democracia inglesa, também existe o recurso do Voto de Confiança, ou Voto de Desconfiança, onde a qualquer momento os representantes do povo podem destituir uma Dilma, por ela ter perdido a confiança de 80% dos brasileiros segundo pesquisas atuais, o que não é impeachment por alguma irregularidade.
É uma simples constatação de perda de condições objetivas de liderar uma nação, e o perigo que esta situação pode causar.
Vejamos as condições objetivas da Dilma de governar.
Dilma, como alertei em 2011 http://blog.kanitz.com.br/mcgregor-ultrapassada/ usa a teoria administrativa ultrapassada chamada Teoria X, um estilo briguento de conseguir as coisas. Ninguém a obedece porque tem valores alinhados, e sim porque temem o gênio dela.
Dilma já brigou com praticamente todo mundo, uma constante na sua vida por sinal.
Brigou com seu marido, de quem se separou, e que poderia agora lhe dar suporte emocional e carinho, acalmar esta pilha de nervos que ela demonstra a cada discurso.
Brigou com a mãe, a quem nunca mencionou em nenhum de seus discursos, que mostra outro problema pessoal.
Brigou com seu meio irmão, que ela inclusive enganou quanto à divisão da herança do pai http://www.novinite.com/view_news.php?id=120755.
Brigou com seu mentor Brizola, traindo o PDT, e se juntou ao PT que a odeia.
Brigou com seu eleitor Lula, a quem disse “não lhe devo mais nada”, e que está agora tramando contra a sua “mal” criada.
Brigou com seu Ministro Guido Mantega, que não fala mais com ela.
Brigou com Henrique Meirelles, o mentor da política econômica de Lula, e que deveria ter sido o seu Ministro da Fazenda e a Dilma não quis saber, e deu no que deu.
Brigou com a Marta Suplicy, que só fala mal da Dilma, de uma forma que só uma mulher sabe fazer.
Brigou com a Globo, a emissora que sempre é chapa branca, pode?
Brigou com o líder do Congresso, Eduardo Cunha, que quer um impeachment a todo custo.
Brigou com seu vice, Michel Temer, e o Partido que a apoia.
Brigou com alas inteiras de seu Partido dos “Trabalhadores”, achando que o Partido agora é dela.
Dá para brigar com ainda mais pessoas do que isto?
Como a personalidade da Dilma:
Brigou com o Líder do Senado, Renan Calheiros.
Brigou com as empresas do Setor Elétrico.
Brigou com as empresas do Setor de Educação.
Brigou com o setor de Álcool, hoje quebrado.
Brigou com o setor Agrícola.
Brigou com os caminhoneiros de todo o Brasil.
Brigou com o Ministério Público, justo quem.
Brigou com todo o sistema capitalista, que seu Marxismo século XIX odeia.
Brigou com a classe média, que agora externa sua insatisfação sempre que há oportunidade.
Dilma tem um sério problema pessoal, não resolvido pelo jeito, que lhe tirou as condições objetivas de ser a Presidenta do Brasil.
Sua única alternativa é brigar consigo mesmo, ou seja, renunciando.
Mas como ela acha que seria uma derrota do feminismo, eu temo que ela vá até o fim. Autocrítica ela não tem. Que economista tem por sinal, eles sempre estão certos, nunca erram.
Faltou-lhe bom senso, carisma, honestidade, humildade, vamos ser sinceros, faltou-lhe capacidade de liderança, que ela nunca teve.
Em nome de seu pai, em nome do país que abriu as portas para um refugiado búlgaro, em nome de um povo fraterno e solidário que permitiu a seu pai e a você vida nova, não destrua ainda mais o país que recebeu a sua família de refugiados.
Você já se revelou uma persona non grata com a classe dominante que permitiu a Família Rusev paz e tranquilidade, ao pegar em armas, assaltar bancos e joalheiros brasileiros, querendo derrubar aqueles que deram à sua família guarida.
Caso V.Exma. decida pedir desculpas a todos que a elegeram, no seu discurso cite pela primeira vez a sua mãe, o seu pai, o seu irmão, e agradeça os quatrocentões brasileiros e a elite dominante que abriu as portas para emigrantes como a sua família.
Não destrua com suas constantes brigas o país que lhe acolheu.
Perceba que você perdeu sua capacidade de liderança, e mais, que você nunca deveria ter aceitado aquele convite do Lula, você colocou a sua ambição acima da sua capacidade de cumprir o prometido.
Pense, se isto é possível.
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