Como os primeiros passos da implantação da doutrina gramscista da esquerda foi o de se capilarizar no Ensino e na Cultura, isso há mais de trinta anos, hoje não só há o analfabetismo funcional e o apagão de mão de obra especializada, espraiados país a fora, como também há um constante reforçamento dessa desgraça entre professores aderentes ao maior sindicato da América Latina.
As presentes e futuras gerações de pais e mães e de trabalhadores estão irrefragavelmente contaminadas e condenadas.
Professores não querem trabalhar. E os alunos, como ficam?
Por J.R. Guzzo
Sindicatos de professores defendem que escolas públicas permanecem fechadas, mesmo após quase 200 dias sem aulas por causa da
O Brasil é possivelmente o único país em todo o planeta Terra onde os defensores mais intransigentes da ideia de manter as escolas fechadas são os professores da rede pública de ensino. Por mais quanto tempo ainda? Por tempo indeterminado, até que os seus sindicatos autorizem os governos estaduais ou municipais a reabrirem as salas de aula. Mesmo para o padrão mental da esquerda brasileira e de seus atuais servidores na máquina do Estado, gente historicamente capaz de fazer qualquer coisa, é um exagero. Teria de estar acontecendo justamente o contrário.
Os números da epidemia caminham para dois meses seguidos de queda — o que, pela lógica mais elementar, e pelo exemplo dado por países que estão uns 100 anos à frente do Brasil em termos de educação, deveria fazer governos e professores se dedicarem ao máximo a reabrir as escolas. Mas, acredite se quiser, os especialistas que decidem o que é bom e o que é ruim para o ensino nacional dizem que manter tudo fechado serve não apenas para “salvar vidas”: é uma exigência “social”.
Se eles não permitem que se abram as escolas públicas — basicamente, porque não querem mais dar aula —, as escolas particulares, então, poderiam reabrir as portas, não é mesmo? Nem pensar. Se os alunos ricos ou de classe média da rede privada (cujos pais, por sinal, estão pagando as mensalidades desde março, sem receberem em troca o serviço contratado) voltarem a ter aulas, as “diferenças” entre eles e os alunos pobres da rede pública vão aumentar ainda mais. Isso é injustiça. É aumento de desigualdade. É coisa da elite branca. Não pode. Tudo pelo social.
Ou seja: enquanto as escolas públicas estiverem fechadas, ninguém tem o direito de funcionar. O que vale “para os pobres”, dizem eles, tem de valer também “para os ricos”. Não querem, nem mesmo, que escolas privadas tenham horários com atividades de recreação, ao ar livre e obedecendo a todas as exigências dos médicos que militam no "Partido do Fique em Casa Pelo Resto da Vida".
Por que esses meninos riquinhos teriam direito a se distrair um pouco se os meninos pobres estão obrigados a ficar nas suas casas da periferia, sem conforto, sem espaço e sem ter o que fazer? Não senhor. Se sofrem uns, têm de sofrer todos. Nunca ocorre aos professores públicos, é claro, que os meninos pobres estão sofrendo unicamente porque eles mesmos, os professores, decidiram impor esse sofrimento com a sua guerra para manter a rede pública trancada.
É sabido, há décadas, que há uma diferença estúpida entre a qualidade do ensino particular e a do ensino público — e que essa, justamente, é a principal causa das desigualdades na sociedade brasileira. Mas a esquerda educacional nunca pensou, nem por um minuto, em fazer algum esforço de verdade para melhorar a escola pública; sua solução para o problema, como se vê agora, é reprimir a escola particular. Mais: sua exigência de quarentena sem fim para as salas de aula está sendo um dos ataques mais agressivos que já se fez a favor da concentração de renda e do aumento da diferença de classes no Brasil.
O fechamento das escolas virou, nos dias de hoje, umas das principais bandeiras do “campo progressista”, como a esquerda — com o aval da mídia — chama a si própria. Não acham que 50 milhões de alunos sem aula seja uma tragédia; trata-se, para o “progressismo”, de uma meta a atingir ou a preservar. Talvez até estejam, como Dilma Rousseff, querendo “dobrar a meta”.
As escolas já estão fechadas há mais de 200 dias no Brasil – mais do que em qualquer país de primeiro mundo. A nova meta, imagina-se, é chegar aos 400.
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