terça-feira, 17 de setembro de 2013

Passárgada, onde te encontras?


Várias postagens virtuais falando da saudade dos tempos nos quais cantávamos hinos nas escolas públicas antes das aulas, perfilados no pátio em frente à Bandeira Nacional ladeados por professoras com mãos sobre o coração sucitam um saudosismo questionável sobre os tempos que tive o previlégio de participar e curtir.

Fiquei com essa imagem ao longo da manhã ao enfrentar o trânsito para levar minhas filhas à escola, tendo que dar lugar a motoqueiros irresponsáveis e nem um pouco propensos a obedecer regras de trânsito tampouco pensar na segurança dele ou dos demais. Presencio pessoas, depreocupadamente, jogando lixo nas ruas e carros avançando sinais vermelhos para entupir os cruzamentos, sinais de um contumaz e inexorável egoísmo.

No supermercado, na lanchonete e em outros lugares públicos deparei-me com banheiros com urina nas tampas dos vasos e falta de papel toalha e outros itens não recarregado por funcionários com empregos regulares e carteira assinada mas sem nenhuma preocupação com a qualidade do trabalho (certamente os coachs dessas inúmeras empresas apressar-se-ão em atribuir tal falha ao líder insensível que não consegue estimular o "colaborador" a fazer, bem-feito, o trabalho pelo qual é remunerado).

Aproveito para fazer um link conceitual acerca da atual esperança de pequena, ressalte-se, pequena parcela da cidadania achando que se mudar a presidente o Brasil será outro. Será mesmo?

O que falta em nós é decência, é ética, é senso de cidadania, é a preocupação com o coletivo.
No raiar da abertura, no governo Sarney, a mídia, as músicas e os intelectuais comemoravem o fim dos grilhões da ditadura que abrira um novo horizonte para a oprimida socieadade brasileira. Como se menos de quarenta mil militares conseguissem impor comportamento e atos em mais de cento e vinte milhões de brasileiros. Enfim, esta é a imagem que a esquerda quer fixar na mente da sociedade de pouca leitura a baixo senso crítico.

Penso estarmos longe da maturidade social e cidadã. Ao brasileiro foram-lhe dados meios financeiros e sociais para melhorar de vida e o resultado é o que vemos ao nosso redor.

Hoje é inviável cantar-se o hino, mesmo porque acredito que o funk, o rap e toda ordem de música de baixa qualidade deve ocupar espaços e ouvidos nas salas de aula em smartphones ou em carros estacionados nas cercanias.

Que tipo de país e socieadade teremos em breve futuro? 
Não sonho em Passárgada por ser amigo do rei, busco-a na esperança de reencontrar a sociedade de minha meninice, nas ruas sem asfalto de Mesquita, onde todos nos falávamos, ouvíamos os mais velhos, nos ajudávamos e éramos muito felizes.
O que está havendo com este país? Onde esta sociedade espera chegar?
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