sexta-feira, 30 de agosto de 2013
O nível de desenvolvimento de cada nação
quinta-feira, 29 de agosto de 2013
Cubanos presos, aqui e lá
Recordar é viver: apagões
Economia mundial é atingida em ataque a Síria
Médicos cubanos
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
Diógenes e a lanterna entre a morenidade de Pindorama.
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
Se é assim, governo pra quê?
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
Entendendo a queda de preço das commodities
Mais tempo na escola sempre traz melhorias?
terça-feira, 13 de agosto de 2013
Populismo improdutivo
Raul Velloso |
O Globo |
O Brasil vem operando de acordo com um modelo de forte expansão do consumo, cujos contornos já expliquei neste espaço. No início, a taxa de crescimento potencial da economia brasileira atingiu a quase 4,5% ao ano, acompanhando a expressiva elevação dos investimentos. De 2009 para cá, contudo, o volume de investimentos, que subira de 14% para 18% do PIB, parou de aumentar. Consequentemente, o crescimento sustentável voltou a cair para uma faixa entre 2 e 3% ao ano. Passada a crise do subprime , certo amortecimento da força do modelo de expansão do consumo era esperado, resultado de um freio natural na forte expansão do crédito ao consumidor, em resposta ao aumento das taxas de inadimplência. Outro ajuste viria da desaceleração do crescimento chinês, também previsível, que poria alguma trava no forte aumento dos preços externos de commodities e nos benefícios que isso agregava ao Brasil. Mas nunca se deveria esperar que, tudo o mais constante, a relação investimento/PIB parasse de subir no Brasil, acarretando queda do PIB sustentável, inclusive em comparação com os demais emergentes. Temo, assim, que boa parte da explicação do pífio desempenho da economia de 2009 para cá esteja na excessiva interferência do governo, algo que se acentuou após a crise, e que poderia perfeitamente ser evitado. Crise que, aliás, foi usada como bode expiatório para justificar o forte incremento nos gastos da União e dos empréstimos do BNDES financiados com a emissão de títulos públicos. Passado o pior, o governo resiste em retirar os instrumentos de exceção. Nesse contexto, uma ampla lista de ingerências governamentais, com nítido cunho populista, contribuiu para a redução das intenções de investimento. Tal comportamento pautou não apenas parte das empresas localizadas no País, como investidores em potencial, internos ou externos. Um deles foi o congelamento dos preços dos derivados de petróleo, que levou à forte expansão de seu uso, aumento das importações e queda no consumo de etanol, prejudicando a Petrobras e o setor alcooleiro. Outro foi a redução das tarifas de energia elétrica na confusa operação em que as empresas em final de prazo de concessão foram estimuladas a aderir ao plano do governo, em troca de mais uma renovação. Outro item, ainda na área de controle de preços, foi o adiamento do reajuste das passagens de ônibus urbanos que o governo pediu às principais prefeituras no início do ano, tudo isso implicando a necessidade de uma inflação corretiva entre 2 e 3% ao ano, que, como na Argentina, não aparece nas estatísticas oficiais e aguarda diluição. Finalmente, diante das manifestações de junho, o governo federal e o de São Paulo preparam-se para adiar o reajuste de pedágios previsto para estes dias, o que pode levar a um represamento ainda maior de inflação. As atuais concessionárias estão, obviamente, com as barbas de molho, esperando algo pior à frente e revendo planos de investimento. Também bateu de frente com a avaliação de risco do País a criação de novos controles à entrada de capitais externos, que ocorreu no ano passado, com vistas a forçar uma depreciação do real acima da inflação, algo que acabou acontecendo, e aumentar a competitividade da indústria de transformação. Isso acabou antecipando, de certa forma, um movimento de desvalorização da moeda que acabaria acontecendo de forma natural este ano, diante do anunciado aperto que deverá ocorrer na política monetária americana, mas não parece ter sido capaz de despertar o espírito animal dos empreendedores na indústria. A piora da percepção de risco - e o resultante desestímulo aos investimentos - veio também da sensação de que o governo havia abandonado a tríade superávit primário alto/meta de inflação/câmbio flutuante, herdada de FHC. A queda dos superávits resultou em parte do maior aumento dos gastos, mas principalmente da queda inicial de arrecadação, posteriormente acentuada pela desoneração tributária concedida a segmentos escolhidos arbitrariamente. Em vez de explicar que pelo menos parte disso poderia se justificar pela necessidade de responder à crise, o governo manteve a meta de superávit ambiciosa de antes, e introduziu vários artifícios contábeis para esconder a piora fiscal. Quanto à inflação, parece que o centro do intervalo de metas aumentou informalmente para 5,5% ao ano, e só mais recentemente o Banco Central se mostrou efetivamente empenhado em demonstrar que perseguiria a antiga meta oficial. Nada se disse porém em relação ao "passivo" representado pelos reajustes tarifários não concedidos nas épocas previstas. Não se pode esquecer a novela das concessões privadas de infraestrutura. O governo sabe que não tem recursos para investir em transportes, se empenhou no lançamento de um parrudo programa de concessões, mas insiste em impor retornos inaceitáveis e outras práticas afugentadoras dos candidatos sérios. Assim não dá. |
O futuro ficou mais longe
O futuro ficou mais longe
Luis Eduardo Assis |
O Estado de S. Paulo |
Em plena gestação do Estado Novo, em 1937, Getúlio Vargas encontrava tempo para partidas de dominó, como revelam seus diários publicados em 1995. Naquele Brasil rural de 30 milhões de habitantes tudo parecia mais simples. Muitos anos depois, o delicioso diário da presidente Dilma da revista Piauí não registra, mas o que ela tem pela frente é um cabuloso jogo de xadrez. Há poucas peças no tabuleiro, o tempo corre rápido e uma jogada errada pode ser fatal. Podemos assumir, pragmaticamente, que a política econômica de 2013 e 2014 estará subordinada aos interesses eleitorais do governo. A prevalência do que é imediato, no entanto, não pode ser levada ao paroxismo de inviabilizar a gestão de um eventual segundo mandato. A ninguém pode interessar ser o herdeiro de um legado caótico, menos ainda se ele for o seu próprio. Há três influências não convergentes que pressionam a orientação da política econômica hoje. O ideário do mercado financeiro é uma delas. Aqui tudo ocorre em condições assépticas de laboratório. Os economistas que dão conselhos sentados do outro lado do mundo gostam de dizer que nosso crescimento no longo prazo dependerá de um choque de produtividade (que inclui investimentos em infraestrutura e educação), da promoção da concorrência (que exige abertura da economia), do corte de gastos públicos (que pressupõe a revisão de direitos adquiridos) e da redução consistente da inflação (que depende disso tudo). O problema é que o mundo é mais complexo. Não porque as conveniências políticas conspurquem as equações econômicas, mas porque são raros os governantes que pensam adiante do seu tempo. Uma outra demanda vem das manifestações de rua. A pauta é difusa e não há por que esperar compromisso com a viabilidade do que se almeja, mas o fato é que não é possível dar uma guinada na alocação dos gastos públicos. Cobram-se, por exemplo, melhorias no sistema educacional. É justo. A divulgação recente do índice de Desenvolvimento Humano (IDH) foi comemorada com fogos de artifício, mas ainda estamos em 85º lugar, atrás do Peru (77°), do México (61°) e muito atrás da Argentina (45º). Nosso pior indicador é a escolaridade da população, medido pelo número de anos de estudo. Estamos estagnados desde 2010 em 7,2 anos, atrás - atenção agora - do Paraguai (7,7 anos). Pois, mudar esse quadro não é fácil, por mais que seja desejável. Pode-se fugir do problema atribui rido ao governo falta de a vontade política", mas as limitações são objetivas. E frequente a avaliação de que a péssima qualidade dos serviços públicos é fruto apenas do desperdício, do descaso e da corrupção. É isso também, mas é mais do que isso. Também, falta dinheiro. Não pagamos impostos da Noruega para ter serviços de Botswana (onde, a propósito, a população tem s o anos de estudo). Para uma renda per capita de US$ 55,9 mil e uma carga tributária de 57%, cada norueguês nega, em impostos, US$ 31,8 mil por ano, mais de sete vezes mais do que paga um brasileiro. Por fim, para complicar, o governo se deixou encurralar desastradamente pela sua própria base de apoio parlamentar, que hoje desempenha com louvor o papel que a oposição recusou. A agenda, aqui, é oportunista. Vale apenas o artifício da troca mesquinha de favores, dos interesses mercadejados, da chantagem vil e do miúdo jogo eleitoral, terreno onde, certamente, não vice ia uma reflexão sobre o futuro do País. É dura vida da presidente Dilma, não só por culpa dela. No tabuleiro. Nada de bom e importante vai acontecer na política econômica até 2015. Não há espaço para mudanças. Fazer reformas estruturais a essa altura é inviável. Resta a alternativa de mexer poucas peças no tabuleiro. É imprescindível, em primeiro lugar, sobriedade. A Atual gestão da economia se destaca pela manipulação estabanada dos malabares. Muitas vezes, medidas equivocadas geram a necessidade de correção por meio de novas meninas equivocadas, provocando uma ciranda de desacertos. Convém comedimento nesta fase final. Fazer menos e errar menos. Favorecia, também, uma mudança na própria equipe econômica. Não porque novos nomes possam fazer muito mais, mas porque uma troca teria o condão de paralisar o relógio momentaneamente o que sempre é bom para quem luta contra o tempo. A credibilidade também ganharia pontos se o governo se dispusesse a fazer oferendas simbólicas, como formalizar a desistência de concorrer ao Prêmio Nobel de Contabilidade Criativa, ou, melhor ainda, apoiasse o projeto de lei do senador Francisco Dornelles que regulamenta a autonomia do Banco Central Nada de existencialmente revolucionário, mas um afogo que pode ter sua utilidade. Na mesma linha, medidas pontuais de apreço à frugalidade no trato do dinheiro público podem, ajudar. A maior oportunidade, no entanto, está no cronograma das concessões. Esse é o lance em que o governo não poderá falhar. Para isso, deverá aceitar a platitude de que o interesse da iniciativa privada é maximizar lucros, aqui e no mundo. O sucesso das concessões não será garantia de recuperação da economia, já que os investimentos públicos representam parcela diminuta da formação bruta de capital. Mas seu fracasso apertará ainda mais o torniquete que sufoca o nosso crescimento. O resumo da ópera é simples. Na ausência de novos erros na condução da política econômica, teremos dois anos de crescimento medíocre, inflação relativamente alta, aumento da dívida pública bruta e nenhum avanço na solução de problemas estruturais, A pauta estará subordinada aos interesses de curto prazo, que tecem uni emaranhado de artifícios que trazem saudades da simplicidade de uni jogo de dominó. O futuro? Ora, o futuro fica para depois. Economista, foi diretor de política monetária do Banco Central e professor da PUC-SP e FGV-SP |
Para não perder o 'bonde da História'
O Globo |
A ideia de "Brasil, país do futuro", título do livro de Stefan Zweig, virou uma espécie de bordão, com o passar do tempo citado de forma irônica diante das dificuldades de se chegar a este futuro. Pelas dimensões e características da colônia - muita matéria-prima, ouro -, a economia do Brasil não demorou a ultrapassar a da metrópole, Portugal. Proclamada a República, o salto para o Primeiro Mundo continuou a ser abortado, o futuro sendo empurrado para a frente, principalmente pela impossibilidade de se estabelecer um pacto político imune ao populismo e a tentações autoritárias. As tentativas de se alcançar esta mudança de patamar costumam esbarrar em inflação e/ou estrangulamento das contas externas. O país faz mais um esforço de decolagem, iniciado em meados da década de 90, com a estabilização da economia promovida pelo Plano Real, sob governos tucanos. Encontramo-nos no ciclo petista, cuja marca são os avanços sociais, e o grande desafio é não repetir o drama de sempre: inflação e estrangulamento do balanço de pagamentos. As chances de dar certo talvez sejam hoje as melhores da História. Bem ou mal, o Brasil virou um país de renda média - ainda com enormes desigualdades, é verdade -, conta com mais de US$ 300 bilhões de reservas, e a sociedade não aceita mais leniência com a inflação. As condições para o salto são boas, mas, do ponto de vista demográfico, elas não se repetirão. Será nos próximos 10 a 15 anos ou nunca. É que o Brasil conta, e assim será até próximo de 2025, com uma população de jovens, de 15 a 24 anos, em crescimento constante. A partir de meados da próxima década, ela tenderá a se reduzir. Começará, então, a se fechar a porta do chamado "bônus demográfico", o fato de a população de 15 a 64 anos ser maior que a de dependentes, idosos e crianças. Este período precisa ser aproveitado para a geração da renda que deverá financiar os imprescindíveis investimentos na estrutura econômica e no capital humano. Segundo o demógrafo José Eustáquio Alves, da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (Ence), ouvido pelo GLOBO, esta mutação ocorre no Brasil desde o fim da década de 70. Estamos, portanto, atrasados no resgate deste bônus. Eis por que é crucial melhorar a qualidade dos investimentos - e gastar mais, em alguns casos - em educação, infraestrutura, e saúde. Se os jovens não estiverem minimamente preparados para entrar no mercado de trabalho, não será gerado o excedente de renda para permitir a mudança de status do Brasil. Há muito o que fazer, não apenas no ensino básico, no qual o ciclo médio é um problema especialmente grave, mas também nos cursos técnicos, para formar uma mão de obra de que o país também é bastante carente. Vai depender do ajuste de foco nos gastos públicos - muito concentrado no custeio da máquina pública, aposentadorias e programas sociais em geral - se o tal futuro chegará de fato para o Brasil. Ou se será perdido o último "bonde da História". |
Brasil e União Europeia
Brasil e União Europeia
O Estado de S. Paulo |
Empacadas há quase dez anos, as negociações de um acordo de livre-comércio entre Mercosul e União Europeia devem ser retomadas em breve, mas dificilmente chegarão a bom resultado, por falta de entendimento entre os parceiros sul-americanos, A notícia mais otimista sobre o assunto, divulgada neste domingo no site do jornal britânico Financial Times, foi desmentida pelo Itamaraty. Segundo a reportagem, o governo brasileiro planejaria negociar um acordo separado com o bloco europeu, mas com autorização dos sócios do Mercosul. Um esquema discutido entre Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela permitiria a realização de acertos com velocidades diferentes. O ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota, teria fornecido a informação. Mas, de acordo com a assessoria de imprensa do Ministério, houve um erro de interpretação. Não haverá iniciativas separadas, de acordo com a fonte ministerial, até porque uma união aduaneira, como o Mercosul, tem de operar com tarifas comuns. O desmentido é compreensível, mas a ideia de um acordo com cronogramas diferentes de implementação já circulou no Brasil e é admitida reservadamente por diplomatas. As condições da negociação ficarão mais claras quando for divulgada a proposta em estudo pelo governo brasileiro. De toda forma, a reportagem, mesmo com imprecisão, toca indiretamente num problema fundamental da diplomacia econômica brasileira. Lançada em 1999 e interrompida em 2004, a negociação do Acordo de Associação Birregional entre União Europeia e Mercosul foi prejudicada por obstáculos criados pelos dois lados, mas principalmente por desacordos entre brasileiros e argentinos. Em 2010 discutiu-se o relança mento das conversações e houve encontros nos dois anos seguintes. Mas só com muito otimismo se pode esperar um bom resultado em prazo razoável. O projeto é mais velho que a Rodada Doha, iniciada em 2001, envolve muito menos parceiros, o desequilíbrio entre as partes é menor e a conclusão deveria ter sido mais simples. Os negociadores brasileiros sempre se mostraram mais dispostos a fazer concessões à União Europeia. A troca de benefícios, como deveria saber até o conselheiro Acácio, é da essência de toda negociação, mas nem todos os participantes parecem acreditar nisso. O governo da Argentina insistiu na linha protecionista adotada durante toda a gestão dos Kirchners, Néstor e depois Cristina. A política de barreiras tem sido aplicada também no comércio entre os sócios do Mercosul, principalmente contra o Brasil. Essa vem sendo, há anos, uma das causas principais da paralisia do bloco e de seu fracasso como esquema de integração regional e de inserção no sistema global de comércio. Essa estranha situação se tem prolongado graças à tolerância do governo brasileiro. É uma das manifestações de uma diplomacia baseada, a partir de 2003, numa concepção geopolítica tão ingênua quanto anacrônica. Uma das ilusões criadas por essa concepção foi a crença em uma liderança regional jamais confirmada pelos fatos, mas muito custosa para o País. De vez em quando, a administração da presidente Dilma Rousseff da a impressão de buscar um rumo diferente. Nos últimos tempos, a diplomacia brasileira tem exibido renovado interesse pela aproximação com os mercados do mundo desenvolvido. Mas esse interesse dará em nada, se a diplomacia comercial continuar na dependência de um Mercosul esclerosado. A maneira mais segura de reanimar o bloco seria abandonar as amarras de uma união aduaneira fracassada e voltar à condição mais simples de área de livre-comércio. Assim, cada sócio poderia mais facilmente cuidar de seus objetivos. Haveria problemas. Seria preciso rever as bases da negociação com a União Europeia, até agora uma conversação entre blocos. Mas a mudança seria compensadora para o Brasil e, provavelmente, para o Uruguai e o Paraguai. A Argentina também seria beneficiada, se o choque de realidade estimulasse pelo menos o respeito ao livre-comércio com seus vizinhos. |
A silêncio das ruas e o silêncio do campo
A silêncio das ruas e o silêncio do campo
Antonio Alvarenga |
O Globo |
A inflação, a desorientada política econômica, as inúmeras denúncias de corrupção, a falta de transparência e a sensação de impunidade são algumas das causas da revolta incontida que veio à tona recentemente, de forma inesperada e dramática. A verdade é que a população está desencantada com os governos, com os partidos e, principalmente, com as práticas políticas vigentes. Aparentemente, os governantes e os políticos compreenderam o recado das ruas. Apreensivos, e de forma desordenada, procuram saídas. No entanto, a ausência da participação de grupos políticos ou de organizações estruturadas dificulta o entendimento e o diálogo. E a voz do campo? Como está o ânimo daqueles que trabalham duro em nossa agropecuária para fornecer alimentação farta e de qualidade para os 200 milhões de brasileiros? O que pensam os heróis de nossa economia, que exportam mais de US$ 100 bilhões por ano e suportam o enorme déficit da balança comercial dos demais setores? O campo também está insatisfeito e tem suas reivindicações. O produtor rural sofre com a insegurança jurídica, a deficiente infraestrutura, o descompasso e a demora na implementação de políticas públicas para o setor. A questão indígena; os sistemas de transporte, armazenagem e exportação; as ameaças da legislação trabalhista, e os encargos do novo Código Florestal são alguns exemplos dos problemas que afligem e prejudicam o produtor rural. Nossa agricultura é uma das maiores e mais avançadas do planeta. Somos campeões em produtividade e sustentabilidade. O campo está colhendo a maior safra de toda a história do país, mas ainda não tem o reconhecimento que lhe é devido. Não bastam discursos empolgados e recursos destinados aos planos da safra 2013/14 para a agricultura empresarial, familiar e do semiárido. A população das cidades acordou e foi para as ruas. Será que os homens do campo precisarão fazer o mesmo para serem ouvidos? |