segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Diógenes e a lanterna entre a morenidade de Pindorama.



Caros amigos, tendo em vista os recentes resultados de nosso processo de representação política frente aos graves e complexos temas que a sociedade precisa encarar sugiro uma reflexão.
As intensões de voto e os votos válidos da sociedade, nos últimos seis pleitos (presidentes e prefeitos) tem, sistematicamente, consolidado a presença do PT no poder (ainda bem que não em todas cidades). É fato que o "Brasil cansado de corrupção" enunciado por muitos amigos distraídos, está reiterando sua predileção pelo status quo.
Outro fator que ficou bem claro (pelo menos assim espero) para a sociedade que se dá ao trabalho de, ao menos, assistir televisão, é a truculência que os "exércitos do PT" praticaram e demonstraram caso a presidente não seja reeleita. Quais sejam a mobilização fenomenal ante o boato do fim do "bolsa família", articulação de "índios" em invasões onde a saída fora determinada pela justiça, mobilização do MST, ônibus queimados em grandes cidades, truculência e quebra-quebra nas manifestações de rua nas grandes cidades. Ou seja, conforme digo aos mais chegados: "Prefiro a Dilma no poder para ter a capacidade, ainda que risível, de ir e vir nas ruas sem risco de vida". Para quem não lembra dos seis meses que antecederam as eleições do último ano de FHC foi um verdadeiro inferno o centro de algumas cidades dadas as várias manifestações e "greves extemporâneas".
Ante o acima exposto sugiro que nós passemos a prestar a atenção em uma considerável série de eventos que estão comprometendo nosso futuro.
O mais renitente é o enfraquecimento de nossa indústria que, com ela, trás consigo o desemprego e a queda da arrecadação em uma sociedade onde a carga tributária é a maior do mundo com relação aos serviços retornados (acho que em absoluto está o Canadá, mas os serviços públicos de lá funcionam, por constatação própria).
O saneamento básico é um tema recorrente com pouca atenção da sociedade que apenas se importa por ocasião de enchentes. O saneamento impacta na Saúde Pública já, há décadas, deficiente e que tem como recente fenômeno a importação de médicos cubanos. Saneamento e SUS levam a baixo rendimento escolar e má-formação de mão-de-obra especializada o que aumenta um outro problema que contribui para a desindustrialização, o apagão de-mão-de-obra, encimado pelo fiasco no ensino fundamental público -neste particular não mais se falou no Plano Nacional de Educação tema de fundamental importância.
Também temos em conexão com o fiasco da indústria nossa crise no fornecimento de energia elétrica, a crise da Petrobrás, o nosso risível modelo de extração energética, representado por Belo Monte, termelétricas a carvão e diesel e o agravamento de ambas dada a interferência dos ambientalistas.
Violência urbana, fraqueza e descontinuidade de marcos regulatórios para investimentos e exploração energética, mobilidade urbana, contumácia na crise da redução da desigualdade com o aumento da violência urbana juvenil, gravidez juvenil, consumo de crack que ressecam os já falimentares recursos e suprimentos de uma combalida saúde pública onde o setor privado não consegue suprir por intermédio dos Planos de Saúde.
Para não cansar, pois faltam muitos outros setores e vetores de desenvolvimento sofríveis agravados pela gestão confusa e ideológica do PT, nos últimos onze anos mas que a sociedade, em sua maioria, quer manter no poder, ressalto a confusa, ideológica e perigosa gestão companheira e hermana das Relações Exteriores que está, literalmente, afugentando os investidores internacionais em um país como o nosso de baixíssima capacidade de poupança interna.
Infelizmente a causa disso tudo é que o cidadão brasileiro insiste em entender que sua responsabilidade e alegria em viver em uma democracia encerra-se no risível e fugaz ato de se colocar um voto na urna, fugaz porque a partir daquele momento ele não exerce mais nenhum controle sobre o que fez, se é que assim lhe interesse. Esta é nossa inexorável idiossincrasia morena, nas terras de Pindorama.
De sorte que minha parte continuo fazendo amigos, para contribuir para agregar valor a nossa cidadania: Os artigos que seleciono e posto no blog e os que comento aqui. Eu não perderei meu escasso tempo comentando sobre capítulos das novelas bufas tais como Mensaleiros, assim como não perdi com Cachoeira, lagoas, valões, privadas e similares. Eu sugiro que os amigos passem a ler e pesquisar sobre estes temas, pois foi lamentável, quando não desestimulante, como muitos do que li estavam como cegos em tiroteio por ocasião do "Vem p'rá rua...vem." Alguns parentes e amigos escreveram-me e comentaram magoados com minha postura por demais desacreditadora, cética e pragmática, mas no final acho que não errei e acertei no que antecipei. A receita? Leitura útil e atenção ao nosso dia a dia.
Aos jovens e amigos que encararão um ENEM e um concurso, também sugiro a busca de temas acima alinhavados e se quiserem, tragam a discussão para ouvirmos e lermos os demais.
Enfim, é isso, eu sinto falta neste espaço de temas densos sobe os quais possamos avançar e conectá-los com a realidade que nos incomoda e amedronta no dia a dia real e imediato. Sinto-me como Diógenes e sua lanterna ao longo do dia procurando o homem íntegro, só que em nossa sociedade que relativiza a ética, sentir-me-ia feliz se, ao menos, fosse um mínimo informado de coisas relevantes. 
Convido os amigos a refletirem e darem um passo adiante no exercício da cidadania madura e responsável.
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