Amigos, falarei sobre um tema que muito de apraz: Leitura. Gosto muito de ler, principalmente leitura que agregue valor.
Via de regra gosto de ler livros "biografias autorizadas" pois elas apresentam vários temas e pontos importantes. Assim, livros sobre o Starbuck cofee, Wallmart, IBM, Sears etc, nos mostram várias facetas interessantes, apesar do cenário ser nitidamente americano com uma orientação sócio-econômica distinta da nossa.
Da mesma forma nos orientam para a vida corporativa, sejamos chefes ou subordinados.
O interessante é que nesses livros há um padrão de infância difícil, condições pouco usuais para os demais cidadãos e uma série de eventos fortuitos ou não que permitem que os autores ou atores atinjam o topo.
Continuo achando que dois autores, em função do atual cenário, para mim continuam sendo muito importantes, quando não fundamentais para quem quer gerenciar grandes empreendimentos ou neles estar atuando.
O primeiro é o LÍDER de Rudy Giulliani, seguidos de "Jack Welch definitivo" e "Paixão de Vencer".
Apesar dos títulos serem elaborados para o mercado de consumo corporativo, há várias situações por eles descritas que vivenciamos no dia a dia, resguardadas as devidas diferenças e proporções entre mercado e atores americanos e brasileiros.
O processo decisório, lidar com a mídia, lidar com sindicatos, com crises, com concorrência, estão bem delineados e escritos de forma quase didática, mostrando por detrás, uma estrutura muito boa, não só para prender o leitor como para introduzí-lo a cenários complexos. Essas três obras indico todo tempo para gestores ou pessoas em nível de supervisão e controle.
E quanto ao nosso exemplo brasileiro? Cito, dos que já li, o autor Ozíres Silva, coronel da reserva da gloriosa Força Aérea Brasileira, secretário adjunto de Planejamento, Ministro da Produção do Governo Itamar Franco, presidente da VARIG, presidente-fundador da EMBRAER e meu guru, pois conversamos algumas vezes pessoalmente e por telefone.
Seu livro "A decolagem de um sonho" é de leitura fácil e agradável. Ensina e informa muito acerca da formação do parque industrial aeronáutico ainda nos governos militares e depois a preparação, não por sua mão, mais pela mão de Ozílio Silva para a privatização da EMBRAER, que não foi um processo repentino e sim cautelosamente estudado (ressalvando-se que há uma diferença entre quem estuda e quem decide e autoriza, no caso o presidente FHC - na época da privatização- e o Congresso Nacional).
Nessa obra alguns ingredientes apresentados nas anteriores fazem-se presentes, mas em menor intensidade em função do cenário na época, pois a imprensa não era tão arbitrária como hoje o é, arbitrários eram alguns, repito, alguns, na estrutura de poder vigente. O coronel Ozires, a quem sempre me dirijo como "meu comandante", não teve a mesma estrutura de apoio para a elaboração do livro. Em vista à Expo-Management de 2004 fiquei um tanto triste ao constatar uma procura enorme pelos livros de Welch, Argiris, e os demais palestrantes, enquanto a mesma livraria que promovia as vendas e autógrafos, havia reservado um "cantinho" muitíssimo discreto na estante para o livro do nosso CEO. É a força do mercado, o que ele determina sai como o que o público entende e apreende de imediato.
Enfim, concordo que parâmetros para qualificação de livros não é um assunto fácil, assim não fora, haveria mais críticos de literatura com visibilidade na mídia, o que vemos são pessoas que adquirem importância e visibilidade e que lêem "resumées" de livros e comentam em revistas de grande circulação.
Ressalto, contudo, que estas obras serão mais facilmente encontradas em sebos. Vale a leitura, sublinhar, anotar e guardar, pois logo logo o que eles escreveram ser-lhes-á de serventia.
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