terça-feira, 22 de setembro de 2009

Notas sobre Honduras

A mídia não está esclarecendo adequadamente os leitores acerca do caso Honduras.
O segundo país mais pobre do continente é extremamente dependente dos EUA em sua economia cujos principais produtos são elaborados em outros países de forma mais econômica e competitiva.
Há um fator lá que torna o desenvolvimento mais difícil, a forte presença de guangues de rua (maras e pandilhas) que são uma infra-estrutura de crime organizado extremamente eficiente que domina os distritos em volta da montanhosa região e país.

Com um número muito aquém de suas necessidades em transporte e energia, dado, principalmente por característica topográfica do país, o desenvolvimento ou presença do Estado no interior se dá em função de negociação com guangues ou com líderes campesinos.

Nesta seara é que Chavez encontra apoio para projetar seu poder bolivariano e estranhamente a mídia nacional e americana não vem ressaltando este fato.
a projeção de Chavez na bacia caribenha a partir dali e Nicarágua ajuda a entender um pouco desse repentino alinhamento do presidente hondurenho de direita que se alinhou com as ferramentas revolucionárias, nelas inclusas as guangues.
Sua intenção, uma vez que não é banhado pelo pacífico, é atingir aquele mercado tendo como prepostos a Nicarágua e Honduras, caso Zelaya prevaleça. E o mercado pacífico é um senhor diferencial nesta questão estranhamente não bem avaliada.
Imaginem, a partir de uma simples olhada em um atlas geográfico, como ficaria o quadrilátero Venezuela, Cuba, Nicarágua e Honduras em termos de vista grossa para a enorme quantidade de crimes veiculados pelo mar do Caribe, dentre eles tráfico de drogas, armas, dinheiro, e, o mais perigoso e pouco falado, contaminação da fauna e flora marítima como medida de deterrência.
Não se deve esquecer nesta análise, a enorme quantidade de navios cargueiros que se utilizam do Canal do Panamá, isso tudo ladeando a enorme costa colombiana.
Como disse, é mais complexo o assunto e sua projeção e estão sendo tratados com impressionante amadorismo pela mídia nacional.

Quanto aos EUA estou, de fato, curioso, pois a região tem o que os americanos temem e gastam muito para combater: tráfico de armas, drogas, crime organizado e lavagem de dinheiro e, pela defesa de Chavez às FARC's dá para ver quem teria cacife para orquestrar uma grande conjunção de todos estes fatores.

Quanto a nossa mídia dá para se entender como nós militares somos de aceitação reticente em nossa sociedade, pois ainda não temos uma mídia isenta, pois o evento de Honduras que claramente fere aquela constituição é por eles considerado golpe, uma vez que este golpista foi eleito democraticamente. Só que se tem um detalhe a não ser esquecido: Chavez, também foi eleito democraticamente, da mesma forma Hitler e Mussolini.
Enfim...




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