sábado, 24 de março de 2012

Índice de Felicidade...Pindorama, Pindorama...

Nosso Pindorama não tem problemas, nosso Pindorama é o quarto país mais feliz do mundo.
O governo governa por intermédio de comparações com os governantes anteriores. Os problemas de difícil solução são desqualificados e, de imediato, comparado com os anteriores, sempre com "imagens" positivas. Assim foi o apagão, assim foi o desabastecimento de água, assim foram as enchentes nos municípios, assim foi o fiasco, aliás, o contumaz fiasco na Educação, assim foi o constante colapso no transporte público urbano. E assim foram todas as substituições de ministros envolvidos, alegadamente, em gestão fraudulenta. Sempre a comparação, sempre a comparação.

As dificuldades não existem, para tanto a saída é sempre manter a "imagem", a comparação. Um eterno preparar o retorno do Pai do Pobre. Talvez pela mesma forma de passar para o brasileiro que o governo atual é inviável, que lhe furta a felicidade, o bem-estar. Assim foi no fim do governo FHC e, por incrível que possa parecer, no atual também.

Aumento da carga tributária para manter os programas assistencialistas. Sufocar micro e médios empreendedores com tramitações burocráticas sem fim. O corporativismo sindical, nunca tão forte e influente neste país de gente feliz, proíbe a flexibilização da contratação temporária de mais mão de obra. Aliado ao sofrível ensino, mais de 26 milhões de jovens estão a margem do emprego formal. A indústria encolhe e demite. Evita-se ampliar o piso das aposentadorias para se ter o idoso dependente da mão carinhos, quente e sempre complacente do governo amigo, amigo do feliz, do quarto mais feliz. Assim mantém-se filas nas lotéricas para pequenas, porém vultosas, e milionárias no balanço final, apostas. De cada aposta, de cada empréstimo consignado o governo de Pindorama abocanha barbaridades. Sempre é somente um apostador que ganha prêmios acumulados e os habitantes de Pindorama, ocupados em sua felicidade, nada desconfiam.

Mas o povo está feliz, o povo está feliz. Sempre em busca sôfrega de ópios digitais e informáticos, que lhe alivie a dor e a agonia imediatas e lhe mantém, crédulos, aguardando a mão redentora do governo salvador. Sempre em busca de um novo meme, de uma nova moda, de uma nova sacada "tudaver" ou "politicamente correta". Turba rebelde, ignara, sem causa...coerente!!


Estou quase queimando meus livros de História com pavor das similaridades com o bolchevismo, fascismo e nazismo. Todos de origem no seio dos trabalhadores, todos buscaram hegemonia federativa, todos terminaram em controle das Instituições, da Imprensa, dos Partidos. 


Bobagem, querer conversar sobre História ou sobre livros em Pindorama...É ruim hein?!?!?!

Agora a Felicidade será Institucionalizada. Índice para medir a Felicidade em Pindorama!!
Oh!! Céus, oh!! Céus...




FGV-SP elabora a metodologia do novo índice, a Felicidade Interna Bruta; intenção é fornecer os resultados ao governo federal para auxiliar no desenvolvimento de políticas públicas
Folha 
Roberta Scrivano

A riqueza do País pode começar a ser mensurada de outra forma. No lugar do Produto Interno Bruto (PIB), a Felicidade Interna Bruta (FIB). A Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP) está empenhada na elaboração da metodologia do novo índice. A intenção é fornecer os resultados ao governo federal para auxiliar no desenvolvimento de políticas públicas.

O FIB já existe no Butão, um pequeno reino incrustado nas cordilheiras do Himalaia. Lá, o contentamento da população é mais importante que o desempenho da produção industrial. O índice pensado pela FGV, no entanto, não será tão radical. "O PIB será um dos componentes do cálculo", esclarece Fábio Gallo, professor da FGV-SP que, ao lado de Wesley Mendes, encabeça o desenvolvimento do estudo.

O PIB é considerado por diversos especialistas um índice incompleto. Dados como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) ou o nível de segurança das cidades não são contabilizados. Portanto, elencar a grandeza das nações pelos bilhões acumulados com produção industrial e comercial, por exemplo, é, para esses especialistas, uma distorção da realidade.

"Elaborar o índice que queremos é algo complexo. São muitos dados subjetivos que variam de Estado para Estado", explica Gallo. Num país do tamanho do Brasil, com regiões diferentes entre si, a tarefa fica ainda mais complicada. "Tudo será sob medida para cada uma das regiões. Dessa forma, chegaremos a bons resultados, que reflitam a situação real do País", completa Mendes.

Os professores salientam que o PIB falha ao computar os custos ambientais e, ao mesmo tempo, inclui em seu cálculo formas de crescimento econômico prejudiciais ao bem-estar da população. Gastos com crime, atendimento médico, divórcio e até desastres naturais como tsunamis colaboram para elevar o PIB.

O primeiro passo do desenvolvimento da metodologia do FIB brasileiro já foi dado pela FGV, e mostra que a riqueza econômica não é o principal fator de felicidade da população. Um questionário com jovens adultos de São Paulo e de Santa Maria, pequena cidade no interior do Rio Grande do Sul, mostrou que o índice de satisfação dos jovens gaúchos é 22,5% maior que o dos paulistanos. Entre os 11 aspectos de vida estudados, os mais relevantes para a percepção de satisfação foram vida social, situação financeira e atividades ao ar livre.

Ainda de acordo com essa primeira etapa da pesquisa, a principal preocupação dos paulistanos é com segurança pessoal, enquanto a principal satisfação é com perspectivas de crescimento acadêmico. Entre os gaúchos, a preocupação é com as expectativas de conseguir um bom trabalho. A satisfação é com a boa vida social. "Sociedade feliz é aquela em que todos têm acesso aos serviços básicos de saúde, educação, previdência social, cultura, lazer", afirma Fábio Gallo.

Instituto de Finanças

Com a melhoria da renda média do brasileiro e a estabilização econômica, temas como os investimentos e a qualidade de vida ganham espaço. É de olho nessa tendência que a Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP) criou o Instituto de Finanças. A elaboração da metodologia do índice que medirá a felicidade do brasileiro é uma das iniciativas do novo Instituto.

Maria Tereza Fleury, diretora da FGV, explica que o núcleo de estudos deve ter a mesma representatividade que o Ibre (Instituto de Economia da FGV-RJ) conquistou. "Estamos unindo uma série de iniciativas que já existiam. Agora, teremos uma forte sinergia interna que vai colaborar com o desenvolvimento de diversos tópicos da sociedade", avalia a executiva.

O instituto será coordenado por João Carlos Douat, doutor em administração de empresas. Sob sua coordenação estarão 11 núcleos e cada um será administrado por um ou dois professores da universidade. No total, são 37 docentes envolvidos com a criação do Instituto de Finanças e pouco mais de 3 mil alunos que já estão matriculados terão acesso às novidades.

"Somo uma instituição privada e, portanto, isenta de interferências governamentais. Como temos autonomia, creio que podemos colaborar com a elaboração de bons índices para auxiliar no desenvolvimento de boas políticas à sociedade", completa Maria Tereza.

O índice de Felicidade Interna Bruta (FIB), por exemplo, será produzido pelo núcleo de Estudos de Felicidade e Comportamento Financeiro, que terá gestão de Fábio Gallo e Wesley Mendes.

No LabFin, o laboratório de finanças, coordenado pelo professor Rafael Schiozer, os alunos farão simulações de investimentos. "Vamos simular a elaboração de carteiras de renda variável e fixa", diz Schiozer. "Queremos formar bons gestores de fundos. Isso é algo inédito no Brasil", reforça.

O professor Antônio Gledson de Carvalho ficará encarregado do núcleo que reúne os docentes que lecionam e orientam os alunos nos cursos de mestrado e doutorado. "Neste momento estamos estruturando uma pós-graduação específica sobre o mercado financeiro", diz Carvalho.

Além desses assuntos, as microfinanças também estão contempladas com um núcleo que será gerido por Lauro Gonzalez. Finanças internacionais, private equity, gestão bancária e contabilidade estão entre os conteúdos contemplados. Outros nomes como Willian Eid Júnior, David Hastings e José Evaristo dos Santos também estão envolvidos no instituto.

TV financeira. Para divulgar os conteúdos produzidos pelo Instituto de Finanças e ter um canal aberto com quem não é aluno da FGV, a fundação prepara também um programa de educação financeira. "Será uma linguagem diferente. Queremos atrair a atenção das pessoas para este tema", diz o professor Fábio Gallo.
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Um comentário:

  1. Achei fantástico quando vi a reportagem falando sobre o FIB no Butão. Que bom que estão estudando sobre a sua implantação no Brasil, mas espero que sirva realmente como termômetro para gerar ações que o façam evoluir. A avaliação de qualquer índice deve ter um propósito de ação posterior para ser válida.

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