terça-feira, 27 de março de 2012

Redes sociais e mercado de trabalho

Redes sociais e mercado de trabalho 
Leonardo Bortoletto‏
Conteúdo Livre

Recentemente, um relatório do instituto ComScore sobre mídias sociais na América Latina apontou que 90,8% dos brasileiros que possuem internet acessam as redes sociais. O nosso país está em quarto lugar no ranking de usuários do Facebook, a principal plataforma da atualidade, com aproximadamente 38 milhões de internautas. Esse grande volume de informações disponíveis em rede vem servindo de fonte de informação para vários ramos de atividade, mas em alguns casos também tem causado alguns transtornos quanto à falta de critério ao divulgar determinadas informações na rede. 

As redes sociais têm influenciado positivamente diferentes segmentos de atuação, criando tendências e se tornando, em muitos casos, precursora de inovação. Um bom exemplo disso é a o atual método de recrutamento por parte de empresas e setores de Recursos Humanos que vasculham os perfis de candidatos nas redes sociais e se valem dessas informações para filtrar profissionais. É importante que todos os usuários tenham em mente que a internet como um todo coloca em evidência toda e qualquer informação publicada em perfis e/ou páginas de acesso livre aos usuários. É necessário comedir e avaliar o que deve ou não estar exposto, sabendo que as informações podem depor contra você ou até mesmo colocar em risco sua imagem dentro e fora da internet. 

Por esse motivo, algumas empresas equivalem o peso do currículo ao do conteúdo de suas redes sociais no momento da seleção. Essa é uma grande alteração nos paradigmas do ambiente corporativo se se levar em consideração que, há alguns anos, ninguém se preocupava com o conteúdo que disponibilizava em rede para se inserir no mercado de trabalho. Hoje, pensando nesse novo cenário, já existem plataformas específicas para relações profissionais como é o caso do Linkedin. No Brasil, essa rede tem aproximadamente sete milhões de usuários, representando o quarto lugar no ranking geral de países, conforme dados do Socialbakers. 

Assim, é importante deixar o endereço das suas redes sociais disponível no currículo, seja ele impresso ou digital. Informações pertinentes em suas redes podem ser um diferencial no momento do recrutamento.

Mas não somente as empresas que desejam contratar têm o hábito de monitorar as redes sociais dos candidatos. É cada dia mais frequente o hábito de empresas monitorarem seus próprios funcionários em rede. Nesse ponto, entramos na questão da privacidade em ambiente virtual. Já tivemos claros exemplos em que certas atitudes em ambiente digital acarretaram a demissão de funcionários. Esse foi o caso, por exemplo, do diretor comercial de uma grande empresa de hospedagem de site que foi demitido após a postagem de vários tuítes insultando o time do São Paulo durante um jogo, em 2010, sendo que a corporação mantinha uma parceria com o time em questão. 

Uma pessoa que no ambiente virtual mostra uma faceta muito diferente do seu comportamento no trabalho pode perder pontos na empresa, ou até mesmo ser demitido, por demonstrar atitudes que vão de encontro aos preceitos da corporação. Portanto, um questionamento que um profissional precisa fazer é: qual o impacto que suas postagens em rede social podem ter em sua vida profissional e pessoal? 

Hoje em dia, estar conectado nas redes sociais se tornou uma necessidade. Mesmo assim, precisamos ter de maneira clara que existem certas regras a serem seguidas e que um comentário mal interpretado pode gerar grandes problemas. É necessário avaliarmos nosso papel como membros da rede para utilizar todo o seu potencial, sempre a nosso favor.
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