terça-feira, 27 de outubro de 2009

Crescimento da economia depende de crédito e desoneração



A natureza não dá saltos!!!

Bem, deixando claro sua vontade de permanecer no poder, o presidente reconhece que toda a nossa riqueza em potencial não ajudaria, por si só, a atingirmos o primeiro mundo.
Mais crédito, de fora, pois nossa capacidade de poupança interna ainda não é sustentável, assim manter-se-ão os juros altos para atrair capital estrangeiro, com pré-sal, agronegócio, mineração...deve ter algo que não está bem explicado!!
Mesmo assim acho que só atingiremos, em nossa idiossincrasia, em 2083 visto que:
Somos um povo fatalista, ou seja, Deus tem que estar inexoravelmente determinando nosso destino, o que não nos obriga a lutar (PESB 2009*);
Somos estatistas: queremos que o Estado esteja por detrás da maioria da atividade econômica (PESB 2009);
Não somos muito afetos ao trabalho: enorme quantidade de feriados e uma inexorável mania de se jogar na loteria. Enriquecer pelo trabalho?!?!?!?;
Não somos coletivistas, somos individualistas com uma Constituição Federal que estimula e protege o indivíduo e individualismo.
Além de sermos estatistas somos anti-liberais (PESB 2009), não gostamos de ter a responsabilidade de viver a democracia plena acompanhando cada momento da vida econômica, votamos simplesmente e temos o procurador e despachante como heróis nacionais;
Não conseguimos diferenciar jeitinho de corrupção (PESB 2009) e a corrupção não é relevante para a expressiva quantidade de brasileiros (PESB 2009)

Somos partidários do assistencialismo (PESB 2009) assim a desoneração que o presidente fala é praticamente impossível, como se manter-se-ia os programas de bolsas diminuindo-se impostos?
O custo da mão de obra é altíssimo.
A economia informal é alta.
A carga tributária é alta, superior a 38%
Ainda temos somente 13% da malha rodoviária transitável sem chuvas;
Temos um baixíssimo índice de malha ferroviária e a aquaviária é irrisória ( e se fossem decentes teríamos, em compensação, o MST e os índios causando óbices e estragos);
Em função do assistencialismo e termos que compensar segmentos de baixa produtividade nosso custo de energia elétrica é altíssimo;
Pelo mesmo motivo nossa telefonia fixa e celular tem uma altíssima carga tributária;
Ainda pagaremos para compensar os paraguaios em função de determinação do presidente para atender a outro signatário do Foro de São Paulo, o bispo-presidente Lugo;
Nossa matriz de gás ainda é dependente da Bolívia ( Evo Morales), outro signatário do mesmo Foro, tratado por carinho e anuência por nosso presidente...
E de quebra nosso presidente está simpático à adesão de Chavez ao Mercosul;
E ele ainda vem falar de ..."atraso a que foi submetido..."
Fala sério...

*PESB 2009 - Pesquisa Social Brasileira, realizado pela USP e UFF. Sugiro que todo o cidadão procure conhecer para saber o quanto podemos ou não sermos um país com potencial social para desenvolvimento.


Crescimento da economia depende de crédito e desoneração, diz Lula

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira que para o Brasil se tornar uma das maiores economias do mundo é necessário ter mais crédito e desonerar de impostos setores que necessitem. Com essas medidas, não é preciso fazer "nenhuma invenção e nenhuma mágica".
Lula, no programa semanal de rádio "Café com o Presidente", mencionou estudo do Banco Mundial que prevê que o Brasil pode se tornar a quinta economia do mundo em 2016 se continuar crescendo.
"Nós precisamos fazer as coisas corretas, sabe, nós não temos que fazer nenhuma invenção e nenhuma mágica. Apenas ter consciência que nós precisamos ter mais crédito, que nós precisamos, na medida em que for necessário, um setor ter desoneração, temos que fazer desoneração, porque nós temos que incentivar o povo brasileiro a comprar aquilo que ele ainda não tem", disse Lula no programa de seis minutos.
Lula fez as afirmações ao comentar dados sobre o desemprego divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na última semana. De acordo com o estudo, o desemprego caiu para 7,7% em setembro, menor índice desde dezembro de 2008 --quando estava em 6,8%-- e abaixo dos 8,1% de agosto.
O presidente disse que a economia está no caminho certo, pois a indústria, o comércio, o emprego e a massa salarial estão em ritmo de crescimento no Brasil e disse que o país precisa de vários anos consecutivos de aceleração para que possa recuperar "o atraso a que foi submetido".
"É uma roda gigante que não pode parar. Ela tem que continuar girando, para que a gente possa recuperar o atraso a que o Brasil foi submetido nas décadas em que ele não conseguiu se desenvolver", afirmou.



segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Leitura para ajudar a entender as novas ameaças

Para se ter pelo menos uma noção do que ocorre hoje em dia acerca das denominadas novas ameaças, a leitura de alguns romances podem prover um bom nível de informações.
Por exemplo o Tom Clancy, um ex-vendedor de seguros que faz um enorme sucesso como autor.


Veja bem que em um antigo livro seu ele antecipou dois eventos interessantes que lhe renderam muito dinheiro em palestras.
O livro Dívida de Honra, ele fala acerca de um japonês que procura estruturar um crash na bolsa de NY através de programadores especializados. Mas nos comentários ele antecipa a bolha da informática. O livro termina com um piloto japonês, irmão do primeiro, que após pousar em Dulles, Washington, simula uma decolagem para verificar instrumentos, somente com o co-piloto, nos céus mata o rapaz e joga o avião, 767, no Capitólio quando o presidente lá se encontrava. A forma como ele mostra a indiferença da segurança e o avanço do avião para aquele núcleo antecipa o fenômeno do WTC. ele também, no comentários sobre a bolsa, fala sobre a supervalorização de ações via créditos e hipotecas e sugere um crash, o mesmo ocorrido em 2008, só que o livro é de 1996.


Também há o autor britânico Frederck Forsyth ( O Afegão, o Ícone) que trabalha com os temas que lhe falei e o grande mestre, também britânico, John Le Carré (Single and Single, o Jardineiro Fiel e o Canto da Missãoque trabalhou para o serviço de inteligência britânico durante a guerra.


Voltando a Tom Clancy, chama-me a atenção que na entrevista com o filósofo presidente da Academia Brasileira de Filosofia, ele fala de eventos antecipados no livro Os dentes do Tigre do Tom Clancy (http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/1854261/os-dentes-do-tigre/?ID=BD777A047D90A1A1627281159).


"Chávez está reunindo extremistas islâmicos, comunistas e nazistas. A comunidade judaica na América Latina está toda em alerta total. Sinagogas foram invadidas na Venezuela e na Bolívia. O Hezbollah está implantado em vários países da America Latina, inclusive no Brasil. Nós temos informações de treinamento de índios-bomba na Venezuela, inclusive crianças."



O romance não fala de Chavez, mas os demais dados são antecipados.
O livro fala de um ataque do Hezbollah em cidades pequenas dos EUA. O treinamento, local  e a logística para a entrada dos extremistas, via México, nos EUA, é antecipada com detalhes.
Chama-me, ainda, a atenção por não se tratar de um exercício de futurologia. Algumas tendências são puro resultado de dinâmicas sociais que, de uma forma ou de outra, já ocorreram em outras épocas do mundo.
Os recentes livros dos autores citados têm, sempre, ameaças transnacionais como pano de fundo. Vale como sugestão.

Filósofo JOÃO RICARDO MODERNO Presidente da Academia Brasileira de Filosofia

Historicamente os filósofos são pessoas de esquerda e reacionárias intelectualmente.
Seu nível de percepção do mundo e sociedade é bastante refinado.
A entrevista abaixo é dada por um filósofo e o que ele fala sobre a atual gestão não é novidade pois ao longo dos dois últimos anos isto tudo foi veiculado no mídia sem máscara (www.midiasemmascara.org).
Boa leitura.






     1. Qual é a atividade da Academia Brasileira de Filosofia?
     A Academia Brasileira de Filosofia é uma instituição civil sem fins econômicos que tem por objetivo a memória e divulgação do pensamento brasileiro no Brasil e no exterior, internacionalizando a filosofia brasileira. Nosso esforço tem sido de desenvolver a sede da Academia do ponto de vista material, e ao mesmo tempo realizar eventos variados, normalmente com parceiros diversificados. As posses dos membros perpétuos são momentos de alta relevância cultural-científica.
   A atividade da Academia envolve posses de membros, seminários, colóquios, palestras, cursos, eventos de outras instituições científicas e culturais, lançamentos de livros, reuniões dos acadêmicos, etc. Nós criamos o Centro Cultural da Academia que espera receber patrocínio de grandes empresas. Nós teremos uma galeria de arte, concertos de música erudita e popular brasileira, um restaurante, uma nova revista internacional de filosofia, uma coleção de livros de filosofia brasileira para editoras estrangeiras, cursos de filosofia gratuitos, prêmios variados, alem de outras iniciativas científicas e culturais.
    A Academia Brasileira de Filosofia fundou em Moscou em 2009 o Departamento de Filosofia e Cultura Brasileira através do Ministério da Cultura da Rússia, no Instituto Russo de Pesquisa Cultural (Culturologia), chefiado pela professora doutora Irina Malkovskaya. Ela esteve no Rio de Janeiro de 10 a 30 de setembro para estabelecer o conteúdo do programa do Departamento. Pela primeira vez na história da Rússia foi estabelecido um acordo oficial com o Brasil nas áreas científica e cultural. Nós acreditamos que esse acordo será extremamente benéfico para ambos os países, e no nosso caso, que nós poderemos ser muito úteis para a transição russa do totalitarismo comunista em direção à democracia e à liberdade. Eu quero fundar um Carnaval do Rio de Janeiro em Moscou, além de diversas atividades. Nós seremos interlocutores para debates filosóficos, científicos, culturais, econômicos e políticos. O BRIC irá funcionar.


      2. Qual é a situação cultural no Brasil e em toda a America Latina? Já não há mais poetas e escritores, samba e bossa já se foram (exceto Marisa Monte…). A ciência parece em um impasse, a ler o que escreve Ronaldo Mourão em “Os 50 anos da Nasa e do Brasil”… A filosofia… qual é sua importância?


     O Brasil está muito ativo culturalmente. Eu mesmo inscrevi o poeta e romancista Carlos Nejar como candidato ao Prêmio Nobel de Literatura, por ocasião de uma visita minha à Academia Sueca em 2004. É um gênio da literatura mundial, nascido no Rio Grande do Sul e residente atualmente no Rio de Janeiro, embaixo do Pão de Açúcar, frente ao mar da Baía de Guanabara. Ele completou 70 anos este ano. A literatura brasileira está em uma fase excelente. A dança erudita é bastante festejada no mundo, assim como a popular. As artes plásticas hoje estão com nível de qualidade muito abaixo do nível alcançado no século XX. Não vejo muita perspectiva para as artes plásticas brasileiras. A música erudita não apresenta nenhum gênio criador mas nós temos excelentes maestros com concertos pelo mundo todo. A música popular é como o nosso futebol, a cada momento as grandes revelações nos enchem de alegria. Há muitos nomes de grande talento surgindo, sejam cantores ou compositores. Marisa Monte já seria um nome antigo.
      A ciência brasileira tem dado saltos de qualidade, apesar dos obstáculos gerados pelos sucessivos governos. O Instituto Oswaldo Cruz é um grande exemplo de sucesso na pesquisa. O Ministério da Educação é o grande responsável pelo atraso em muitas áreas, pois há um órgão do Ministério chamado CAPES que controla a autorização da abertura de mestrado e doutorado nas universidades. É um controle que não tem paralelo no mundo civilizado. Apesar de a Constituição Federal conter um artigo que determina a autonomia acadêmica das universidades, nenhum programa de pós-graduação pode funcionar legalmente sem a autorização da CAPES.
      A filosofia é vítima do mesmo sistema repressor. Mesmo assim, a filosofia brasileira evoluiu muito nos últimos 30 anos. Temos filósofos de reconhecido mérito em todas as áreas, com boa aceitação internacional. Em lógica matemática, Newton da Costa é tido como o mais importante no mundo hoje. Ele acaba de completar 80 anos. O que falta é a filosofia brasileira ser aceita como fundamental para o desenvolvimento do Brasil pelo todo da sociedade brasileira. A filosofia é obrigatória em todo o país no ensino médio ou secundário, o chamado segundo grau. A Academia Brasileira de Filosofia tem desempenhado um papel importante nessa conscientização da aceitação da filosofia nas políticas públicas. A filosofia tem assumido uma responsabilidade enorme nos destinos do Brasil, e a Academia Brasileira de Filosofia tem sido líder nesse processo.




         3. A América Latina parece ser o último continente onde a esquerda pode viver e governar. Porque este “Back to the future”?


       Muito importante a sua pergunta. Cuba e Brasil lideram, no plano teórico, a restauração do totalitarismo comunista mundial. Com o fim da URSS, Cuba  desespera. Fidel convoca todas lideranças regionais de extrema esquerda para traçar uma estratégia comum. Cuba perdeu $ 5 bilhões de dólares por ano. A esquerda da América Latina uniu-se às FARC para obter financiamento da cocaína para a sua sobrevivência política. O sonho de mergulhar a America Latina na barbárie comunista foi ressuscitado. Chávez é o novo Carlos, o Chacal. A Revolução Bolivariana vem comprando e seduzindo políticos em toda a América Latina. As FARC são parte do chamado Foro de São Paulo, criado por Fidel Castro e Lula, seu primeiro presidente. Lula não é conhecido mundialmente por esta característica, mas sim pela outra, falsa, de democrata liberal. O Senado brasileiro está sendo pressionado por Chávez para aceitar a Venezuela no Mercosul, mas a associação de Chávez com o Irã agrava a situação. Todo cidadão iraniano ganha um passaporte venezuelano ao desembarcar na Venezuela. Caso ele seja aceito no Mercosul, qualquer iraniano entrará no Brasil legalmente, o que garante ações terroristas em curto prazo.
     A esperança do Irã é islamizar a América Latina, único continente majoritariamente cristão, onde o Islã não entrou. Afirmam que Chávez teria se convertido ao islamismo. Carlos, o Chacal, venezuelano, afirma da prisão perpétua em Paris que ele conciliou o comunismo com o islamismo. Talvez seja essa a perspectiva de Chávez. Ele pensa unificar a América Latina sob seu comando, acabando com os Estados nacionais. A UNASUL. Será uma guerra sem precedentes na América Latina, que poderá começar com guerras civis nacionais e estender-se internacionalmente. O acordo nuclear com o Irã tem causado profundas preocupações. O serviço secreto britânico publicou um relatório na Inglaterra acusando Chávez de traficante internacional de cocaína, informando que a Força Aérea Venezuelana busca na selva com as FARC a cocaína que, em seguida, é transportada e distribuída na Europa. Segundo o relatório, 90% da cocaína consumida na Inglaterra são de responsabilidade de Chávez. Os EUA acabam de divulgar um relatório semelhante sobre a cocaína vendida em seu território.
    O Foro de São Paulo tem as FARC como membro fundador. Marulanda era o nome do representante das FARC no Foro de São Paulo. Várias revelações surgirão em breve tiradas do computador de Raúl Reyes, morto pelas Forças Armadas da Colômbia em território equatoriano. Brasil, Cuba, Equador, Venezuela, Bolívia, Argentina, Paraguai e Nicarágua estão unidos no projeto do neototalitarismo comunista. A barbárie não descansa.
     Sarkozy, presidente da França, teria viajado para a Venezuela para encontrar-se com Chávez. Segundo fontes venezuelanas, Chávez teria proposto a libertação e extradição de Carlos, o Chacal, em troca de petróleo a preços muito abaixo do mercado. O embaixador da Venezuela em Cuba, por muitos anos, foi o irmão do Chacal. Portanto, há uma movimentação explosiva em curso na América Latina.




         4. Lula parece ser, como Bachelet do Chile, um líder de esquerda, porém realista e moderado: muito mais parecido com Obama que com Hugo Chavez, porém isto é o que parece graças à imprensa  “mainstream” de todo o mundo. Não é exatamente assim? Por exemplo, li em uma agência de imprensa iraniana que Lula e o Brasil defendem o direito do Irã  realizar o programa nuclear. Também o fazem os países “Não aliados”. Por que este delírio político?


       O presidente do Brasil assumiu a preservação da economia de mercado, pois ele corria o risco de um grande movimento popular para derrubá-lo caso quisesse implantar o comunismo imediatamente. O sucesso da economia brasileira o manteve dentro dos limites do aceitável. Ele não é moderado por natureza mas por conveniência política e esperteza sindical. Ele não pode deixar de ser moderado. Ele tolera a democracia liberal. Ele tem medo de ser visto como radical de esquerda. Daí a dissimulação.


        Entretanto, a Casa Civil, que é o ministério que detém de fato o poder político federal, teve José Dirceu como ministro. Dirceu foi terrorista e espião cubano no Brasil, traindo o país. Teve o mandato de deputado federal cassado por corrupção, no episódio conhecido como “mensalão”, que era um pagamento ilegal que o governo federal fazia aos deputados e senadores para aprovarem as leis oriundas ou do interesse do poder executivo. Eles eram comprados literalmente. A sua substituta no ministério também é oriunda do terrorismo, Dilma Roussef. Logo, a Casa Civil está entregue ao grupo mais radical de esquerda, o grupo que nasceu no terrorismo das décadas de 1960 e 1970. Isso não é gratuito. Esse fato explica as relações ideológicas xipófagas com o Chávez. Obama é ambíguo, determina a proibição de visto dos EUA aos membros da Suprema Corte de Honduras, que decidiu pela deposição de um presidente-ditador e aliado das FARC, e mantém restrições econômicas contra Cuba. Joga nos dois lados. Bachelet, do Chile, é mais moderada, mas ideologicamente com tendência a apoiar Chávez, conforme suas decisões políticas têm mostrado. Lula - não o Brasil - defende o direito do Irã de realizar o projeto nuclear. O verdadeiro Lula é o Lula de Fidel Castro, Chávez, FARC, Irã, Hamas, Coréia do Norte. O atraso ideológico está no poder. A Europa é muito ingênua quanto a Lula. Eu reconheço que ele engana todo mundo. Um dia ele será descoberto. Aqui, na Europa e no mundo.




                5. As relações dos intelectuais esquerdistas revolucionários - italianos, em particular - com o Brasil (e todo o continente): Toni Negri está por trás de todas as invisíveis revoluções latino-americanas, desde Cuba até Bolivia e Brasil? Qual é a penetração cultural dos politicos italianos no Brasil, por exemplo, Cesare Battisti, condenado como assassino na Italia, defendido pela casta dos intelectuales franceses, e abrigado do Brasil?


          De fato, nós temos observado uma presença de extremistas italianos nos vários níveis do governo federal brasileiro. Eles têm o mesmo afeto e carinho que recebem os membros das FARC no Brasil. Eles estão unidos pelo mesmo projeto. Eles circulam livremente pela America Latina, em uma internacional bolivariana. Toni Negri é assessor permanente de Chávez, que segue literalmente suas idéias contidas no livro “O Poder Constituinte”, traduzido no Brasil, assim como quase todos os livros de Negri. Ele é o mais influente de todos. O mais perigoso. Ele é o grande ideólogo da Revolução Totalitária Comunista da América Latina, intitulada eufemisticamente Bolivariana. Chávez está reunindo extremistas islâmicos, comunistas e nazistas. A comunidade judaica na América Latina está toda em alerta total. Sinagogas foram invadidas na Venezuela e na Bolívia. O Hezbollah está implantado em vários países da America Latina, inclusive no Brasil. Nós temos informações de treinamento de índios-bomba na Venezuela, inclusive crianças.
        Battisti não tem nenhuma influência política no Brasil. Ao menos publicamente. É possível que prestasse assessoria esquerdista a setores do governo federal. Carla Bruni foi acusada de ter pedido ao presidente Lula a libertação de Battisti, tentando impedir a sua extradição para a Itália. Esse suposto pedido teve uma grande e negativa repercussão no Brasil. A opinião pública brasileira é majoritariamente a favor da extradição para a Itália. O Supremo Tribunal Federal deve votar pela extradição, ao menos essa é a tendência hoje. A grande maioria dos políticos e democratas brasileiros luta pela extradição. Enquanto eu publico e divulgo as obras do filósofo italiano Luigi Pareyson, a extrema esquerda publica e divulga Toni Negri. Eis a grande diferença, o abismo que me separa dos totalitários de esquerda.


        6. Outras argumentações que para o senhor são importantes… Por exemplo, relações econômicas entre Brasil e Itália. O premier esquerdista Romano Prodi foi muito próximo de Lula, creio que por muitos negócios de George Soros (que havia investido muito na América Latina pelo biodiesel)…


        Servir a dois senhores, à democracia liberal e ao totalitarismo comunista ao mesmo tempo - uma publicamente e outro dissimulado - não pode resistir muito tempo. As ambigüidades acabam tendo que ter e escolher um só caminho. Lula não está mais conseguindo esconder suas reais intenções e ideologia. Ele é um grande e hábil dissimulador. Suas formas tortuosas de expor as idéias escondendo, e de esconder ao expor já está devidamente decodificada pela inteligência brasileira. Ele alimenta a economia de mercado para não despertar suspeitas. Ele irá jogar a última fase da revolução comunista na conta e responsabilidade do novo presidente em 2010, que ele luta por ser uma mulher, Dilma Roussef. Caso eleita, a ela caberá o salto final no escuro. Pular no abismo. Nada une um esquerdista italiano e um brasileiro, a não ser um discurso genérico. O esquerdista brasileiro é um automóvel dos anos 1940, que imagina reinventar a Revolução Russa de 1917, ao som de samba com salsa. Tudo se converte em ideologia. Mesmo a etnia, seja ela qual for. Na falta do ortodoxo proletariado, toma-se um pouco de cada uma das etnias, mistura-se com estudantes vendidos, camponeses profissionais do MST (Movimento dos Sem Terra) e uma boa dose de ódio: o resultado é um extravagante ET desembarcando no mundo contemporâneo.
    




* JOÃO RICARDO MODERNO
PRESIDENTE DA Academia Brasileira de Filosofia.
DOCTEUR D’ÉTAT EM FILOSOFIA  PELA UNIVERSITÉ DE PARIS I – PANTHÉON – SORBONNE
PROFESSOR DO DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.

Qual Estado para qual democracia?

Uma acadêmica da USP, instituição coalhada de ideologia, faz uma crítica serena, sutil e cristalina do perfil autoritário e trotskysta da atual gestão.
Há muitas informações perdidas na mídia que foi muito bem costuradas neste artigo.
Aprendi muito e em pouco tempo. Sensacional.
Não conhecia esta senhora, passarei a ler o que ela publica.







Uma leitura atenta dos jornais obriga a refletir sobre uma mudança perceptível nos termos do debate público. Episódios isolados combinaram-se a uma multiplicidade de iniciativas governamentais, como entrevistas e artigos e colunas, para compor um quadro tão instrutivo quanto revelador de como se forma uma agenda pública. Ou se deforma. A questão subjacente é: que Estado queremos, para que tipo de democracia? Esse tópico adquiriu centralidade nas democracias tradicionais a partir da crise global de 2008. Mas entre nós adquire contornos singulares: aponta para modos de fazer política que recriam, em lugar de minimizar, as características negativas de um contexto institucional instável e movediço.

Nas democracias dominantes, institucionalizadas, foram as próprias características da recuperação econômica que iluminaram a necessidade de construir um novo consenso sobre as relações entre o Estado, enquanto poder público, e o interesse público. A reversão do pânico financeiro criado pela "Grande Liquefação" (dos ativos financeiros) deixa um travo amargo entre os grandes perdedores: trabalhadores, contribuintes, proprietários de casas. O sucesso da reversão, medido pela recapitalização do setor financeiro, pela renovada confiança no futuro e pela recuperação da capacidade dos bancos de levantar novos financiamentos e gerar crédito, foi obtido graças à ação coordenada do poder soberano dos governos por intermédio dos respectivos bancos centrais. Foram canalizados recursos a custo zero justamente para a indústria cujos excessos geraram a crise. O contraste com a situação de milhões de desempregados, dos sem-casa, dos zilhões de consumidores obrigados a rever seus padrões de vida é a fonte original do conflito distributivo e do debate ideológico em torno ao Estado Democrático naqueles países. E é exacerbado pela recuperação gradual dos bônus pagos aos executivos do setor e pela resistência organizada de seus líderes à reforma do marco regulatório. Mas nesses contextos há, pelo menos, uma certeza: o confronto final entre conflitos políticos se dá por referência a um conjunto de procedimentos e de leis.

Vejamos o nosso cenário. A "Grande Liquefação" não ocorreu, nosso sistema financeiro é dos mais bem regulados do mundo e o quadro socioeconômico é positivo. A taxa de crescimento prevista para 2010 é de 5%, no mínimo, o desemprego está em baixa, a queda nos índices de desigualdade avança e se combina com a emergência atual e prospectiva de novas classes médias. A julgar pelas respostas do eleitor-consumidor às políticas sociais ativas do governo, a sensação térmica não podia ser melhor. Então, por que a pergunta "qual Estado para qual democracia" procede e adquire contornos especiais entre nós? A resposta é, a meu ver, a crescente defasagem entre a trajetória de consolidação do status econômico do Brasil, em escala global, o horizonte socioeconômico positivo, por um lado, e, por outro, a recriação, a cada passo, de um contexto institucional instável e movediço. Isso elimina o fator econômico da equação com que alguns cientistas políticos pretendem explicar o nosso subdesenvolvimento político e institucional. Os jornais das últimas semanas reforçam a seguinte hipótese: as transformações observadas no cenário econômico e socioeconômico criaram incentivos para aprofundar o ativismo avassalador do governo Lula no sentido de submeter a seu projeto de poder as instituições do Estado. De três formas: politizando-as, quando possível; submetendo-as a "testes de stress", quando não; ou ainda por omissão conveniente quando os conflitos políticos são estruturais.

A ação dos traficantes no Morro dos Macacos, no Rio - as 29 mortes e a derrubada de um helicóptero da PM -, deu sentido de urgência à solução para o déficit de Estado como poder público. Isso significa a redefinição das responsabilidades entre União e as autoridades estaduais, num dos tópicos mais sensíveis e complexos do nosso federalismo democrático. Também ilustrou a omissão do poder central no controle das drogas e, sobretudo, do tráfico de armas.

Outra dimensão do Estado, como lei, entra em pauta agora, ou seja, sua capacidade de fazer valer a lei da forma impessoal que exige o Estado de Direito. Este poder continua sendo testado justamente pela autoridade constituída para preservá-lo, o presidente Lula. Os presidentes do STF e do TSE procuraram disciplinar a desenvoltura com que o presidente e a ministra Dilma Rousseff se colocam acima da Lei Maior: misturando a atividade administrativa, a fiscalização de obras, com o uso intensivo dos recursos públicos e retóricos para fins de campanha eleitoral. Somam-se a isso os ataques aos órgãos de controle do Poder Executivo, como o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Ministério Público. O quadro de indefinição de regras se faz ainda mais contraditório graças a um novo desdobramento. Por um lado, o poder regulatório do Judiciário sobre si mesmo aumentou graças à ação disciplinadora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que conduz a modernização e a moralização desse Poder (Estado, 20 e 21/10). Mas não logrou fazer valer a lei entre os partidos, como se deduz pela migração tolerada entre estes. A politização manifesta-se de outras formas: desde as tentativas de controlar as agências reguladoras até a imposição de prazo exíguo ao Congresso para a discussão do pré-sal, passando pela intervenção branca na política de investimentos da Vale. Em meio às trapalhadas, o que isso revela é mais do que uma concepção tradicional do mix entre Estado e mercado. É a prevalência de uma percepção que define o Estado politizado: a de que as instituições são instrumentais e, por isso, formas mutáveis e transitórias de operar conflitos de interesses.

Lourdes Sola, professora da USP, ex-presidente da Associação Internacional de Ciência Política, é diretora do Global Development Network, do International Institute for Democracy e do Conselho Internacional de Ciências Sociais

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Leitura para ajudar a entender a tendência ao Estadismo

Amigos, a propósito do assunto de o Estado controlando a Economia e o desenvolvimento, sugiro alguns ótimos livros onde mostra-se, ou sugere-se, a essência, a raiz deste nosso lamentável costume. Se quisermos avançar para o primeiro mundo precisamos saber viver e trabalhar com as regras do Mercado.
A China será o exemplo mais falado para se justificar tal intervenção, contudo estamos muito longe daquele modelo onde, fundamentalmente, o desenvolvimento se dá por intermédio do coletivo e de sacrifícios para nossa idiossincrasia "impensáveis".
Sugiro esta ordem de leitura.
O primeiro é um jornalista, o segundo é um brazilianista americano que sabe escrever tanto para o público normal como para o meio acadêmico (americano, é bom que se ressalte) e o último é economista e historiador, o que sugere uma maior densidade no texto, mas ainda assim fascinante.


1808
Laurentino Gomes
http://www.fnac.com.br/1808-FNAC,,livro-438225-3154.html

Uma História do Brasil
Skidmore, Thomas E.
http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/produto.dll/detalhe?pro_id=418512&ID=BD76C9C57D90A160C0D1E1138

A Nacao Mercantilista - Ensaio Sobre o Brasil
Caldeira, Jorge
http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/produto.dll/detalhe?pro_id=430030&ID=BD76C9C57D90A160C0D1E1138

Maua - Empresario do Imperio
Caldeira, Jorge
http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/produto.dll/detalhe?pro_id=343929&ID=BD76C9C57D90A160C0D1E1138

Estadolatria versus democracia - Cesar Flores


Amigos, venho insistindo neste aspecto pois tanto a futura candidata, como o presidente e os ministros ligados ao pré-sal estão, sistematicamente, dando o recado de maior intervenção na Economia.
Vale a leitura do livro do cientista político Kenich Omahe, "O fim do Estado-Nação". Li o livro durante as viagens entre BSB e Rio quando fazia a ECEMAR, dez anos atrás, e as idéias que sublinhei ainda continuam muito válidas.
Olhando para o lado ideológico, é uma linha trotskysta de controle do Estado.
Já tivemos muitas conquistas importantes quando o Mercado foi prevalente na relação do nosso desenvolvimento.
Vale a pena ficar alerta. Se prevalecer o que eles querem nossa carga tributária não vai diminuir. Iremos ter que, via impostos, compensar áreas deficientes. Vamos acompanhar o que acontece na Venezuela. O país está em grandes dificuldades econômicas mas sentado em uma minha de petróleo.
Estaremos reinventando a roda em pleno século XXI com um fenomenal número de brasileiros com acesso à informação e à Internet.
O texto abaixo é uma senhora aula de História, apesar de breve.
Vamos ficar ligados.
Sds
Jefferson



Cesar Flores


Do absolutismo português à democracia de massa deste início de século, no Brasil sempre foi parâmetro cultural o pretenso direito de esperar o apoio abrangente, se não a dádiva do Estado da mão provedora, do protecionismo e emprego público à caridade assistencialista. Vivemos como rotina a sujeição da cidadania ao Estado (à estadania) e sempre admitimos que o progresso depende menos do esforço e sacrifício da sociedade e mais, ou até essencialmente, da iniciativa e de medidas do Estado.

Essa lógica leviatã é refletida na fantasia ufanista da grandeza nacional espontânea em razão da extensão territorial e dos recursos naturais do País. Grandeza, na verdade, virtual, cuja transformação em riqueza útil ao povo depende da correta dimensão da presença do Estado na vida nacional e da competência, da criatividade, do investimento e muito trabalho da sociedade ? ingredientes do excelente desenvolvimento dos Estados Unidos no século 19, de país colonial a primeira potência do mundo, em que o Estado era mais estímulo e regulador do que agente direto: ajudava, não atrapalhava. Se território e natureza fossem riqueza em si, Suíça, Holanda e Bélgica seriam pobres; Luxemburgo, paupérrimo... As manifestações de vaidade poética do Hino Nacional ? "gigante pela própria natureza", "deitado eternamente em berço esplêndido" e "impávido colosso" ? refletem esse ufanismo inebriante. Faltam-lhes um complemento sobre o esforço necessário para que o "impávido colosso" se levante do "berço esplendido" e transforme "a própria natureza" em riqueza, para que o Brasil deixe de ser "o país do futuro", assim classificado há 70 anos por Stefan Zweig, passando ao patamar a que de fato o credencia seu potencial.

Existem na sociedade brasileira as condições necessárias à odisseia da grande transformação, haja vista o razoável sucesso de setores de nossa economia ? é bem verdade que, mesmo eles, em geral fãs das muletas estatais, o cofre provedor e a alfândega protetora... Mas ainda falta muito para engajá-la toda na reorientação da confortável ideia de grandeza como fortuna natural ou propiciada pela mágica estatal, para a efetiva construção nacional. E isso não será fácil enquanto parte ponderável do caráter coletivo continuar dando preferência à expectativa da felicidade impulsionada pelo Estado sobrenatural do conceito expresso há quase 200 anos por Fréderic Bastiat: "O Estado é a grande ficção por meio da qual todo mundo se esforça para viver à custa de todo mundo." Todo mundo mesmo: dos políticos e apaniguados que se sentem com direito ao patrimonial-clientelismo do butim eleitoral, dos segmentos empresariais e seu trabalho associado, apoiados em financiamentos públicos, protecionismo e renúncias fiscais, dos servidores públicos que se creem credenciados às benesses de sócios preferenciais do Estado aos conformados consumidores de assistencialismo.

Tampouco será fácil enquanto grande parte da sociedade brasileira continuar aceitando, satisfeita, a euforia das ilusões, disseminada pela propaganda narcótica enaltecedora do estatismo salvacionista, que se vale de fatos positivos (entre outros, na moda hoje o petróleo do pré-sal, por muito tempo ainda riqueza virtual do "gigante pela própria natureza"...), metáforas fantasiosas e afirmações grandiloquentes para dissimular as atribulações que castigam o País: a preocupante involução aética da política, cujos efeitos permeiam tudo o mais, a iniquidade social e a exclusão conformada pelas bolsas disso e daquilo, o precário quadro da educação e da saúde (com gente morrendo nos corredores de hospitais públicos ? o que não constrange a previsão de obras grandiosas para eventos esportivos internacionais que deixarão felizes empreiteiras e afins...), o desenfreado desrespeito à lei, do delito trivial à violência e criminalidade epidêmicas, estradas destruídas, portos ineficientes, regime carcerário desumano, Judiciário de lentidão proporcional à sua singularidade no universo salarial brasileiro, Legislativo desacreditado pela semiparalisia e por práticas de (eufemismo delicado) discutível virtude... ? dezenas de deficiências que afrontam a euforia.

Aqui, como em qualquer parte do mundo, não é seguro afirmar que a saga política seja indefinidamente imune à combinação das deficiências do Estado no desempenho de suas responsabilidades com a fé fanática no Estado e a abdicação da cidadania ao Estado, seja imune à frustração psicopolítica do caráter coletivo, propenso à dádiva do "impávido colosso" e do gigantismo "pela própria natureza", ao êxtase do carnaval e feriadão, às ideias paradisíacas de bem-estar natural (da redução da jornada de trabalho, que o "impávido colosso" mágico viabilizaria sem perda de competitividade e sem custo para o consumidor...), a que a euforia ilusória aporta seu alento anestésico.

Não há hoje clima para regimes ao estilo século 20. Mas não se pode afirmar idêntica implausibilidade para o salvacionismo messiânico travestido de legalidade eleitoral-democrática, sob lideranças carismático-sebastianistas hábeis na fórmula romana "pão e circo": o pão assistencialista e o circo do oba-oba eufórico, hoje muito pré-salgado e agora também olímpico, a que a mídia cooptada pela propaganda aporta sua prestidigitação, em especial a TV, cuja imagem dispensa o raciocínio crítico. Tudo no figurino populista-estatista que parece estar voltando à América do Sul, a reboque da Venezuela, após 25 anos de recesso.

Os autoritarismos, da esquerda à direita, sempre estiveram afinados com o estatismo exacerbado e a abdicação da cidadania ao Estado, ambos inconciliáveis com a democracia plena. Até porque, se o Estado é pretendido como provedor onipresente, deve caber-lhe naturalmente a autoridade correspondente ? uma equação histórica de que o Brasil aparentemente não está livre. 

Mario Cesar Flores é almirante-de-esquadra (reformado)

Not evil, just wrong - A histeria do Aquecimento Global

Buscava o vídeo apresentado em anexo quando li que algumas universidades britânicas haviam proibido a circulação dos conteúdos em mídia e impressos do filme Inconvenient Truth, de Al Gore.
Apresento, então, um link sobre um filme lançado dias atrás sobre os custos da Histeria com o Aquecimento Global.

Os países têm o direito de se desenvolver, as sociedades têm o direito de adquirir e processar suas riquezas. Todos têm o direito a melhorarem de vida e de saúde.
Esta histeria precisa ter um controle.
Enfim, vale ver e tirar suas próprias conclusões.

Not Evil, just wrong

A grande farsa do Aquecimento Global
http://www.midiasemmascara.org/multimidia.html#Aquecimento


Film Premiering in 27 Countries Sunday Documents Human Costs of Global Warming Hysteria


quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Estado Forte e Estado Mínimo

Tenho procurado alertar aos amigos acerca de declarações soltas entre um evento público e outro quando nossos ministros falam acerca da presença do Estado na Economia.
Lutou-se muito para se ter o Estado Mínimo. Aliás li e recomendei aos amigos um excelente livro do cientista político Kenich Omahe "O fim do Estado-Nação" que fala sobre a presença mínima necessária do Estado como regulador e árbitro da atividade econômica onde o Mercado em si, não tivesse condições de arbitrar. Esse era um dos veios da doutrina neo-liberal da Economia defendida no governo de FHC e criticada pelo atual.
A crise econômica veio dar razão à esta visão declarada por Dilma e, recentemente, pelo Presidente Lula: "A crise demonstrou que o Estado é essencial na Economia."
Descobri o motivo pelo qual eles, em franca campanha, sentiram-se bem à vontade em falar assim. É que a Pesquisa Social Brasileira (PESB) revela que o brasileiro com escolaridade até a oitava série dá um enorme peso da presença do Estado na Economia. Os índices só começam a diminuir para quem tem ensino médio e superior.
Vale a pena acompanhar o que será dito no próximo ano. Acredito que só atingimos as atuais conquistas exatamente por se ter menos participação pública na Economia.

Prometeus - A Revolução da Mídia

Os links abaixo são interessantes e bons para se refletir acerca deles.
Contudo continuo tranquilo em relação a nosso país, pois apesar da enorme quantidade de pessoas com acesso à internet, ainda precisaremos de muitos anos para integrar tecnologicamente o país.


O vídeos foram feitos sob o ponto de vista de países europeus e os EUA, onde absolutamente todos os pontos daqueles territórios têm energia regular e confiável o que redunda em acesso claro e rápido à internet e telefonia.


Os links demonstram uma preocupação antiga das sociedades com melhores índices de alfabetização e de acesso ao conhecimento: A síndrome do Big Brother do romance de George Orwell. A grande mão do governo, ou mercado, sabendo de tudo sobre seus cidadãos.


Acredito, todavia, que o Mercado com sua forte e invisível mão do Marketing já, há alguns anos, consegue saber de nossas necessidades e demandas.


Vale ver e rever.




Prometeus - A Revolução da Mídia

domingo, 18 de outubro de 2009

“Pobrismo”... novamente.

A mensagem vem rolando nos emails há quase um mês.

Mostra um casal em um resort tendo sua refeição em uma barraca dentro d’água, enquanto que brasileiros, de uma cidade grande, comem e bebem em uma barraca improvisada no meio de uma enchente.

Novamente aparece uma comparação entre nós, brasileiros, lascadinhos, tadinhos mas felizes e com criatividade suficiente para sermos felizes na m...enquanto os “ricões” têm tudo do bom e do melhor, nós queremos dar a impressão de que somos pobres mas somos felizes. É a pura síntese do “pobrismo” (um excelente neologismo criado pelo blogueiro Reinaldo Azevedo da Veja).

Esse tipo de mensagem era muito comum nos anos anteriores à vitória do Lula contra o Serra. Havia um sem número de msgs dando a entender que se o Lula fosse eleito nada mais daquilo aconteceria. Bem, esta msg aparece após sete anos de governo dele. Então, o que está errado?

Como sempre digo que os errados somos nós, sociedade. Esta eterna exaltação do lascado, do melhor existe na simplicidade do morro, enaltecido por poetas, sambistas, artistas tem que mudar um pouco. Mesmo porque há uma substancial progressão de pessoas das classes E e D para as imediatamente acima. E já cansamos de ver fotos de favelas com antenas parabólicas, televisores de plasma em barracos e outros apetrechos. Claro que é bom, mas melhor seria de forma ordenada.

Mas voltando à mensagem subliminar que a msg do email quer passar.

Vou arriscar uma visão filosófica e outra antropológica para mostrar como vejo a situação.

Nossa formação é diferente da dos europeus. Lá eles são educados, em sua grande maioria, sob a orientação calvinista e weberiana, onde o trabalho é enaltecido. Trabalhar e enriquecer, gastar e gerar emprego são obrigações de todo o cidadão, não motivo de vergonha ou de comiseração como a nós é passado em nossa educação, principalmente após anos de esquerda revolucionária inserida em nossas escolas, literatura, músicas, teatro etc etc. Nossa visão católica de ver o mundo faz com que nos sintamos culpados pela pobreza de quem não teve oportunidade ou, como muito acontece hoje em dia, pendura-se no Estado por intermédio de programas assistencialistas.

Então, de fato, ambas situações estão adequadas. O casal curtindo seu conforto após a riqueza amealhada com trabalho e os nossos com a fagueirice, a galhofa, o gozo da própria situação. Ambos são semelhantes, pelo menos neste aspecto.

Uma segunda situação diz respeito ao ambiente em volta. O primeiro em um hotel de luxo, o segundo em uma rua inundada. Quem estaria mais adequado. Claro está que o primeiro. Mas porque há diferença entre os dois cenários?

Os do primeiro cenário foram criados no coletivismo social, moldado, principalmente, em guerras e inverno que são, queira-se ou não, fenômenos educativos sociais em termos de forçar o cidadão a pensar no coletivo. Durante as guerras e invernos, os dois comumente associados na Europa, se alguém não cuida de seu lixo ou entope as galerias, faltará gás para o aquecimento, haverá contaminação da água pelo lixo congelado e penetrando, por rompimento de tubulações (esgotos e tubulações nas cidades européias, antigamente, ocupavam o mesmo espaço) como em função da neve eles não emergiam, misturavam-se até servirem as casas. Naquela ocasião, muitas das cidades que sucumbiram aos nazistas o faziam, até, de bom grado, pois esperavam que estes lhes dessem o abrigo, a água potável e o aquecimento. Claro está que nem sempre ocorria, somente em cidades estrategicamente importantes. Assim, morria-se mais por infecções do que por balas ou bombas. Está nos livros sérios, é só checar.

Uma simples constatação sobre os países de PIB mais elevado ver-se-á que eles têm invernos, via de regra rigorosos, sofreram invasões ou guerras e a maioria da população professa protestantismo ou similar de com base filosófica weberiana e calvinista.

Assim, após a guerra, o cidadão era obrigado a seguir as regras sociais em benefício do coletivo. Se não cumprisse era preso ou tinha sua propriedade arrestada. Aqui viraria o tadinho, o protegido pela constituição no seu inabalável e inexorável direito de ir e vir, de ser pessoa individual lixando-se para o coletivo. Por isso que se entope as galerias de lixo, catadores de lixo usam-nas como armários, pessoas jogam lixo fora dos carros, nas ruas, nas galerias, nos canais, rios etc. Quando chove, principalmente no Rio, as águas que descem a montanha precisam, por intermédio dos rios, canais e galerias, chegar até o mar, como estão obstruídos, entopem e enchem as ruas.

Aí o cidadão irresponsável, culpa o governo por desgoverno e descaso. Mas se ele tivesse exercido seu papel de cidadania coletivista, nada disso aconteceria. Atribui seu infortúnio ao destino, à pressão em mantê-lo subserviente aos “ricões” etc e por aí vai.

Mas o sorriso no infortúnio representado nas fotos da mensagem deixam claro sua “esperança no amanhã”, o país do futuro. Aliás, desde que fiz o primário em Anchieta, no Rio, é que ouvia os professores e palestrantes visitantes falarem que fazíamos parte da geração do país do futuro. Há mais de quarenta anos atrás que estamos sentados em berço esplêndido, em um país repleto de riquezas, mas que não conseguimos avançar em direção ao primeiro mundo.

Não teremos acesso aos meios de educação coletiva que aqueles países tiveram, nossa idiossincrasia e nosso arcabouço jurídico não nos obriga a pensar no coletivo nem por isso nos responsabiliza. Lendo o “Armas, Germes e Aço” e “A riqueza e a pobreza das nações” observa-se que a idiossincrasia, a cultura social e, sobretudo, o arcabouço de leis é que fizeram substancial diferença no progresso e fracasso de Nações. Neste mesmo propósito, acabo de ler o excelente livro de Malcolm Gladwell, "Fora de Série" que também trata dos caminhos para se atingir o sucesso. Os dois primeiros, inclusive, têm muitos conceitos falados neste último livro.

Uma observação de anos sobre nosso comportamento e comprometimento sociais faz-me crer que continuaremos patinando e sendo um país em desenvolvimento por muitos anos.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Dia Mundial da Alimentação


Amigos, gostaria de ressaltar que hoje é o dia mundial da alimentação. O curioso é que não vi em nenhum grande jornal algo que ressaltasse tal iniciativa, relembrando que o Brasil retunda sucesso, no mundo, com o Fome Zero.

De maneira sucinta irei apresentar alguns links acerca de assuntos que parecem desconexos mas não são.

Assim,

Produção de alimentos precisa aumentar em 70% até 2050

http://veja.abril.com.br/noticia/saude/producao-alimentos-precisa-aumentar-70-505224.shtml

mostra um enorme desafio que precisa ser vencido por todos os países a começar de ontem.

O problema é que temos na equação os ambientalistas, ONG’s poderosas que contam com a simpatia dos inimigos íntimos de cada país por pura inocência, vamos supor, ou por incapacidade de ser ver o grande cenário.

Mais pessoas precisarão de alimentos e uma das soluções está nos alimentos trangênicos

Bill Gates diz que ideologia ameaça combate à fome

http://noticias.uol.com.br/ultnot/reuters/2009/10/15/ult729u82226.jhtm

O que aprendi em minhas pesquisas para minha tese sobre Segurança Alimentar (lembrando que sou coronel e piloto...nadaver, diria a maioria – tudaver, diria eu como cidadão!!)

Assim, se não quizermos os trangênicos precisaremos ter a mesma produção para atender a tantas pessoas, e aí a velocidade de produção precisa ser a mesma, se os trangênicos não puderem ser usados mais espaço será necessário, aí teremos desmatamentos e aí os ambientalistas e os inimigos íntimos também reclamarão.

Temos que fazer uma escolha, se reclamamos de violência, desigualdade, fome, precisamos pensar antes de ouvir, somente, os apelos das ONG’s, pois quanto mais se briga contra o avanço da fronteira verde ou áreas de produção agrícola dentro da Amazônia, mais distante fica o atingimento das metas do milênio para nós, pois o alimento barato é farto até agora, mas também temos o prazer de saber que a cada dia, graças ao atual governo, mais pessoas progridem na escala social e passam a ter direito a mais proteínas animais, mas amido, mais produtos agrícolas de maneira constante, sem interrupções para se ter três decentes refeições por dia ao longo de um ano para o resto da vida, assim concordo com a posição da ministra Dilma

Dilma: crescer mais e cortar menos poluente

http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/dilma-crescer-mais-cortar-menos-poluente-505509.shtml

Infelizmente, pelo que vejo, ou se cresce, gera empregos e bem-estar ou se preocupa com a Amazônia e o meio-ambiente (somente aquele que venha a limitar a produção de alimentos, entenda-se).

Um dos riscos que também pesquisei, diz respeito ao bioterrorismo, aquele difícil de se definir mas que existem em âmbito de grandes empresas, portanto, quando se tem uma praga, um vírus, alcança-se pessoas com baixa imunidade por se alimentarem de forma precária, assim...

Tamiflu faz lucro da Roche disparar

http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=908629&tit=Tamiflu-faz-lucro-da-Roche-disparar

Assim, caros amigos, minha função, como diz minha estimada professora Lívia, é induzi-los à reflexão.

De minha parte sugiro que passem a acompanhar tal assunto.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O culto do amadorismo

Existem algumas modas que chegam e tentam buscar seu espaço em nosso mundo organizacional amparadas em modismos de fora sem a preocupação de verificar se nossa idiossincrasia social absorve de maneira fluida estas novidades comprovadas (???) em outros países.
Durante um bom tempo lia artigos na mídia corporativa acerca de profissionais adaptáveis às mudanças organizacionais fruto da globalização. Aliás, globalização era a palavra mágica, a palavra-chave em inúmeros artigos científicos ou não. Assim, o profissional deveria estar sempre pronto para mudanças que, segundo os consultores e escritores, acontecia todo o tempo e a toda hora. Dava-me a impressão de que se comprasse um software e pegasse um engarrafamento no caminho de casa ao instalá-lo no computador ele já estaria ultrapassado.
O profissional, por sua vez, não deveria, jamais, pensar em esquentar uma cadeira nas organizações que lhes empregavam para que, com o tempo –o pior, tem sempre o danado do tempo na equação- adquirisse experiência e retornasse em competências agregadas (sempre me policio ao usar essa nomenclatura corporativa, pois há o risco de escrever uma página inteira e não dizer absolutamente nada – é um risco que corro por ler demais as revistas e artigos de mídia corporativas).
Ainda bem que a moda da “mudança” diminuiu o seu ritmo, aliás, a crise econômica que já se vai, teve de mérito dar uma considerável diminuída nestas propostas inexoráveis.
Ultimamente, contudo, vem à baila a questão das gerações. Nintendo, Playstation (ainda bem que estarei de fora quando a geração Wii começar a ser proposta nos artigos, pois lidar com pessoas em ambiente de trabalho simulando jogos de tênis, corridas, surf, windsurf etc vai ser demais para mim). O fulcro da questão é a brevidade: De tempo, de conceitos, de percepção e, como resultado infalível, de decisões questionáveis.
Pergunto-me como poderia ser possível alguém que lê pouco, que se expressa de forma sucinta (conforme propõe tais análises), liderar alguma organização em tempos tão complexos?
Será que, de fato, os CEO de grandes empresas ou multinacionais foram educados a se expressar ou ver o mundo de forma tão sucinta, blogística e clara como o apregoado para as novas gerações?
De que forma alguém que se ampara em informações breves e curtas, que escreve de forma também muito breve, consegue passar alguma informação, avaliação de cenário, estabelecer um consistente processo decisório em apenas, a título de exemplo, 140 letras? Não tem nada de errado nesta perspectiva?
Penso que nada melhor para formar um cidadão e profissional do que o hábito da leitura, da reflexão e discussão sobre o conteúdo lido. O processo decisório é complexo e, no meu caso,somente logrei êxito pois nas circunstâncias que enfrentava sempre lançava mão de um conhecimento obtido em um livro clássico ou não que havia lido.
Por exemplo, muito do que enfrentaram como problema de mitigação da enchente de Florianópolis poderia ser antecipado, como também evitado, se tivessem lido e discutido “Os miseráveis”, ou “Germinal”, ou “The Great Deluge” na época em que os envolvidos eram universitários ou jovens.
Ademais, o que há de mérito em um livro clássico? O autor debruçou-se em pesquisas, reflexão, contemplação da vida social e econômica em uma determinada época e exprimiu sua impressão por intermédio das artes. É por isso que se observa na biografia dos grandes CEO ou líderes sociais que os estudos de artes ou literatura estão densamente contidos em sua formação.
Quando a nós, uma das coisas ruins herdadas foram os pensamentos da Revolução Cultural de1968 iniciada em Paris. Ali o foco era se libertar dos grilhões da cultura e da formação tidos como retrógrados e nós, infelizmente, abraçamos com êxtase o culto do amador, do meia-sola, das questões de múltipla escolha, do resuminho, do macete para vestibular, das questõeszinhas que caem mais em concursos. Hoje nos deparamos com uma geração economicamente ativa de abúlicos que reclamam estarmos à mercê do mercado, dos políticos, das desventuras e buscando caminhos holísticos e espiritualizados para compensar as deficiências adquiridas.
Esse tipo de iniciativa de se exultar tais gerações irá, perigosamente, estimular o culto do meia-sola, do marromenos, do poraí que tanto nos assombra ultimamente.
Uma vez mais fomos classificados em 47º lugar em leitura dentre 54 países consultados. Será que esta será nossa saída para o primeiro mundo? E o que acontecerá quando estas gerações forem responsáveis pela gestão dos serviços públicos, de transporte, de energia, de produção industrial, financeira, de saúde pública e seguridade social? O que se esperar de decisões tomadas ou exaradas em circulares, portarias ou leis no estilo de blogs ou de micro-blogs. Para uma outra visão do fenômeno insisto na sugestão da leitura do livro "O Culto do Amador" de Andrew Keen (bastante questionado, diga-se de passagem), que toca, também, neste tipo de tendência.
Quanto aos renitentes em tais gerações penso que o mercado reservará para eles o eterno papel de coadjuvantes ou subalternos.

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