sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Como será o Brasil em 2030

Como será o Brasil em 2030

Estudo da Ernest and Young, consultoria internacional.

“- O Brasil será o 5o maior mercado consumidor do mundo
- A classe C passará de 13% para 23% das famílias
- Norte e Nordeste são as regiões que terão maior crescimento % de consumo
- As expor
tações de manufaturados crescerão a 1,8%/ano, chegando a US$ 183 bi.
-
O Brasil será o 7o maior mercado consumidor de energia
- O PIB brasileiro crescerá 150%, alcançando US$ 2,4 trilhões.
- Serão formadas cerca de 2,5 milhões de novas famílias por ano”

Essas e outras dezenas de previsões estão em um conjunto de 4 análises setoriais (competitividade industrial, energia, consumo e mercado habitacional), elaboradas e publicadas pela consultoria Ernst&Young.

O ano que o estudo tomou por base foi o de 2007, antes da crise econômica iniciada nos EUA o que desequilibrou a dinâmica econômica mundial, assim, nossa expansão depende, sobremaneira, da estabilidade dos países que exportamos.


Também neste ano não havia previsão do imbróglio do gás boliviano quando nosso presidente cedeu o que vem encarecendo a matriz energética das regiões sul e sudeste.

Tampouco Lugo era presidente a exigir a revisão do fornecimento de energia elétrica pela Itaipu Binacional. Novamente a energia elétrica fundamental para a consolidação do nosso PIB sofreu aumento.

Ainda neste particular, não havia a paralisação e potencial de atraso na construção das hidrelétricas do Rio Madeira que, certamente, atrasará o fornecimento pleno de energia hoje em déficit. O “apagão” que também influi em nosso PIB ainda não está afastado.

Não havia a intervenção de Chavez no Mercosul, em particular nos contratos de fornecimento de carne e de matéria prima da Argentina para os demais países do bloco, inclusive para nós sendo este mercado responsável por considerável parcela de nossa exportação também daquelas regiões.

O próprio estudo revela ser fundamental a capacidade de trânsito de bens e de serviços para se obter desenvolvimento econômico. E neste particular, o próprio Ministério dos Transportes já revelou que somente 13% de nossa malha rodoviária tem condições de atender um crescimento discreto do PIB.


Os problemas recentes na consecução das obras do PAC, irregularidades nas licitações e obras superfaturadas, de acordo com o TCU, deixam claro o quão complexo se é desenvolver infra-estrutura em um país de dimensões continentais.

Os países considerados na comparação feita pelo estudo não possuem uma Amazônia ou um pantanal que dificultam, sobremaneira, a integração de todos os segmentos sociais do país, sem falar na ação dos ambientalistas que dificultam a ampliação de nossa matriz energética.


O relatório também não considerou a peculiaridade de nossa pesada carga tributária (superior a 38% do PIB – muito devido ao modelo assistencialista e não sustentável) sequer o alto índice de economia informal que possibilita a progressão entre as camadas E para D e desta para C, com o detalhe de não haver arrecadação e muitas despesas públicas na presença de economia informal o que sobrecarrega quem cumpre com suas obrigações.

Enfim, após ler dois dos estudos da Ernest and Young (em um total de cinco - energia e potencial de consumo - fiquei com a impressão de que muito do que foi previsto dificilmente se verificará na razão e intensidade com a qual eles estão apregoando.

Pretendo dar seqüência ao estudo e postar alguns comentários.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

GEOMAPS


celulares

ClustMaps