quinta-feira, 15 de outubro de 2009

A geração Playstation já está entre nós...e daí??

Amigos, mais um modismo corporativo surge no intuito de se iniciar um amplo debate.
Assim, seguem meus comentários ao fim do extraído, ispi literis, do blog do HSM.


Na esteira da geração Y, a Playstation vai mudar, consideravelmente, nossas vidas. A geração Playstation viverá intensamente 24 horas por dia, dormirá menos, terá dificuldade de se relacionar e não sentirá a vida passar. Basta olhar como se comportam. Nasceram em plena era digital, são filhos tardios da geração X e filhos precoces da Y.
Usam e abusam das redes sociais, como Orkut, Facebook e Twitter. Escrevem em apenas 140 caracteres e não conseguem desenvolver uma redação na escola que exija textos com mais de três parágrafos. Isso mesmo, três parágrafos (não lhe parece familiar?).
Pior ainda é se precisam construir frases mais bem elaboradas. As abreviações fazem parte de seu dia a dia e se você ousar contestar ouvirá a seguinte pérola: “Você não sabe o que é isso? Tá ultrapassado”. Tempo para refletir e raciocinar? Nem pensar!
E, apesar de dominarem o e-mail, preferem o MSN. Querem saber por quê? Porque a comunicação precisa ser mais rápida, instantânea, igual a preparar miojo, ferve por três minutos e está pronto.
Recentemente, li uma pesquisa da professora de redação e retórica, da Universidade de Stanford, Andrea Lunsford. Ela concluiu que a geração Y lê e escreve tanto quanto as outras. Para provar sua tese, Andrea realizou um estudo com mais de 14 mil estudantes, coletando trabalhos, ensaios, textos de jornais, e-mails e blogs, entre 2001 e 2006.
Para ela, apesar de estarmos no meio de uma revolução na forma de escrever, a tecnologia não está destruindo a nossa habilidade de expressão e comunicação. Pelo contrário. Sua primeira constatação é de que a geração Y está escrevendo muito mais do que as outras gerações, justamente pela interação on-line, que exige escrever o tempo todo.
Se escrever desse jeito for uma evolução, não sei o que encontraremos pela frente. Minha teoria é de que viveremos um retrocesso, voltaremos à época de altas taxas de analfabetismo funcional. Se hoje encontramos tantos jovens ou mesmo executivos incultos e que mal sabem escrever direito, imagine nessa nova cultura da geração Playstation?
Eis aqui um grande desafio, ou melhor, um enorme desafio!

Amigos, convenhamos, como poderia ser possível alguém que lê pouco, que se expressa de forma sucinta, liderar alguma organização em tempos tão complexos?
De que forma alguém que se ampara em informações breves e curtas, que escreve de forma também muito breve, consegue passar alguma informação, avaliação de cenário, estabelecer um consistente processo decisório em apenas 140 letras. Não tem nada de errado nesta perspectiva não?
Penso que nada melhor para formar um cidadão e profissional do que o hábito da leitura, da reflexão e discussão sobre o conteúdo lido. O processo decisório é complexo e somente logrei êxito pois nas circunstâncias que enfrentava sempre lançava mão de um livro clássico ou não que havia lido.
Por exemplo, muito do que enfrentaram como problema de mitigação da enchente de Florianópolis poderia ser antecipado, como também evitado, se tivessem lido e discutido “Os miseráveis”, ou “Germinal”, ou “The Great Deluge” na época em que os envolvidos eram universitários ou jovens.
Fica a sugestão de outra opinião além daquela da pesquisadora citado no blog transcrito, no livro "O Culto do Amador" de Andrew Keen, que toca, também, neste tipo de tendência. O link abaixo é uma análise superficial e até desqualificatória feita por um crítico da Veja. Acho que ele não leu o livro na íntegra.

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