Minha tese foi sobre Segurança Alimentar. Sou piloto, sou oficial da aeronáutica, deveria estar falando de aviões, superioridade aérea, aeroportos, enfim, coisas do gênero. Todavia precisava pesquisar algo que viesse a representar uma potencial ameaça futuro ao desenvolvimento e bem-estar no mundo.
Durante o governo Sarney tive experiência em pilotando helicópteros, transportar membros da polícia federal em busca de bois e grãos escondidos para que o valor aumentasse em venda no mercado negro. Como presenciei muitos tumultos em ruas e supermercados por causa de prateleiras vazias resolvi tentar ir à fundo neste tema. Surpreendi-me com a densidade e periculosidade da dificuldade de acesso ao alimento que existe no mundo. Concluí minha tese ao mesmo tempo em que a crise de alimentos chegava ao seu pico, ou seja, dois anos antes já antevia o problema. Era a crônica da morte anunciada.
A Monsanto, empresa americana, começou a pesquisar e desenvolver alimentos e fertilizantes geneticamente modificados fazendo uma prospecção no tempo. Hoje, como detém a patente é bombardeada, há mais de dez anos, por empresas européias, com o auxílio, é claro, da mídia mundial que pouco esclarece.
Então amigos, segue uma sugestão para reflexão antes que ONG’s busquem eventualmente, simpatia entre vocês para se tornarem inimigos íntimos de nosso desenvolvimento o que espero que não ocorra.
Assim, não há condições de se alimentar cerca de quatro bilhões de pessoas que, além de passarem fome, não todos os quatro bilhões, claro, mas os que começam a ter condições de ter carnes e nutrientes mais sofisticados à mesa de forma constante, sem sobressaltos.
Para isso precisa-se de fertilizantes para produção em larga escala pois não existe agricultura familiar no mundo, orgânica (como quer a moda) que consiga dar vazão a tanto consumo. Imaginem quantos Paulos Zulus e seus quintais precisar-se-ia para se alimentar, com três decentes refeições, quatro bilhões de pessoas a mais, ao longo de 356 dias. Assim, matematicamente se os ambientalistas parassem para pensar...
Quanto a nós, acho lamentável a perseguição ao avanço da fronteira agrícola na Amazônia. Tenho a coragem de dizer, pois além de conhecer de perto a Amazônia, fiz uma tese sobre falta de alimentos no mundo. Acho que consigo conversar, pelo menos, dez minutos sobre o assunto sem falar bobagens que é o rótulo quando se questiona a posição dos ambientalistas.
Bill Gates diz que ideologia ameaça combate à fome
http://noticias.uol.com.br/ultnot/reuters/2009/10/15/ult729u82226.jhtm
A luta para acabar com a fome está sendo afetada por ambientalistas que insistem que grãos geneticamente modificados não podem ser usados na África, afirmou nesta quinta-feira Bill Gates, bilionário fundador da Microsoft.
Gates afirmou que grãos geneticamente modificados, fertilizantes e produtos químicos são ferramentas importantes -- ainda que não as únicas ferramentas -- para ajudar as pequenas fazendas africanas a ampliarem sua produção.
"Este esforço global para ajudar pequenos fazendeiros é ameaçado por uma ideologia que ameaça dividir o movimento em dois", apontou Gates em seu primeiro discurso sobre agricultura feito no fórum World Food Prize.
"Algumas pessoas insistem numa visão ideal de ambiente", afirmou Gates. "Eles tentaram restringir a disseminação da biotecnologia na África sub-saariana sem considerar o quanto ela pode reduzir da pobreza, ou o que os próprios fazendeiros querem".
A Fundação Bill e Melinda Gates tem focado na ajuda aos pobres nos últimos anos, assim como em crescimento de pequenos fazendeiros e venda de mais grãos como uma forma de reduzir a fome e a pobreza.
A fundação, que se comprometeu com 1,4 bilhão de dólares para esforços com desenvolvimento agrícola, anunciou nesta quinta-feira nove doações novas num total de 120 milhões de dólares visando aumento nos lucros e especialização dos fazendeiros nos países em desenvolvimento.
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