quarta-feira, 30 de maio de 2018

A Lei magna que nos falta...

Hoje ouvi de um ator, a propósito do depoimento de um juiz que era pobre e que se projetou na vida a partir de seu trabalho infantil E ESCOLA, uma frase magistral.

O brasileiro com sua contumaz aversão a acompanhar a vida nacional e a política (não politicagem) a cada dia fica mais e mais refém de aproveitadores absolutamente preparados, articulados e, sobretudo, dominadores dos meios de comunicação midiática. Destarte, o senso crítico está a cada dia mais empatado sobretudo por esse enxurrada de informações e informações manipuladas quando não totalmente falsas.

Continuo na convicção de que toda essa movimentação de caminhoneiros, país a fora, não poderia ter sucesso na articulação se não houvesse empresários, sindicatos e, ponto de vista, a mão do PT para atingir um cenário mais amplo.

Todavia, para minha perplexidade, tenho visto defesas acirradas oriundas de profissionais liberais com elevado nível de formação acadêmica. Defendem que os caminhoneiros são autônomos e não vinculados aos partidos ou sindicatos.

Uma breve visão de quem acompanha o país há mais de trinta anos: Eles são vinculados a CNT (Comfederação Nacional dos Transportes) a mesma que SEMPRE encomendou “pesquisas” junto a SENSUS. De tais pesquisas Lula SEMPRE sai votorioso em TODOS cenários.

Lula, em 2009, instituiu um programa de desenvolvimento, similar aos PAC, que permitiu empresas, autônomos e desempregados a adquirirem caminhões a juros de 7% com carência de 8 anos para quitar- a propósito, eles demandam renegociação e ampliação desse prazo junto às reduções do diesel).

Lula com isso visava fortalecer o ABC, montadoras e empresas na cadeia produtiva de caminhões e carrocerias e não, propriamente, melhorar a economia (com o decorrente fortalecimento dos sindicatos ligados ao setor de transporte).

Discordo que os caminhoneiros sejam essenciais à Nação. É uma visão romanceada e politicamente correta pois eles são essenciais ao mercado (como qualquer outra categoria produtiva) e não à nação com um tônus de exclusividade. Dentre outros exemplos de essencialidade, há autônomos catadores de lixo, brita, rejeitos industriais e hospitalares etc que complementam a estrutura de limpeza urbana municipal. Eles tem serventia semelhante à dos caminhoneiros autônomos que complementam os caminhoneiros ligados às transportadoras. 

Agora imaginem se esses "autônomos da atividade essencial de limpeza urbana" vierem a pensar e agir parando suas atividades como os caminhoneiros... o país entra em colapso (explosão epidêmica e endêmica com baixíssimo nível de vacinas nos postos do SUS).

Com a proximidade de outubro a Nação carece de eleitores mais maduros, esclarecidos e menos sucetíveis a embarcar nos modismos fátuos, risíveis e politicamente corretos.

O brasileiro tem ojeriza à falar de política. Não falo de politicagem, posto que nossas atividades essenciais do dia a dia são, NECESSARIAMENTE, assuntos derivativos da política gerencial pública inexoravelmente impregnada e dependente da política partidária. Assim, educação, saúde pública, geração de empregos, tributação, carga tributária, energia, transporte, mobilidade urbana, segurança, habitação, orçamento público, dívida ativa pública, indústria, comércio nacional e internacional, etc etc etc TODOS SÃO DEPENDENTES das decisões políticas que o cidadão eleitor, deliberadamente, ignora dando prioridades a coisas lúdicas, risíveis, novelas, futebol, programas de auditório etc etc etc. Não admira ser tão sobeja e frequentemente manipulado.

Dizia assim o ator no programa: : "A principal lei que deveria prevalecer no Brasil é a LEItura!!". Simples, cirúrgico...

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