terça-feira, 2 de março de 2010

China enfrenta escassez de mão-de-obra

Amigos, esta reportagem mostra como são complexas as ações no campo da economia.
Vale a pena considerar este fenômeno abaixo descrito pois ele causará impactos, bons e ruins, na economia mundial.

Se muitos chineses voltam a suas origens pode se inferir que haverá investimentos fortes nos setores de energia e de infra-estrutura, pois eles terão recursos para aquecer as economias locais e estas demandarão mais produtos e serviçoes que, por sua vez, demandarão melhorias significativas na rede rodoviária e de distribuição de energia.

Ao mesmo tempo, os produtos que de lá vinham com pressos que sufocavam os micro e pequenos empresários, agora e com o passar do tempo, perderão competitividade dando mais espaço para os produtos domésticos.

Vale a pena acompanhar.


China enfrenta escassez de mão-de-obra

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O governo chinês agora tem mais um motivo para se preocupar em relação à recuperação do mercado industrial. Após início de altas nas exportações, números de uma pesquisa realizada pelo Centro de Serviço de Mercado de Recursos Humanos de Guangzhou (Cantão, em português) mostram que falta mão-de-obra no país onde o contingente parecia ser inesgotável.

Em maio de 2007, a Academia Chinesa de Ciências Sociais divulgou um relatório que previa a queda para 2010 em razão da superestima da mão-de-obra. De acordo com o documento, o número de trabalhadores rurais com menos de 40 anos que migram em busca de uma vida melhor está na casa dos 52 milhões - ou seja, muito menos que as estimativas anteriores, que calculavam em 100 milhões ou 150 milhões de pessoas.

A perspectiva não apenas se concretizou, como inúmeros chineses voltaram para as cidades de origem – localizadas no interior do país – graças à criação de mais postos de trabalho na zona rural, como resposta a um plano de estímulo fiscal implementado pelo governo. Atualmente, a população rural da China chega a 720 milhões de pessoas, mais da metade dos habitantes do país.

O panorama preocupa donos de grandes empresas, que antes acreditavam que a diminuição de mão-de-obra não passaria de um fenômeno temporário. Agora, porém, temem não poder atender à demanda que o mercado vem trazendo. Além disso, segundo o New York Times, a falta de trabalhadores elevou o salário em até 20% nas fábricas chinesas, o que poderia fazer aumentar os preços de alguns produtos, gerando um aumento da inflação na China.

Carência

De acordo com o jornal britânico Financial Times, a situação mais crítica é na província de Guangdong, onde se produz um terço de todas as exportações chinesas. Dados da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China indicam que atualmente, na província, há cerca de 2,5 milhões de empregos não preenchidos. As províncias de Jiangsu, Zhejiang e Shandong também apresentam escassez de trabalhadores qualificados.

"A China está passando de uma era de mão-de-obra excedentária para a carência de mão-de-obra. O conceito de disponibilidade ilimitada no país precisa ser revisto ", comenta o jornal China Daily, nas conclusões do relatório.

Até agora, a mão-de-obra barata vinha servindo como um dos motores para a conversão do país na potência econômica mundial que é hoje. Pensando nisso, o governo chinês afrouxou as regras que proíbem habitantes de zonas rurais de mudar-se para cidades para trabalhar e está oferecendo isenções tributárias para incentivar os chineses no exterior a voltarem ao país.

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