Que tipo de organização, dentre os 20% a pesquisa evidenciou?
empresas dos setores de tecnologia, mineração e industrial.
Quais seriam os cargos e que níveis de liderança, a partir deles, os jovens exercem?
O poder nas mãos da geração Y
http://portalexame.abril.com.br//revista/exame/edicoes/0963/economia/poder-maos-geracao-y-537422.html?page=1
A pesquisadora do Hay Group diz que 20% dos jovens com menos de 30 anos que trabalham nas empresas brasileiras já ocupam cargos de liderança
De acordo com um estudo recente coordenado pela pesquisadora Caroline Marcon, da consultoria de recursos humanos Hay Group, cerca de 20% dos jovens que trabalham em grandes empresas brasileiras já ocupam cargos de liderança. O levantamento foi realizado com 5 600 profissionais nascidos a partir da década de 80, a chamada geração Y, em empresas dos setores de tecnologia, mineração e industrial.
1) A proporção de pessoas da geração Y em cargos de liderança foi surpreendente?
Já havia uma percepção de que a ascensão da geração Y está ocorrendo mais rapidamente do que a de seus antecessores. Além de quantificar o fenômeno, a pesquisa mostrou que essa evolução está ocorrendo de forma ainda mais veloz do que se imaginava.
2) Por que a trajetória da geração Y é mais acelerada?
Em comparação com os executivos mais velhos, os jovens da geração Y tiveram muito mais acesso a informações mais cedo. Com isso, eles chegam às empresas com uma bagagem diferenciada de formação, domínio de idiomas e uso de novas tecnologias, um conjunto de habilidades que facilita a evolução da carreira.
3) Em quais áreas de negócios a participação de pessoas da geração Y em cargos de liderança é maior?
Em geral, empresas de tecnologia são mais conectadas com os valores dessa geração. No Brasil, companhias como BuscaPé, Nextel e Oi estão entre as que possuem uma quantidade acima da média de funcionários e líderes da geração Y.
4) O Brasil se destaca no número de jovens que já ocupam posições-chave nas empresas?
Seguimos tendências mundiais. Estima-se que, em 2014, a geração Y será quase metade da força de trabalho mundial.
OBS: A pergunta foi feita acerca de uma situação presente, a resposta foi dada em termos de projeção futura sem especificar se o fenômeno ocorre na mesma intensidade no Brasil. Para mim a pergunta não foi respondida.
5) Quais são as mudanças de cultura que a geração Y está trazendo para as empresas?
Os representantes da geração Y são mais interdependentes e tendem a trabalhar melhor em equipe do que seus antecessores. Por causa disso, têm uma demanda maior por avaliações de desempenho e uma relação mais informal com os superiores, ainda que respeitem uma liderança que considerem inspiradora e legítima.
A pergunta é: E se não considerarem a liderança inspiradora e legítima (baseado em que parâmetros?), o que eles fazem? Desqualificam? Ignoram? Isto não é bom para os demais integrantes da organização.
Se eles ficam antenados em crescer e, a qualquer momento, abandonar a empresa ou os liderados, como é que têm embocadura moral para arbitrar se o líder é legítimo ou não?
6) Existem ainda muitos conflitos entre gerações?
Ainda é muito difícil para os profissionais mais velhos entender como os mais jovens conseguem fazer tantas coisas simultaneamente. Questionam se o fazem com qualidade e comprometimento, já que por vezes estão conectados ao MSN, falando ao telefone, ouvindo música ao mesmo tempo em que trabalham.
Enfim, existe ou não o conflito?
7) Outra das características da geração Y é a alta rotatividade. Ao chegar a postos de liderança, esses jovens tendem a sossegar num mesmo lugar?
Não. Independentemente do nível hierárquico, eles vão ser sempre ansiosos por galgar posições mais altas e oportunidades de aprendizado, por isso irão manter o radar ligado em oportunidades dentro e fora da companhia. Essa noção de apego e sacrifício por uma determinada empresa não faz parte do repertório da geração Y.
Nota-se que na resposta do quesito 6 há uma razão para os mais velhos na organização se preocuparem se há comprometimento ou não, além de um lastimável exemplo para os liderados: Não ter apego e sacrifício para com sua organização.
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Enfim, para mim há que se considerar o cenário e ambiência nos quais estes jovens líderes estão inseridos. Assim, considerando-se nossa idiossincrasia brasileira ,latina, patrimonialista e cartorialista, a questão de não se comprometerem com suas funções buscando, com os radares ligados para abandonarem o barco na primeira oportunidade faz com que eles não sejam vistos como líderes legítimos e sim pessoas preocupadas com suas próprias carreiras.
Ademais, fica claro que esses jovens não devam ser muito comuns em ambiente de perfil fabril clássico como são os das indústrias de mineração e demais organizações industriais. Como já tive experiência em ambos ambientes, a questão do " vestir a camisa" muito celebrado e estimulado anos atrás, é um eixo fundamental sobre o qual a " legitimidade" da liderança se apóia.
Por fim, salvo melhor juízo, não consigo vislumbrar como é que, em apenas quatro anos, com o perfil relações funcionais prevalente em nossas empresas e a predominância daquelas do segmento de construção e fabril, a propósito até do PAC, os jovens venham a subir de 20% para 50% dos postos de liderança dessas organizações sem quererem demonstrar apego e sacrifício pela organização que trabalham.
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Olá, tenho 54 anos, sou administrador de empresas, e exerço um cargo de alta chefia em minha empresa. Concordo com seu artigo, lidero um grupo de mais ou menos 50 pessoas e fico abismado com a velocidade e a cede por conhecimento dos jovens... O estagiário que trabalha mais diretamente comigo esta em processo de graduação em administração, quer saber de tudo e de todos... É impressionante... Vejo que os demais funcionários que lidero já estão acomodados... E a geração y esta realmente chegando pra mostrar que não esta para brincadeira...
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