sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Eduardo ameaça PT, diz The Economist




Conceituada publicação inglesa põe o governador como a principal ameaça à reeleição de Dilma Rousseff, reportagem aborda prós e contras da gestão Eduardo no Estado

A revista britânica "The EcEduardo ameaça PT, diz The Economist, presidente nacional do PSB, apresentando-o como uma "possível ameaça à reeleição" da presidente Dilma Rousseff (PT) em 2014. "Ele (Eduardo) é formalmente um aliado de Dilma Rousseff, sucessora de Lula na Presidência. Mas é também uma ameaça potencial para a sua reeleição no pleito de 2014", diz a matéria.Entre as razões apontadas pela revista para a ascensão dele, estão o "sucesso" de sua administração no governo de Pernambuco e a "falta de novos quadros" nos dois partidos considerados "os mais importantes do Brasil" pela revista: PT e PSDB. "Enquanto os dois principais partidos que comandaram o Brasil desde 1995 sentem falta de novos quadros, o sucesso de Campos em Pernambuco o torna (no momento) o político de maior visibilidade no País".

Em uma retrospectiva da gestão de Eduardo, a The Economist avalia que a política industrial adotada por ele é uma das razões de seu sucesso. "Enquanto o resto do Brasil se preocupa com a desindustrialização, Pernambuco não: desde que Campos tornou-se governador, em 2007, a fatia da indústria na economia do Estado aumentou de 20% para 25%, e vai atingir 30% em 2015, segundo dados do próprio governador", aponta a revista. "Esse "boom" trouxe praticamente o emprego pleno àquele Estado, ao mesmo tempo que também trouxe escassez aguda de mão de obra", diz.

A revista afirma ainda que o aumento nos salários recebidos pela população ? conquista atribuída ao governador pela revista ? auxiliou a chegada de investimento privado em Pernambuco. "A Fiat está prestes a começar o funcionamento de uma fábrica ao lado da principal estrada no norte do Recife. Fábricas de comida, roupas e calçados estão chegando ao interior pobre do Estado", afirma.

A vitória de seu partido nas eleições municipais ? quando o PSB tornou-se o quinto partido com o maior número de prefeituras sob seu comando e o quarto com o maior número de habitantes governados ? é apontada como outro fator de ele ter se tornado uma ameaça à reeleição da presidente Dilma.

Como contraponto, a revista afirma que Eduardo ainda não solucionou questões relacionadas à pobreza em Pernambuco. É ressaltado também o passado político de sua família, com seu avô, Miguel Arraes. A revista britânica diz ainda que muitos o criticam por ser uma "versão moderna dos antigos coronéis", destacando que "algumas pessoas" dizem que ele "não desafiou a antiga ordem rural, trocando apoio por empregos e favores, além de congelar os dissidentes".

De acordo com a The Economist, o antecessor dele no governo, Jarbas Vasconcelos, já teria deixado as bases do "renascimento" de Pernambuco. "Ele teve sorte porque seu antecessor ? menos alardeado ? lançou as bases do renascimento de Pernambuco. Ele se apoiou nisso para modernizar o Estado", conclui a reportagem.

Fonte: Jornal do Commercio e O Estado de S. Paulo
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