Leio os jornais internacionais que têm como principais acionistas investidores em nosso país onde os juros são altos com esta finalidade de captar recursos que, hoje em dia, em função das taxas praticadas pelo governo, não permitem que nossas empresas, principalmente as de médio porte, responsáveis pela expressiva quantidade de mão-de-obra empregada, consigam fazer poupança interna e alavancar o desenvolvimento autônomo -mais modernamente "sustentável"- de nossa economia.
Tenho a impressão que nossa idiossincrasia não vai permitir que deixemos de ser os eternos "país do futuro". Digo isto principalmente porque nos falta o principal ingrediente: A visão do coletivo. Nós, infelizmente, em meu ver, não a temos.
Ao sair hoje pela manhã para uma caminhada que se pretendia ser relaxante, deparei-me, logo cedo, com vendedores autônomos de água cantando, aos berros de um inconveniente auto-falante ou caixa-de-som, seu produto, fora água ou gás de cozinha, tanto faz, para defender o "dele" ele não está nem aí se o cidadão que paga os impostos que, certamente, ele não recolhe, quer dormir um pouco mais tarde ou pelo menos curtir um agradável silêncio matinal.
Quase pisei em fezes de cachorro, na calçada, logo na saída da garagem do prédio, deixadas ali por um dono ou dona que não está nem aí para sua responsabilidade coletiva de bem-estar social. Isto eu verifico ao longo do calçadão da praias, além de muito mais do que fezes de animais jogados na cara calçada.
Ontem deparei-me, também, com uma cena muito comum em vários estados de nosso país. Ao ir ao shopping-center e ter tido o cuidado de não estacionar em vagas reservadas, vi jovens e adultos, andando fagueiros em seus próprios pés, abandonando o carro, diga-se de passagem até mal estacionados, nas vagas reservadas para idosos e deficientes.
Enfim, uma miríade de exemplos que não nos fazem merecedores de uma melhor posição econômica, pois o pouco que, eventualmente, viermos a amealhar com uma improvável poupança interna, será desperdiçado, também, para se corrigir tais vícios que também, depedram nosso patrimônio público.
Não adianta estarmos sentados em um colchão de pré-sal fluindo de nossos quintais logo abaixo das raízes, se não tivermos postura para sermos uma sociedade desenvolvida.
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