quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Cientistas querem mudar IPCC após escândalo do clima


Relembre-se que em função dos estudos, irrefutáveis, desse Instituto, nosso Min do Meio Ambiente empurrou, goela abaixo, um decreto, via anuência do presidente, reduzindo nossas emissões de CO2 em até 38% (como se vai medir ninguém sabe) até 2020.



Segue um link após a leitura do texto abaixo.

De trás para a frente


Cientistas querem mudar IPCC após escândalo do clima


Após uma série de polêmicas, o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática) deve reforçar seus procedimentos, evoluir e, inclusive, se transformar profundamente, avaliam vários cientistas que contribuíram com seus trabalhos.
Criado há 20 anos e premiado com um Nobel da Paz, o IPCC publica a cada seis ou sete anos um boletim que serve de referência nas negociações internacionais sobre mudança climática.
Em um artigo publicado nesta quarta-feira (10) na revista científica Nature, intitulado O IPCC: devemos honrá-lo, transformá-lo ou suprimi-lo? (em tradução livre), cinco cientistas fazem propostas que vão desde uma maior frequência na publicação à criação de um instrumento que permita um "debate aberto" do tipo Wikipédia, a enciclopédia coletiva mais famosa do mundo.
Há três meses, as polêmicas se multiplicaram sobre o organismo criado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e pela Organização Meteorológica Mundial (OMM).
Com ou sem razão, essas polêmicas exercem pressões sobre o Painel, que contribuiu com seus trabalhos para discussões entre países sobre a situação do clima no planeta.
Pouco antes da COP15, a cúpula da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre mudanças climáticas, ocorrida em dezembro passado na Dinamarca, explodiu um escândalo conhecido como "climagate". Milhares de mensagens eletrônicas de cientistas prestigiados que colaboraram com o IPCC foram publicadas na internet. Algumas delas deram a entender que os autores ocultaram dados que contradiziam o aquecimento climático.
Como se não fosse pouco, em janeiro o IPCC admitiu um lamentável erro ao afirmar em seu último boletim (de 2007) que as geleiras do Himalaia se derretiam mais rápido que as outras do mundo e podiam "desaparecer até 2035, ou antes disso".
Para Mike Hulme, da Universidade de East Anglia, no Reino Unido, as estruturas e os procedimentos do IPCC estão "caducos".
O cientista propõe o encerramento dos trabalhos do órgão e sua substituição após a publicação do próximo relatório, previsto para 2014, por três entidades diferentes: a primeira, encarregada dos conhecimentos científicos, publicaria regularmente sínteses sobre o estado das pesquisas; a segunda se dedicaria ao estudo das repercussões regionais; e a terceira às respostas políticas possíveis.
Thomas Stocker, da Universidade de Berna, considera que, em meio a um debate frequentemente apaixonado, o IPCC não deve de nenhuma maneira "ceder à pressão" de publicar cada vez mais rápido, e deve reivindicar sem complexos a elaboração de um informe cujos tempos são diferentes das ONGs, das instituições ou dos grupos de pressão.
Eduardo Zorita, do centro de pesquisas GKSS de Hamburgo, na Alemanha, estima que o IPCC ocupa hoje "um espaço confuso entre a ciência e a política" e sugere que ele seja transformado em uma agência independente, citando o exemplo da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica).
Na opinião de John Christy, da Universidade do Alabama, nos Estados Unidos, a única maneira de mostrar "a heterogeneidade dos pontos de vista científicos" seria criar uma espécie de Wikipédia do IPCC.
"O resultado seria mais útil que grossos livros e ofereceria uma representação mais honesta do debate científico."
Finalmente, o presidente do IPCC, o indiano Rajendra Pachauri, que descartou toda idéia de demissão, defende o balanço do IPCC.
"O balanço tem avaliações transparentes e objetivas de mais de 21 anos, estabelecidas por dezenas de milhares de cientistas no mundo." (Fonte: Portal R7)
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