sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Haitianos desiludidos com seus dirigentes sonham com Obama ou Chávez

O título pode parecer um paradoxo, mas não o é.


Quando passei, ainda que brevemente, pelo Haiti, em 2008, havia um forte rancor contra Bush porque ele havia, como doador maior do Banco Mundial e do Banco Interamericano de Desenvolvimento, exigido da ONU e do Haiti garantias para os investimentos das empresas privadas americanas na recuperação daquele país caribenho.


Claro está que Preval, usando de seu direito de não ser questionado em suas decisões soberanas, não queria auditorias em seu país. Aquele americano estava cumprindo seu papel de resguardar o patrimônio dos americanos que doariam, a perder de vista, recursos para os haitianos.


Aproveitando espertamente, este vácuo, Chavez, no uso de suas atribuições de governante totalitário, garantiu recursos a Preval sem cobrar as garantias.


Este foi um passo decisivo para angariar simpatias do povo do país que seria, em tese, trampolim para negócios menos recomendáveis entre o presidente venezuelano e Fidel Castro, também, pela mesma razão, suposto ícone daquela sociedade.


Observe-se, contudo, que a reportagem ao entrevistar uma pessoa, infere que toda a sociedade pensa da mesma forma, o que não é verdade.


Os amigos, olhando um mapa, poderiam inferir o que significa um poligono marítimo ligando Venezuela, Guatemala, Honduras, Cuba e Haiti e entenderão um pouco sobre a implicância de Chavez com a Jamaica e as Ilhas Holandesas, que abrigam navios americanos, a poucas milhas da costa venezuelana.


Há muito pouco de ideologia e muito negócio rentável nesta relação de cunho socialista e bolivariano.

Haitianos desiludidos com seus dirigentes sonham com Obama ou Chávez

Nenhum comentário:

Postar um comentário

GEOMAPS


celulares

ClustMaps