O brasileiro quer mudanças, quer mudanças profundas, a pergunta que fica: Ele sabe como esta mudança ocorrerá? Por onde, por que e de que forma começar uma mudança radical?
A mudança precisa ocorrer nele mesmo. O brasileiro não gosta de se envolver em problemas, terceiriza seu envolvimento com instituições. O despachante e o procurador são os atores que melhor representam seu baixo grau de envolvimento e de responsabilidade social e de cidadania. Se ele se envolvesse diretamente na resolução de seus problemas entenderia as dificuldades, os problemas, as manias, manhas e "atalhos" processuais e éticos. Assim teria embocadura de exigir mudanças. Tornando-se um ponto comum na conscientização da maioria dos brasileiros, os serviços e contatos do cidadão com as instituições públicas melhorariam substancialmente.
O cidadão não gosta de estar presente em reuniões de condomínio de onde mora. Justifica suas cobranças dizendo estar pagando as taxas condominiais e quer resultados. Não quer saber como os problemas são resolvidos, como é difícil a contabilidade. Apenas cobra, exige, reclama de má-versação de recursos, de fraude contábil e de desonestidade.
O procurador, o despachante do cidadão em uma perspectiva maior é o vereador, o deputado. Este ano passaremos por mais um suplício de Sísifo. O cidadão irá votar, achar que cumpriu, plenamente, suas obrigações políticas e de cidadania. Logo voltará as costas para a complexa administração pública e, logo em seguida, usará o lugar comum, o senso comum de que nada funciona por causa da corrupção.
Esta dinâmica precisa mudar, o cidadão tem que se envolver mais e procurar conhecar acerca da complexidade de se gerenciar um orçamento público municipal e estadual.
É uma necessidade, o cidadão não deve abrir desta responsabilidade se quiser que seus filhos e netos tenham um Brasil melhor.
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A questão, meu caro amigo, é que o voto da maioria não é responsável. Votam para retribuir vantagens ou favores pessoais, e não para o que seja melhor para o país !
ResponderExcluirabs
Heck
Sou da opinião de que as pessoas votam segundo seus interesses, justamente porque encontram, aí, uma forma mais fácil de resolver seus problemas imediatos. Justamente pelo nosso histórico de "não-envolvimento" com os nossos problemas sociais, vivemos do provisório em tudo! Concordamos com as cotas para estudantes negros e de escolas públicas nas universidades, porque é muito trabalhoso resolver o problema da educação e da desigualdade no país; votamos a favor do bolsa família, porque é muito mais cômodo receber migalhas, deitado no sofá da minha casa, que trabalhando pela mudança no meu país. A Copa de 2014 está aí... e como nosso país está se preparando com relação à nossa rede de transportes e segurança? Não estou vendo muitas ações, mas a gente sempre dá um jeitinho com soluções provisórias. Nos acostumamos com muito pouco... por isso votamos em troca de favores. O dia em que resolvermos querer mais, a situação desse país vai melhorar e principalmente, o dia em que reconhecermos que a parcela de responsabilidade não é "do brasileiro", como se brasileiros fossem somente "os outros", mas é minha. Eu, como cidadão e cidadã deste país também sou responsável por modificar a situação ao meu redor.
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