domingo, 15 de julho de 2012

Mudança e cidadania


O brasileiro quer mudanças, quer mudanças profundas, a pergunta que fica: Ele sabe como esta mudança ocorrerá? Por onde, por que e de que forma começar uma mudança radical?

A mudança precisa ocorrer nele mesmo. O brasileiro não gosta de se envolver em problemas, terceiriza seu envolvimento com instituições. O despachante e o procurador são os atores que melhor representam seu baixo grau de envolvimento e de responsabilidade social e de cidadania. Se ele se envolvesse diretamente na resolução de seus problemas entenderia as dificuldades, os problemas, as manias, manhas e "atalhos" processuais e éticos. Assim teria embocadura de exigir mudanças. Tornando-se um ponto comum na conscientização da maioria dos brasileiros, os serviços e contatos do cidadão com as instituições públicas melhorariam substancialmente.

O cidadão não gosta de estar presente em reuniões de condomínio de onde  mora. Justifica suas cobranças dizendo estar pagando as taxas condominiais e quer resultados. Não quer saber como os problemas são resolvidos, como é difícil a contabilidade. Apenas cobra, exige, reclama de má-versação de recursos, de fraude contábil e de desonestidade.

O procurador, o despachante do cidadão em uma perspectiva maior é o vereador, o deputado. Este ano passaremos por mais um suplício de Sísifo. O cidadão irá votar, achar que cumpriu, plenamente, suas obrigações políticas e de cidadania. Logo voltará as costas para a complexa administração pública e, logo em seguida, usará o lugar comum, o senso comum de que nada funciona por causa da corrupção.

Esta dinâmica precisa mudar, o cidadão tem que se envolver mais e procurar conhecar acerca da complexidade de se gerenciar um orçamento público municipal e estadual.

É uma necessidade, o cidadão não deve abrir desta responsabilidade se quiser que seus filhos e netos tenham um Brasil melhor.
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2 comentários:

  1. A questão, meu caro amigo, é que o voto da maioria não é responsável. Votam para retribuir vantagens ou favores pessoais, e não para o que seja melhor para o país !
    abs
    Heck

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  2. Sou da opinião de que as pessoas votam segundo seus interesses, justamente porque encontram, aí, uma forma mais fácil de resolver seus problemas imediatos. Justamente pelo nosso histórico de "não-envolvimento" com os nossos problemas sociais, vivemos do provisório em tudo! Concordamos com as cotas para estudantes negros e de escolas públicas nas universidades, porque é muito trabalhoso resolver o problema da educação e da desigualdade no país; votamos a favor do bolsa família, porque é muito mais cômodo receber migalhas, deitado no sofá da minha casa, que trabalhando pela mudança no meu país. A Copa de 2014 está aí... e como nosso país está se preparando com relação à nossa rede de transportes e segurança? Não estou vendo muitas ações, mas a gente sempre dá um jeitinho com soluções provisórias. Nos acostumamos com muito pouco... por isso votamos em troca de favores. O dia em que resolvermos querer mais, a situação desse país vai melhorar e principalmente, o dia em que reconhecermos que a parcela de responsabilidade não é "do brasileiro", como se brasileiros fossem somente "os outros", mas é minha. Eu, como cidadão e cidadã deste país também sou responsável por modificar a situação ao meu redor.

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