Durante os governos militares havia a muito criticada reserva de mercado em informática, automóveis e calçados, uma vez que precisava se proteger a iniciante indústria nacional nesses segmentos. Veio o governo Sarney e todas as medidas tomadas anteriormente nesse sentido foram abolidas em nome de uma "nova ordem".
A sorte é que nosso parque de informática e automobilístico já podiam andar com as próprias pernas e hoje ninguém atribui aos governos militares a proteção para sua infância e juventude.
As práticas de relações internacionais começaram a "cochilar" nesse sentido e FHC teve o mérito de incentivar a nova idéia de mercado comum, o MERCOSUL.
Agora a China, seja diretamente ou por intermédio da Venezuela, tenta penetrar produtos fora do estabelecido em acordos ratificados na OMC. Enquanto nossas Relações Internacionais não forem mais efetivas nesse sentido os empregos de milhões de brasileiros poderá correr riscos futuros.
A sorte é que nosso parque de informática e automobilístico já podiam andar com as próprias pernas e hoje ninguém atribui aos governos militares a proteção para sua infância e juventude.
As práticas de relações internacionais começaram a "cochilar" nesse sentido e FHC teve o mérito de incentivar a nova idéia de mercado comum, o MERCOSUL.
Agora a China, seja diretamente ou por intermédio da Venezuela, tenta penetrar produtos fora do estabelecido em acordos ratificados na OMC. Enquanto nossas Relações Internacionais não forem mais efetivas nesse sentido os empregos de milhões de brasileiros poderá correr riscos futuros.
China dribla barreira via Argentina
O Estado de S. Paulo
Empresas suspeitam que chineses estejam usando a Argentina para trazer produtos para o Brasil e burlar medidas de defesa comercial
Iuri Dantas / BRASÍLIA - O Estado de S.PauloA China vem utilizando a Argentina para burlar as medidas adotadas pelo governo brasileiro para proteger a indústria da invasão de produtos do gigante asiático. Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior comprovam que a exportação de algumas mercadorias pelo sócio do Mercosul disparou depois que o governo sobretaxou os mesmos artigos chineses.
Levantamento feito pelo Estado com base na balança comercial do primeiro semestre indica que um em cada cinco produtos vendidos pela Argentina ao Brasil é "novo", ou seja, são mercadorias que não foram importadas no mesmo período do ano passado. O volume é significativo, mas como os produtos são baratos eles respondem por 1,15% do valor total comprado pelo Brasil do vizinho.
Além dessa leva de novos produtos, o que tem chamado a atenção dos empresários é a forte entrada de alguns artigos, que geram a suspeita de triangulação para burlar as medidas de defesa comercial. A importação de alto-falantes, por exemplo, cresceu 5.383% somente no primeiro semestre, depois que foi imposta uma sobretaxa para impedir a entrada dos equipamentos chineses.
"A Argentina tem um ou dois fabricantes. Está vindo muito produto de lá, mas é provavelmente triangulação da China", disse Marco Antônio Peñas, executivo da fabricante de alto-falantes Arlen, empresa que atua no setor há 43 anos.
Escovas. As indústrias do setor de escovas de cabelo também desconfiam que os concorrentes da China têm usado a Argentina para colocar seus produtos no mercado brasileiro. Segundo Manolo Canosa, presidente da Comissão de Defesa da Indústria Brasileira (CDIB) e fundador da Escovas Fidalga, uma das empresas do setor chegou a fazer um teste com os chineses para saber como poderia burlar a trava brasileira à entrada de escovas produzidas em Pequim. "O fornecedor ofereceu três opções para escapar do imposto: trazer via Taiwan, Vietnã ou Argentina", disse o executivo.
Segundo o empresário, a concorrência com os produtos chineses tem provocado fortes perdas para a indústria nacional, com fechamento de fábricas e demissões. "O setor está minguando. Fazíamos três turnos e hoje temos apenas dois. Sobraram duas empresas, o resto virou importador."
Não é de hoje que a segunda maior economia do mundo utiliza terceiros países para evitar punições comerciais, mas até este ano os casos eram mais restritos a países asiáticos, onde os chineses mantinham centros de distribuição para aplicar etiquetas falsas antes de reexportar.
Quando a Argentina entra na lista de países usados pelos chineses, cresce a possibilidade de dano ao Brasil porque a maioria de seus produtos não paga imposto na fronteira por ser integrante do Mercosul.
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