sábado, 23 de julho de 2011

Cor ou raça influenciam no dia a dia, dizem 63,7%

Precisamos nos conhecer. A sociedade brasileira vive espalhada em 5560 municípios. Via de regra procura se pensar e "enxergar" a sociedade brasileira por intermédio de levantamentos estatísticos que, por sua vez, dado ao exemplo de resultados de pré-eleições demonstraram ser ferramentas de fácil manipulação política e, sobretudo, ideológica.

O retrato do brasileiro é diverso e não, necessariamente, aquele demonstrado por movimentos sociais adstritos às capitais e grandes cidades.

Enquanto não nos conhecermos sob vários aspectos e diferentes lentes não teremos condições de ser uma sociedade coesa em busca de grandes objetivos comuns.



Cor ou raça influenciam no dia a dia, dizem 63,7%
O Estado de S. Paulo 


Ser branco, negro, moreno, pardo, amarelo ou indígena faz diferença nas relações pessoais, especialmente no trabalho e diante da polícia ou da Justiça, acredita a maioria da população de todas as regiões do País.

Pesquisa do IBGE com 15 mil pessoas em cinco Estados e no Distrito Federal mostrou que para 63,7% a cor ou raça influencia no dia a dia. Um terço (33,5%) disse não identificar nenhum peso da cor no cotidiano.

O resultado surpreendeu o coordenador da pesquisa, José Luís Petruccelli. "Pensei que o porcentual dos que percebem a influência de cor ou raça na vida das pessoas fosse maior. A grande maioria tem alguma experiência de discriminação. Em que planeta vivem os que disseram que não há influência?"

Quanto mais jovens, ricos e com mais anos de escolaridade, maior foi a percepção dos entrevistados quanto ao peso da cor ou raça no cotidiano. Os negros foram os que mais apontaram tratamentos diferentes - na escola, no convívio social e até no casamento. Outras situações apontadas foram no atendimento à saúde e nas repartições públicas.

O músico belo-horizontino Victor Dias, de 24 anos, que se autoclassifica "negro", coleciona histórias: foi revistado sete vezes pela polícia - muitas delas acompanhado dos pais. O episódio mais recente aconteceu nesta semana. Ele aguardava a mãe dentro do carro, em frente a uma agência bancária, quando foi abordado. "Ele perguntou se eu era dono do carro e se já tinha sido preso. Mesmo depois que minha mãe voltou, ele continuou insistindo." / L.N.L. e T.R.
.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

GEOMAPS


celulares

ClustMaps