No intuito de permitir conhecimento de fatores acerca da essencialidade de Belo Monte, o artigo abaixo faz um isento e bem elaborado elenco de argumentos explicados com isenção ideológica e com aporte de dados técnicos e críveis.
Procurei, para ajudar, ressaltar pontos núcleo dos argumentos do autor.
Para que, de fato, quiser conhecer, vale a pena ler e guardar.
A polêmica da construção de Belo Monte
Procurei, para ajudar, ressaltar pontos núcleo dos argumentos do autor.
Para que, de fato, quiser conhecer, vale a pena ler e guardar.
A polêmica da construção de Belo Monte
Luiz Gonzaga Bertelli
Correio Braziliense
Vice-presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e conselheiro e diretor da Fiesp-Ciesp Consoante menciona Dias Leite, a condenação que fazem aos grandes e novos aproveitamentos hidroelétricos tem quatro fundamentos:
* a necessidade do deslocamento de populações e atividades econômicas rurais;
* os danos à flora e à fauna;
* as modificações que se processam nas águas dos próprios reservatórios em função da vegetação remanescente submersa e
* a modificação do regime dos rios à jusante da barragem.
No tocante às populações a serem deslocadas, trata-se de problema frequente nas regiões de grande população como China e Egito, onde ocorreu a necessidade de mudança de mais de 100 mil pessoas. A usina hidroelétrica de Belo Monte, em construção no Rio Xingu, no Pará, será a segunda hidroelétrica do Brasil, menor apenas que a Itaipu Binacional, compartilhada por Brasil e Paraguai. Com capacidade de produção estimada de 11 mil megawatts, entrará em operação em 2015, devendo adicionar ao sistema elétrico brasileiro 4.571MW médios de energia. Trata-se de carga suficiente para atender a 40% do consumo residencial de todo o país.
Belo Monte responde aos interesses do governo de produzir energia limpa, renovável e sustentável a fim de assegurar o desenvolvimento econômico e social da nação.
Belo Monte é, possivelmente, o projeto hidroelétrico mais estudado da história do sistema elétrico brasileiro. Os primeiros estudos começaram na década de 1980 e, desde então, o projeto original sofreu várias modificações para que fossem reduzidos os impactos ambientais. Será construída em regime de fio d"água, o que permitirá redução expressiva no tamanho do reservatório e, consequentemente, da área a ser inundada, propiciando a manutenção das condições de vida das etnias indígenas e das comunidades que habitam a região do entorno da usina.
Devido à operação do reservatório com nível constante e vazões mínimas mantidas na Volta Grande do Xingu, Belo Monte vai gerar energia sem provocar alterações na hidrologia do rio. É inquestionável que a demanda de energia elétrica cresce a passos largos no Brasil graças ao desenvolvimento econômico do país e dos brasileiros e, consequentemente, do acentuado consumo residencial, comercial e industrial. No ano passado, por exemplo, o uso da energia elétrica cresceu 7,8% em comparação com 2009. Nos últimos anos, a população do Brasil passou a ter maior acesso aos bens de consumo duráveis como micro-ondas, geladeiras e televisores. Foi ampliado o acesso à luz elétrica para camadas cada vez mais amplas da sociedade. Ainda existe um percentual significativo de domicílios não eletrificados.
Desde as fantásticas construções hidroelétricas da era Franklin Roosevelt nos EUA (1937-1942) e da União Soviética (1955-1958), foram realizados grandes aproveitamentos de recursos hídricos, em diversos países em desenvolvimento, entre os quais o Brasil (Furnas 1963). Belo Monte oferece a alternativa de geração de energia elétrica mais econômica em comparação com qualquer outra fonte energética disponível na região. A mesma quantidade de energia, 4.571 MW médios, apresentaria custo 73% superior se produzida em pequenas centrais hidroelétricas, e ainda mais elevado caso fosse gerada utilizando biomassa, gás natural, energia eólica ou nuclear. Para produzir, por exemplo, a energia equivalente a Belo Monte por meio de pequenas centrais hidrelétricas, seria preciso alagar área até três vezes superior. Mais grave ainda, caso o volume de energia gerado pelo empreendimento fosse produzido em usinas térmicas abastecidas com gás natural, seriam lançadas mais de 16 milhões de toneladas de gás carbônico na atmosfera. Foi tomado o cuidado de não inundar terras indígenas, que permanecerão intocadas pela barragem, canteiros de obra, estradas de acesso e demais estruturas de engenharia necessárias para a construção.
Belo Monte será provida de escadas de peixes, assim como Itaipu e as usinas em implantação nos rios Madeira, Santo Antônio e Jirau. Está previsto que a piracema não será impedida pelo barramento, preservando o equilíbrio da fauna aquática do Rio Xingu. O empreendimento vai gerar quase 20 mil empregos diretos e inúmeros empregos indiretos na região. O efeito indireto sobre a economia também será significativo, com o aumento na demanda por trabalho, fornecedores de serviços e insumos, dinamizando a estrutura produtiva das comunidades próximas à hidroelétrica. Conforme previsto no próprio edital do leilão, está garantido o compromisso do empreendedor com o desenvolvimento socioeconômico do Xingu. O concessionário deverá aportar R$ 500 milhões ao Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável do Xingu, promovido pelo governo do Pará. Como se apregoa, os movimentos sociais e as lideranças indígenas da região são contrários à obra porque consideram que os impactos socioambientais não estão suficientemente dimensionados.
Para o prof. José Goldemberg, a utilização dos grandes rios da Região Norte apresenta dificuldades devido às distâncias dos mananciais aos centros consumidores. A questão poderia ser resolvida por meio de linhas de corrente contínua. Contudo, a persistência governamental em construir Belo Monte está baseada em sólida estratégia de argumentos, dentro da lógica e de vantagens comparativas da matriz energética brasileira. Os rios da margem direita do Amazonas têm declividades propícias à geração de energia, e o Xingu se destaca, também, pela posição em relação às frentes de expansão econômica (predatória) da região central do país. O desenho de Belo Monte foi revisto e os impactos reduzidos em relação à proposta da década de 1980. Por exemplo, o lago inicialmente previsto para ter 1.200km² foi reduzido para 400km².
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* a necessidade do deslocamento de populações e atividades econômicas rurais;
* os danos à flora e à fauna;
* as modificações que se processam nas águas dos próprios reservatórios em função da vegetação remanescente submersa e
* a modificação do regime dos rios à jusante da barragem.
No tocante às populações a serem deslocadas, trata-se de problema frequente nas regiões de grande população como China e Egito, onde ocorreu a necessidade de mudança de mais de 100 mil pessoas. A usina hidroelétrica de Belo Monte, em construção no Rio Xingu, no Pará, será a segunda hidroelétrica do Brasil, menor apenas que a Itaipu Binacional, compartilhada por Brasil e Paraguai. Com capacidade de produção estimada de 11 mil megawatts, entrará em operação em 2015, devendo adicionar ao sistema elétrico brasileiro 4.571MW médios de energia. Trata-se de carga suficiente para atender a 40% do consumo residencial de todo o país.
Belo Monte responde aos interesses do governo de produzir energia limpa, renovável e sustentável a fim de assegurar o desenvolvimento econômico e social da nação.
Belo Monte é, possivelmente, o projeto hidroelétrico mais estudado da história do sistema elétrico brasileiro. Os primeiros estudos começaram na década de 1980 e, desde então, o projeto original sofreu várias modificações para que fossem reduzidos os impactos ambientais. Será construída em regime de fio d"água, o que permitirá redução expressiva no tamanho do reservatório e, consequentemente, da área a ser inundada, propiciando a manutenção das condições de vida das etnias indígenas e das comunidades que habitam a região do entorno da usina.
Devido à operação do reservatório com nível constante e vazões mínimas mantidas na Volta Grande do Xingu, Belo Monte vai gerar energia sem provocar alterações na hidrologia do rio. É inquestionável que a demanda de energia elétrica cresce a passos largos no Brasil graças ao desenvolvimento econômico do país e dos brasileiros e, consequentemente, do acentuado consumo residencial, comercial e industrial. No ano passado, por exemplo, o uso da energia elétrica cresceu 7,8% em comparação com 2009. Nos últimos anos, a população do Brasil passou a ter maior acesso aos bens de consumo duráveis como micro-ondas, geladeiras e televisores. Foi ampliado o acesso à luz elétrica para camadas cada vez mais amplas da sociedade. Ainda existe um percentual significativo de domicílios não eletrificados.
Desde as fantásticas construções hidroelétricas da era Franklin Roosevelt nos EUA (1937-1942) e da União Soviética (1955-1958), foram realizados grandes aproveitamentos de recursos hídricos, em diversos países em desenvolvimento, entre os quais o Brasil (Furnas 1963). Belo Monte oferece a alternativa de geração de energia elétrica mais econômica em comparação com qualquer outra fonte energética disponível na região. A mesma quantidade de energia, 4.571 MW médios, apresentaria custo 73% superior se produzida em pequenas centrais hidroelétricas, e ainda mais elevado caso fosse gerada utilizando biomassa, gás natural, energia eólica ou nuclear. Para produzir, por exemplo, a energia equivalente a Belo Monte por meio de pequenas centrais hidrelétricas, seria preciso alagar área até três vezes superior. Mais grave ainda, caso o volume de energia gerado pelo empreendimento fosse produzido em usinas térmicas abastecidas com gás natural, seriam lançadas mais de 16 milhões de toneladas de gás carbônico na atmosfera. Foi tomado o cuidado de não inundar terras indígenas, que permanecerão intocadas pela barragem, canteiros de obra, estradas de acesso e demais estruturas de engenharia necessárias para a construção.
Belo Monte será provida de escadas de peixes, assim como Itaipu e as usinas em implantação nos rios Madeira, Santo Antônio e Jirau. Está previsto que a piracema não será impedida pelo barramento, preservando o equilíbrio da fauna aquática do Rio Xingu. O empreendimento vai gerar quase 20 mil empregos diretos e inúmeros empregos indiretos na região. O efeito indireto sobre a economia também será significativo, com o aumento na demanda por trabalho, fornecedores de serviços e insumos, dinamizando a estrutura produtiva das comunidades próximas à hidroelétrica. Conforme previsto no próprio edital do leilão, está garantido o compromisso do empreendedor com o desenvolvimento socioeconômico do Xingu. O concessionário deverá aportar R$ 500 milhões ao Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável do Xingu, promovido pelo governo do Pará. Como se apregoa, os movimentos sociais e as lideranças indígenas da região são contrários à obra porque consideram que os impactos socioambientais não estão suficientemente dimensionados.
Para o prof. José Goldemberg, a utilização dos grandes rios da Região Norte apresenta dificuldades devido às distâncias dos mananciais aos centros consumidores. A questão poderia ser resolvida por meio de linhas de corrente contínua. Contudo, a persistência governamental em construir Belo Monte está baseada em sólida estratégia de argumentos, dentro da lógica e de vantagens comparativas da matriz energética brasileira. Os rios da margem direita do Amazonas têm declividades propícias à geração de energia, e o Xingu se destaca, também, pela posição em relação às frentes de expansão econômica (predatória) da região central do país. O desenho de Belo Monte foi revisto e os impactos reduzidos em relação à proposta da década de 1980. Por exemplo, o lago inicialmente previsto para ter 1.200km² foi reduzido para 400km².
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