sábado, 18 de fevereiro de 2012

Rafael Correa, ditador

Equador em pleno carnaval. Por quê?!?!
Junto com a Cuba, Venezuela, Bolívia, Argentina, Paraguai e Uruguai, fazem parte de nosso colar, fazendo fronteira direta conosco -menos o Equador e Cuba, claro-.

Todos recebem "negócios" multimilionários de nossas multinacionais i.e Odebrech, OAS (motivo pelo qual o cidadão carnavalesco deve ficar atento, pois eventualmente a empresa que ele trabalha pode fazer parte da cadeia de produção dessas "multinacionais"), dentre outras e recebem ajuda oficial governamental para "equilibrar" suas economias.

Todos usam fartamente programas assistencialistas e sufocam partidos e oposição.
Todos são signatários do Foro de São Paulo. Todos recebem assistência e consultoria de governo de nosso governo -via de regra com a presença do Frei Beto nos bastidores. Todos se fizeram representar no lançamento oficial da candidatura de Dilma a presidência.

Todos, enfim, como nós, controlam as notícias que o cidadão comum lê. Motivo pelo qual você que lê estes argumentos agora jamais tenha se tocado disto.



Rafael Correa, ditador
EDITORIAL 
FOLHA DE SP

Existem diversas maneiras de aferir se existe democracia num país. A mais infalível é verificar se ali o governante se sujeita a críticas públicas -ainda que veementes, mesmo se injustas- sem que o autor seja punido por expressá-las.
Essa possibilidade não existe mais no Equador. Na quinta-feira, a Corte Nacional de Justiça daquele país confirmou sentença que condenava três diretores e um colunista do jornal "El Universo" a três anos de prisão e ao pagamento de multas que totalizam nada menos que US$ 40 milhões.
A condenação se deveu a artigo publicado em fevereiro de 2011 no qual o presidente do país, Rafael Correa, era qualificado de "ditador". O texto dizia que o autocrata incidira em crime de lesa-humanidade, por ter ordenado ataque militar a um hospital onde ele próprio se achava sitiado. Referia-se ao rocambolesco episódio da greve de policiais em Quito, que deixou dez mortos, em setembro de 2010.
Desde que se elegeu, em 2007, Correa deflagrou uma escalada de ataques à democracia. Segue os passos de outros dois presidentes populistas com quem tem afinidade ideológica, Hugo Chávez, da Venezuela, e Evo Morales, da Bolívia.
Trata-se de instalar uma democracia plebiscitária, com base nos amplos recursos de intimidação e corrupção do Executivo, destinada a eternizar o dirigente no poder. Forjam-se reformas constitucionais, coloca-se o Judiciário sob a tutela do governo, suprime-se, na prática, o direito de divergir.
Milícias organizadas pelo governo tratam de hostilizar a oposição e instalar um ambiente cada vez mais polarizado. Vultosas verbas são destinadas à assistência populista, com o propósito de comprar apoio nas parcelas mais dependentes da população.
Tudo é apresentado como revolução que libertaria o povo do jugo das elites locais e dos Estados Unidos, cuja imagem é invariavelmente usada como bode expiatório na estratégia de aglutinar adesões em torno do governo.
Mas, sob a retórica saturada de clichês passadistas e apelos emocionais, o que mal se disfarça é o empenho do presidente e de sua facção de exercer a ditadura em nome de ideais democráticos, de oprimir para "libertar".
A verdadeira sustentação desses regimes repousa nos preços do gás (Bolívia) e do petróleo (Venezuela e Equador), itens que dominam suas economias e cuja riqueza é apropriada pelo governo. Dotadas de sociedades civis débeis e pouco complexas, são nações que não se livrarão com facilidade dos algozes que elegeram.
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