quarta-feira, 27 de junho de 2018

A intervenção sob dois pontos de vista distintos IMPORTANTE LEITURA


Ambos textos são coerentes e fazem uma perfeita radiografia dos nossos atuais problemas. 
Por mais paradoxal que possa lhes parecer, CONCORDO COM AMBOS!!

Encaminho para leitura atenta e reflexão.


NADA MUDARÁ DE UMA HORA PARA OUTRA NO BRASIL!
Gen Bda Paulo Chagas

Caros amigos

Nas FFAA não há ninguém conivente ou contente com o que se passa em nosso país, no entanto, todos confiam que a mudança virá no tempo e da forma que a circunstância ditar.

A grande preocupação dos Militares é com a manutenção da ordem interna. Eles sabem que nada mudará de uma hora para outra em um país que vem sendo destruído pelo populismo socialista, há mais de 30 anos, e que a aquisição de novas ATITUDES e novos VALORES só será feita por intermédio da educação e do acesso à verdade e à cultura!

Eles sabem também que a formação de uma nova geração não é algo que se imponha pela força ou que se conduza por um atalho qualquer! 

Aí ficam as perguntas: Será que o povo brasileiro terá  serenidade para manter a estabilidade e participar da reconstrução? Será que teremos inteligência, perseverança e resignação para sofrer com o Brasil durante o tempo que demandará a formação de uma nova geração com as atitudes e os valore que irão, definitivamente, reerguer e sustentar a Nação? Será que saberemos manter-nos unidos e responsavelmente participativos? Ou será que continuaremos apenas a observar, inertes, como fizemos durante a sua destruição?

Se os brasileiros não estiverem unidos, preparados e dispostos a enfrentar estes desafios só faremos enfraquecer as nossas defesas e preparar o terreno para uma nova e mais poderosa investida dos arautos a inveja, da mentira e da mediocridade.

Gen Bda Paulo Chagas


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Contraponto à opiniões do Gen Paulo Chagas em “NADA MUDARÁ DE UMA HORA PARA OUTRA NO BRASIL!”
Antônio Thomé - Cel QEM e Professor Universitário

A sociedade brasileira vive momentos muito difíceis, sem comparação com qualquer outro ao longo dos últimos sessenta anos. Hoje se colhe frutos de erros e equívocos cometidos, porque não admitir que houveram, e que deram espaço a implementação de um plano bem elaborado, seguindo premissas muito bem formuladas e com o objetivo da implantação de um regime totalitário socialista bolivariano. Quem cala consente e como minha leitura do problema diverge em vários pontos a do autor, sinto-me compelido a refutar suas colocações.

Que nada muda de uma hora para outra é uma verdade, mas também é verdade que nada muda se não for alterado o ponto, a intensidade ou a direção da aplicação da força modificadora. Como esperar que flores germinem em terreno infectado e inóspito? Só por milagre ou ingenuidade daquele que investe tempo e não energia na busca por mudanças.

Que nas FFAAs não há conivência ou contentamento com o que se passa no País, eu continuo fazendo força para crer, pois me custa aceitar que companheiros que passaram pelas mesmas escolas de formação e fizeram os mesmos juramentos em prol da Pátria possam, um dia, vir a mudar as cores de seus uniformes. Que nosso Exército deixe de ser o braço forte e a mão amiga para se tornar o braço forte e a mão opressora, como em todos os países admiradores da foice e do martelo.

Colocar nas costas do povo a responsabilidade por adquirir novas ATITUDES e VALORES e, a partir deles, escolher caminhos virtuosos para construção de uma nova sociedade com esse maiúsculo, é, a meu ver, uma desculpa esfarrapada e uma exigência inviável de brotar do nada. [sobretudo se a formação da consciência de cidadania fica a cargo de instituições contaminadas - igrejas, escolas, família e mídia - a partir dos seis anos de idade] , Temos hoje um País com uma das piores distribuições de renda do mundo, com mais da metade da população praticamente abaixo da linha da pobreza, nunca tivemos uma sociedade tão inculta, com tantos analfabetos funcionais e onde a esquerda, mesmo durante os governos militares, investe numa sistemática doutrinação e lavagem cerebral das pessoas desde a infância e numa dependência fisiológica através das diversas bolsas esmolas praticadas pelos governos.

Adquirir novas ATITUDES e VALORES, é fundamental acho que todos concordamos, mas isso só será viável a médio e longo prazo, como fruto de uma mudança radical em todo o processo de ensino atualmente em vigor e totalmente aparelhado, de cima a baixo, desde o nível fundamental ao superior. Quem fará essas mudanças? E até a colheita dos frutos, como serão os dias da nação? Será que tudo se imobiliza até o bolo ficar pronto? O País precisa de um tratamento de choque, rápido, eficaz e de curta duração, para então colocarmos homens de bem e patriotas no controle do leme.

Me causa espécie ver o imobilismo que impera nas três forças. Será que vocês, companheiros da reserva, e eles, da ativa, conseguem, ainda, ver um mar de rosas onde muitos outros brasileiros, veem só areia movediça engolindo tudo que ainda resta de bom na sociedade? A corrupção sistêmica não é o foco do problema, mas apenas a ponta do iceberg, estabelecida como parte da estratégia de cooptação de “inocentes úteis” e forma de subsidiar o verdadeiro plano de ocupação bolivariana do poder sob a cartilha gramscista do Foro de São Paulo.

A meu ver, só uma intervenção cirúrgica de assepsia seria capaz de unir o povo, artificialmente dividido e patrulhado, e fazê-lo participar, com afinco e patriotismo, da reconstrução do País. A ação não deve ter objetivos de permanência no poder, mas tão somente de restabelecer as condições mínimas para convocar, o quanto antes, uma eleição geral que seja confiável, sem vícios e que o povo tenha apenas candidatos ficha limpa para escolher. Do contrário, nada mudará, a longo nem a longuíssimo prazo, afinal nosso Brasil luta há mais de 500 anos para vencer os entraves de se tornar uma nação de primeira grandeza mesmo sendo o País que está sentado sobre as maiores riquezas naturais do planeta.

Colocar todas as fichas num jogo eleitoral a ser jogado nas regras, no campo e com os juízes escolhidos pelos adversários, é colocar o destino do País em um altíssimo risco de descer de vez a ladeira e sem qualquer chance de recuperação. Analisar e ponderar diferentes cenários é fundamental e aqueles que só veem e lutam por uma solução “politicamente correta” serão os principais responsáveis pela grande derrocada e eu não me permito ficar omisso porque não quero dividir essa mancha na biografia que espero deixar para meus descendentes. Ainda há tempo de evitar o desastre e, como brasileiro, espero que o texto sirva para reflexão dos que detêm o poder de mudar a trajetória do barco, que ruma sem direção e desgovernado.

Antônio Thomé - Cel QEM e Professor Universitário

#intervençãomilitar 

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