quinta-feira, 7 de junho de 2018

Um terço dos trilhos no País está abandonado

Bem, procuro ir um pouco além do "lugar comum" das notícias jogadas pela mídia sem qualquer compromisso com o esclarecimento.
Em um pais perdulário como o nosso que, "cheio de direitos" gera uma ENORME dívida ativa pública, temos os chineses como os maiores detentores, possuidores, dos títulos dessa mesma dívida ativa pública desde que Lula alardeou ter "quitado a dívida externa" quando, na verdade, fez uma quitação transferindo recursos dos principais bancos que ele chamava de "zelites" e pago na forma de emissão daqueles títulos.
Isso fez com que os chineses, na perspectiva de nos achar meros detentores de commodities, passassem a investir pesado em nossa economia extraivista e energética. Como sabem que nosso sistema de transporte e escoamento é predominantemente rodoviário, para baratear os custos das safras, produdos animais e minérios passou a investir na "ajuda" aos nossos governos para investir em ferrovias. Só que já sabem que temos outras prioridades e que nossa dívida ativa pública mais a baixíssima capacidade de poupança interna (o que nos faz absolutamente dependentes de investidores externos) não prioriza investimentos em recuperação e deitamento de novos trilhos e infra-estrutura. O que o governo prioriza sabiamente, e recuperar nossa indústria (cerca de 800 BILHÕES de dólares...só para atualizar...só para atualizar e não criar, o parque fabril brasileiro).
Então o que fazem os chineses, articulam com seus partidos (PT, PDT, PSOL etc - lembrem que DEZOITO...DEZOITO partidos liderados por Romero Jucá foram "convidados" à convenção internacional do Partido Comunista...lembrem...quer dizer, se algum dia prestaram atenção a esse fato...) que (agora inferência minha) mobilizaram como eminências pardas, os "caminhoneiros autônomos" a paralisarem o país....
PRONTO!! Ferrovia ficou bem mais "palatável" àquele eleitor que não consegue saber para que um vereador ou senador existe, quanto mais entender de investimentos em infra-estrutura...






Um terço dos trilhos no País está abandonado
Dos 28 mil km de malha ferroviária no Brasil, 8,6 mil estão abandonados e hoje não são usados pelas empresas, segundo dados da ANTT

         
André Borges, O Estado de S.Paulo -07 Junho 2018


O Brasil deixa de usar quase um terço de seus trilhos ferroviários, além de deixar apodrecer boa parte da pouca estrutura que possui nessa área. Os dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) apontam que, dos 28.218 quilômetros da malha ferroviária, 8,6 mil km – o equivalente a 31% – estão completamente abandonados. Desse volume inutilizado, 6,5 mil km estão deteriorados, ou seja, são trilhos que não podem ser usados, mesmo que as empresas quisessem.

Os números chamam atenção, especialmente depois que a greve dos caminhoneiros expôs a dependência do País em relação ao transporte rodoviário.


Os dados da ANTT foram reunidos em um estudo feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que faz um retrato atual da operação da malha ferroviária brasileira. “É um sistema com deficiências, com destaque para o desempenho insatisfatório das concessionárias, ausência de concorrência no mercado e as dificuldades de interconexão das malhas”, afirma a instituição no trabalho Transporte ferroviário: colocando a competitividade nos trilhos, que será divulgado hoje. O material, que integra uma série de 43 documentos sobre temas estratégicos que a CNI entregará aos candidatos à Presidência da República, detalha propostas para a melhoria do setor ferroviário.


“O governo está em vias de decidir sobre a prorrogação antecipada dos contratos de concessão ferroviária. Essa antecipação é uma oportunidade para corrigir erros cometidos nos ano 90, incluindo novos investimentos nos contratos e incorporando o compartilhamento das malhas”, diz Matheus de Castro, especialista em políticas e indústria da CNI.

Dos 20 mil km de malha que são usados no País, cerca de metade tem uso mais intenso. Cerca de 10 mil km têm baixa utilização. As limitações também estão atreladas ao perfil do que efetivamente é transportado pelos trilhos brasileiros. As commodities agrícolas, por exemplo, são raridades no setor, apesar de a região Centro-Oeste ser a maior produtora de grãos em todo o mundo.


Até 2001, 60% do que circulava pelos vagões de trens no Brasil era minério de ferro. Hoje esse volume chega a 77%, número puxado pela Estrada de Ferro Carajás, na região Norte, e pela Vitória – Minas, no Sudeste, ambas controladas pela mineradora Vale.

“O Brasil fez uma opção rodoviarista na década de 60. A rodovia é um modal eficiente, mas quando se pensa em curtas e médias distâncias. As ferrovias, que demandam mais tempo de maturação e investimento, acabaram ficando para trás”, diz Castro.

Atualmente, as estradas brasileiras respondem por 63% do transporte nacional de cargas em geral, enquanto as ferrovias são responsáveis por apenas 21% desse volume, seguidas pelas hidrovias (13%) e o setor aeroviário e estruturas de dutos (3%).

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