Nossa sociedade, em pleno século XXI vive a mercê de uma guerra de informações e de marketing político. Vive por não conseguir viver fora deste canto de sereia. Propagandas muito bem elaboradas, sempre apelando para o sentimental e pouquíssimo para o racional crítico, sempre dão conta de enormes avanços. A perspectiva crítica não vem para ser ver por detrás destas lentes em função da baixa capacidade de se reter e avaliar informações sobre eventos e fenômenos sociais de relevância.
É um absurdo a anomia social que permite que o país, em plena segunda década do século XXI não tenha saneamento adequado. Os baixíssimos índices apresentados no Atlas de Saneamento do IBGE 2009 dão conta a flagrante incapacidade do governo, nas três esferas, em gerenciar de forma adequada para se dirimir tal lamentável realidade.
A sociedade tem sua decisiva contribuição ao jogar e ser anuente com lixo nas ruas e recolhidos de forma não adequada, ao ser simpática a catadores de ruas que detonam o ínfimo esforço feito por poucos conscientes.
É uma lógica definitiva e inexorável. Sem saneamento não se tem saúde. Sem esta a educação constituída é precária, o que leva ao distanciamento da conquista de postos de trabalho em um país de baixíssima produção de alto valor agregado, feliz e dependente do crescimento do segmento de serviços, apenas.
Isto nos deixará, sempre, a mercê de regras impostas por investidores externos que nos obrigam a importar produtos manufaturados alhures esvaziando, cada vez mais, nossa indústria.
Ou seja, na eterna distração da sociedade com assuntos mais "light" nossa desigualdade avança, com ela a violência urbana e a insegurança de braços dados.
Tudo começando pelo saneamento decente. Onde, afinal, estão os ambientalistas e os seus neo-acólitos? Ah, implicando com o Código Florestal.
Como é que, desta forma, vamos chegar a algum lugar?
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