sexta-feira, 23 de julho de 2010

Brasil é o 3º país com a pior desigualdade

Há um paradoxo com relação à notícia anterior .


A pergunta é: Após oito anos, sendo este o carro-chefe dos motivos da primeira campanha de Lula em crítica ao governo anterior, o que houve? O que não deu certo?


Serve de alerta ao brasileiro para entender que é uma agenda de todos e não somente de governo ou poder público, é uma agenda de estadista e não de governante. Ele depende de 5640 municípios, 27 estados e muitas e complexas instituições. É uma sutil mas essencial diferença.


Deve ser uma boa pergunta para a atual campanha: O que dificulta a redução de desigualdade?
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São Paulo - O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) advertiu que a desigualdade é uma séria ameaça para o desenvolvimento da América Latina. Seu primeiro relato em que aborda a distribuição de renda (a partir da renda per capita) na região mostra que o problema é preocupante. Dez dos 15 países com maior desigualdade estão na América Latina e no Caribe, sendo que o Brasil tem o terceiro pior índice Gini: 0,56 - quanto mais perto de 1, mais desigual é o país. O Equador apresentou o mesmo número do Brasil. À frente deles, estão Bolívia, Camarões e Madagascar, com 0,60, e África do Sul, Haiti e Tailândia, com 0,59.




"América Latina e Caribe formam a região mais desigual do mundo", afirma o relatório. "A alta e persistente desigualdade constitui um obstáculo para o avanço social da região. Ela freia o desenvolvimento humano". Na região, "existem mecanismos tanto em nível doméstico quanto no sistema político que reforçam a reprodução da desigualdade" de uma geração a outra, diz o estudo.
No entanto, o coordenador do relatório regional, Luis Felipe López Calva, salienta que o Brasil foi "um dos países mais exitosos em reduzir a desigualdade nos últimos oito anos". Para mudar a realidade do país e da região como um todo, o relatório destaca que são necessárias "ações concretas, integrais e eficazes", com políticas públicas que tenham alcance e envolvimento dos cidadãos. "Os planos contra a pobreza não são suficientes. São necessárias políticas contra a desigualdade", enfatizou López.
HerançaEducação, emprego formal e salários mínimos adequados também são essenciais para diminuir a desigualdade em um país, aponta o Pnud, assim como melhor acesso a serviços públicos. "A desigualdade é uma herança na América Latina. Favorece o clientelismo político, a corrupção e o frágil compromisso com a ação pública", disse, por sua vez, Isidro Soloaga, outro coordenador do relatório regional. Conforme Soloaga, os impostos incidem principalmente sobre o consumo, o que afeta os mais pobres, e não sobre a renda, como ocorre nos países desenvolvidos.
Os países com o melhor índice - inferior a 0,49 - são Costa Rica, Argentina, Venezuela e Uruguai. Na média, o Gini da América Latina e do Caribe é 36% maior do que o dos países do leste asiático e 18% acima dos da África Subsaariana. O relatório adverte que o peso da desigualdade é tão alto na América Latina, que se o Índice de Desenvolvimento Humano mundial (que o Pnud avalia anualmente) fosse corrigido levando em conta esse aspecto, a região cairia mais de 15% em seu nível de desenvolvimento humano.
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