sábado, 31 de julho de 2010

Fim da pobreza em 2015

Em cinco anos não conseguiremos ampliar nossa capacidade de distribuição de energia, tampouco conseguiremos ampliar nossa malha viária no intuito de viabilizar a distribuição de unidades empresariais, fabris e de produção de serviços no interior do país.

Assim não ocorrendo o cidadão continuará a ter dificuldades de acesso à saúde, educação e postos de trabalho. O resultado é sua emigração de sua região para imigrar para a periferia das grandes cidades e viver à margem dos serviços e do desenvolvimento.

O que se vê na reportagem abaixo é uma mera ilação sem levar em consideração todos os fatores e óbices que vivenciamos de forma objetiva no tempo presente. Muita teoria e discursos sem sustentação que não observam as dificuldades que vivenciamos hoje em dia. As obras do PAC ainda não decolaram e os ambientalistas não permitem que grandes obras que geram emprego e desenvolvimento consigam iniciar sem solução de continuidade.
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Pnud acredita que Brasil vai erradicar a pobreza até 2015 
Carolina Brígido 

Comentários 


BRASÍLIA - Entre os oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, a administradora do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Helen Clark, considera a garantia à saúde materna o mais difícil de ser cumprido no mundo. No entanto, a neozelandesa aposta que o Brasil cumprirá todas as metas até 2015 - entre elas, a erradicação da pobreza e a promoção da igualdade de gênero. Em visita ao país nesta semana para renovar acordos de cooperação, ela afirmou que o Brasil tem muito a ensinar aos países que ainda estão atrasados nas metas. Para ela, o mundo precisa de um modelo de crescimento econômico com ênfase na redução da pobreza. 



O GLOBO - Que Objetivo do Milênio a senhora considera o mais difícil  de ser alcançado? 


Helen Clark - São lentos os avanços relativos à saúde materna, a meta de reduzir o número de mortes de mulheres no parto. Essa é a mais difícil no cenário internacional. 



. O que vai acontecer se as metas não forem atingidas até 2015? Há a possibilidade de estipular novo prazo para os países que não tiverem cumprido? 


Helen Clark - Essas metas foram estipuladas nos anos 1990, com prazo até 2015. Foi a primeira vez que a comunidade global concordou a respeito de um compromisso específico, com tempo determinado. Tem havido atividade intensa e muito progresso nos governos. As metas são globais. Alguns países cumprirão imediatamente. Para outros, será mais difícil. Na média, o mundo cumprirá as metas. Estamos vendo no mundo, inclusive nos países mais pobres, progressos incríveis. Para atingir as metas, é preciso haver forte liderança, boas políticas adaptadas às circunstâncias do país e, é claro, dinheiro. É preciso também que o dinheiro seja alocado em programas que funcionam, como acontece no Brasil. 



. Que atitudes positivas o Brasil tem tomado nos últimos anos para cumprir as metas? 


Helen Clark- O Brasil tem uma liderança bastante forte, respeitada internacionalmente e comprometida com o desenvolvimento. Há políticas internacionalmente e comprometida com o desenvolvimento Reconhecemos o Brasil como protagonista na cooperação internacional para o desenvolvimento de fortalecimento da economia e alocação de dinheiro em programas sociais, como o Bolsa Família. É uma combinação de liderança e programas. É o que produz resultado. A experiência brasileira pode ser dividida com outros países. 



. Qual foi o resultado de sua visita ao Brasil? 


Helen Clark - Assinamos um termo de parceria com Itamaraty para renovar o trabalho do Pnud no Brasil. 

Reconhecemos o Brasil como protagonista na cooperação internacional para o desenvolvimento, por isso precisamos continuar trabalhando juntos. O Pnud tem interesse em trabalhar com o Brasil em outras regiões do mundo. 



. Qual a meta mais difícil para o Brasil atingir? 

Helen Clark - O Brasil já alcançou algumas e provavelmente atingirá todas as metas. Os temas de gênero são os mais difíceis, porque em todas as sociedades as mulheres têm de lutar pelos seus direitos de ter oportunidades iguais e representatividade. A questão da saúde materna é apenas parte de todo o quadro. Mas não vejo motivo para o Brasil não atingir essa meta. 



. A América Latina ainda é vista como uma das regiões mais desiguais do mundo. Isso dificulta o cumprimento das metas? 


Helen Clark- Toda sociedade tem desigualdade, mas isso não as impede de atingir metas. É preciso garantir o mínimo e impedir que haja pessoas vivendo abaixo desse mínimo. No meu país, há desigualdade de renda, mas estipulamos que ninguém pode ficar abaixo de um determinado patamar. Ter um nível social mínimo significa dizer que ninguém estará na pobreza extrema. Toda criança deve estar na escola, toda mulher ter acesso à saúde, etc. 



. Além do Brasil, a senhora pode citar outros países que tenham empreendido esforços para atingir as metas? 


Helen Clark - Muitos. Na América Latina, podemos citar, por exemplo, o Chile. Entre os países menos desenvolvidos, há a Etiópia, que tem feito progresso notável relativo às metas, incluindo o fim da pobreza e o acesso escolar às crianças. Cabo Verde é outro exemplo. É um país que não tem gás natural, não tem petróleo, mas tem boas políticas. Não é preciso ter riquezas naturais para atingir as metas, é preciso ter uma estratégia inteligente e investimento. 



. Em setembro, haverá uma reunião de cúpula para discutir as metas. Como será o encontro? 


Helen Clark - Será produzido um documento longo, que descreverá o que ocorreu nos últimos dez anos sobre as metas e montar uma agenda com prioridades para os próximos cinco anos. O modelo de crescimento econômico precisa estar ligado ao fim da pobreza. Muitos países experimentaram o crescimento econômico sem reduzir a pobreza. Estamos dando ênfase a esse ponto. Educação também é um ponto extremamente importante, assim como ter uma estrutura de proteção social e acesso a energia elétrica. 



. Na reunião, está previsto um discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O Brasil vai assumir o papel de auxiliar os países que ainda estão atrasados no cumprimento das metas?



Helen Clark- Sim, porque o Brasil tem um programa de cooperação internacional bastante amplo. O Brasil tem ótimas experiências na agricultura, na proteção social e na saúde. Muitos países vêm ao Brasil para pedir ajuda. O Brasil terá influência (na reunião de cúpula), com certeza. 

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