sábado, 17 de julho de 2010

Considerações sobre o tamanho do Estado

Tenho acompanhado com interesse algumas discussões internacionais acerca de recuperação econômica de países após a crise imobiliária e de títulos que iniciou-se nos EUA e afetou o mundo.


O papel do Estado como ente regulador vem sendo fortalecido principalmente em países cujos mandatários têm orientação ideológica de esquerda. A questão está que para se funcionar a sociedade tem que ser, sobretudo, madura e habituada a acompanhar e a cobrar.

Nesta esteira de turbulência nosso país saiu-se melhor que muitos, é fato, contudo não acredito que o nosso Estado inchado, lento e com uma fenomenal capacidade de empregar desnecessários tenha sido a mola da nossa capacidade de sair ileso. 

Há que se considerar nesta reflexão que o Estado, por intermédio apenas do presidente, Executivo, aumentou os juros para captação de investimentos externos aproveitando-se de nossa imensa capacidade de produzir riquezas em nosso berço esplêndido que vem atraindo investidores interessados em retornos de curto prazo. O Legislativo, pelo que se vê, finge-se de morto para não perder seu quinhão na distribuição dos  destaques do orçamento da União.

Isto ocorre porque nossa sociedade, no mais puro deleite de sua idiossincrasia patrimonialista, delega no ato de votar, a responsabilidade de nossos destinos e depois jamais se lembra de quem votou, daí o Estado virar algo necessário aos olhos dos demais países com a mesma tendência.

O único país onde o Estado é eficiente em promover o desenvolvimento é a China, onde corrupção e liberdades de questionamento e de expressão não são uma prática comum. Ademais a milenar idiossincrasia chinesa privilegia o desenvolvimento do coletivo.

Preocupa-me demais a criação de novas "brás" e o fortalecimento, também acompanhado de loteamento, das agências reguladoras. Na mesma linha, quando o presidente, o que quer o Estado forte, questiona a validade e existência do Tribunal de Contas da União vê-se que este Estado inchado, pesado e fisiológico logo logo nos levará, com difícil retorno, em direção oposta à da Economia de Mercado.


Vale lembrar que se quisermos o cidadão educado e competitivo em termos de globalização, se couber ao Estado a promoção do emprego sustentável, em breve ou teremos restrição na disponibilidade de empregos ou esgotamento de nossas divisas.

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