Se você é um daqueles que não esperava e, de repente, seu diretor o chamou para comunicá-lo de que vai assumir uma gerência, não se desespere. Mesmo que você esteja sentindo-se inseguro e achando que ainda não estava preparado para o cargo, acalme-se. Em geral, os mais competentes sempre se acham aquém do que realmente são. Ao contrário daqueles cuja impaciência em crescer na carreira a qualquer custo é, infinitas vezes, maior do que a real capacidade para tal. Já vi muito dos dois casos nesses mais de 30 anos de vida executiva.
Tenha em mente que se foi escolhido é porque há habilidades e competências em você, que foram percebidas pelos seus superiores. Se você ainda não sabe exatamente quais são, esse é um primeiro problema a resolver. Procure quem o promoveu e entenda o que o levou a fazê-lo e quais são as expectativas dele em relação ao seu cargo, ao seu desempenho e quais são as metas para este e para o próximo ano. Mais tarde, você terá tempo para se inteirar das metas de longo prazo.
Em um cargo de gerência você terá subordinados. Quem são eles? Seus antigos pares ou gente desconhecida? Seja como for, seu segundo problema é mapear com cuidado quem o aceita na nova posição, quem está indiferente e quem está contra. É muito importante ter plena consciência de que você, como chefe, foi imposto ao grupo, mas como líder, jamais o será!
O líder é eleito e aceito pelo grupo como tal, independente da posição hierárquica. Se além de chefe, quiser ser líder do seu grupo, você terá que dar início a essa longa tarefa desde o primeiro dia, lembrando-se sempre de que:
- Um líder se impõe pelo exemplo e não pela autoridade do cargo.
- Um líder forma um grupo coeso e defende seus interesses com a mesma intensidade que exige comprometimento e resultados.
- Um líder faz o grupo crescer, para que ele cresça junto.
- Um líder inspira os outros a dar o melhor de si.
Tarefa fácil? Claro que não, mas necessária para quem quer, a partir desse cargo, atingir os níveis maiores da organização. E isso vai depender dos resultados que você e a sua equipe conseguirem obter nos próximos dois anos. Não existe receita de bolo, mas existem boas práticas que podem ser seguidas.
- Um líder se impõe pelo exemplo e não pela autoridade do cargo.
- Um líder forma um grupo coeso e defende seus interesses com a mesma intensidade que exige comprometimento e resultados.
- Um líder faz o grupo crescer, para que ele cresça junto.
- Um líder inspira os outros a dar o melhor de si.
Tarefa fácil? Claro que não, mas necessária para quem quer, a partir desse cargo, atingir os níveis maiores da organização. E isso vai depender dos resultados que você e a sua equipe conseguirem obter nos próximos dois anos. Não existe receita de bolo, mas existem boas práticas que podem ser seguidas.
Sua terceira tarefa é mapear as competências atuais da equipe e, em seguida, desenhar para cada posição o perfil de competências e as habilidades que você julga necessário para a função.
Ao analisar aqueles que você ainda não conhece bem, procure conversar com antigos chefes, obtenha os últimos relatórios de avaliação junto ao RH e busque mais informações onde for necessário, menos junto à rádio peão. Você poderá ser manipulado por ela, através de "notícias" plantadas com o intuito de promover alguém, de arruinar uma pessoa ou mesmo de derrubar você.
Para formar uma equipe competente, você precisa ter todas as funções preenchidas com o que há de melhor no grupo ou fora dele. Por isso, a importância de mapear corretamente as competências atuais e as desejadas.
Converse individualmente com cada membro do grupo. Exponha claramente o que a empresa espera de você e da sua equipe, o que você espera daquela pessoa, como você a vê nas suas competências atuais e quais as que ainda faltam. Trace um plano de desenvolvimento pessoal de como vocês dois irão trabalhar juntos para chegar ao nível necessário. Detalhe o plano com o RH e faça acontecer. Para aqueles cujo perfil atual está muito aquém do desejado, planeje substituí-los no curto prazo.
Cuidado ao tratar com quem se opõe à sua indicação para o cargo. Se a pessoa já exerce alguma liderança sobre o grupo, então, você precisará de uma habilidade extra para usar essa liderança a seu favor. Isso só será possível se você a trouxer para o seu lado, dando-lhe uma função onde ela possa por em prática seu melhor potencial com perspectivas de crescimento. Monitore de perto nas próximas semanas e tenha à mão um plano B. Se perceber que a rejeição continua, pense seriamente em substituição, antes que algo aconteça e force o grupo a tomar uma posição, mesmo que inconscientemente.
Se isso acontecer, você corre sério risco de perder o respeito do grupo. No seu dia a dia, tenha sempre uma postura construtiva. Elogie os acertos individuais, sempre em grupo. Seja discreto ao chamar alguém para uma conversa privada para falar a respeito de erros individuais. Ninguém precisa saber ou perceber que houve essa conversa. Só assim, o funcionário que errou se sentirá protegido, fortalecido e, principalmente, motivado a aprender com o erro e jogar para o time. Você ganhará o seu respeito, o único caminho para ele o aceitar como seu líder. Fazendo isso com todos, você estará dando um grande passo para ser aceito como líder da equipe.
Um líder do século XXI é aquele que atua como facilitador das coisas, que serve ao grupo para que esse possa produzir muito mais do que cada um produziria individualmente. Ele facilita o fluxo de informações, gerando conhecimento ao grupo.
Lembre-se de que conhecimento não se transmite. Transmitimos informações que são captadas pelos outros e entendidas de formas diferentes, após passarem mentalmente pelos filtros culturais e intelectuais de cada um. Isso faz com que o conhecimento efetivamente gerado seja diferente de pessoa para pessoa. Leve isso em conta ao passar uma informação importante. Pergunte o que realmente foi entendido e se certifique de que o conteúdo principal da sua mensagem foi captado com precisão. Mal-entendidos são a maior fonte de falhas nos processos internos de todas as organizações em qualquer parte do mundo.
Para gerir a sua equipe, utilize-se das ferramentas que a Tecnologia da Informação nos oferece. É possível criar controles sofisticados, fazer análises de cenários e de tendências com uma simples planilha Excel. Muna-se de fontes de dados confiáveis para apoiá-lo nas tomadas de decisões. Hoje não nos faltam informações, aliás, há excesso delas. O difícil é separar quais devem ser consideradas. Uma decisão com base em informação errada ou imprecisa demais só pode nos levar a resultados desastrosos. Portanto, conheça e domine as ferramentas de apoio à tomada de decisão que a sua empresa oferece.
Atualize-se sempre, faça cursos de curta duração, pelo menos dois por ano e leia muito. Alguns especialistas dizem que um executivo, para se manter no topo, precisa ler de três a quatro livros por mês englobando os mais variados temas sobre administração, marketing, gestão de negócio, gestão de pessoas etc.
Para você que é um gerente recém-promovido e para você que pode ser a qualquer instante, espero ter contribuído com algumas dicas que possam lhes ser úteis.
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Recentemente, li um artigo científico sobre as principais dificuldades enfrentadas pelos enfermeiros recém-formados, e a principal delas envolvia as questões administrativas e gerenciais.
ResponderExcluirIsso ocorre porque durante a faculdade, dicas valiosas como essas, por exemplo, não nos são repassadas. A única disciplina que minha turma teve a esse respeito chamava-se 'Administração em Enfermagem' e foi algo que não nos acrescentou em nada, muito pelo contrário, todos odiavam ir para aquelas aulas, pois víamos conteúdos que não tinham nada a ver com a enfermagem e até mesmo com administração. Se me perguntarem o que aprendi com essa disciplina irei dizer: NADA!
Acredito que, para começar, escolheram a pessoa errada para a disciplina. Era alguém muito competente em outra área (completamente distinta!), mas que não era, na minha opinião, a mais indicada para aquelas aulas. Isso já parte até da má administração do próprio departamento de ensino. Enfim...
Acredito que outras faculdades de Enfermagem devam ter problemas semelhantes... não devem dar tanta importância para essas questões quanto a outras. E, por isso, quando os enfermeiros que começam a entrar no mercado de trabalho, onde irão ter de liderar uma equipe e administrar o setor, por menor que seja, sentirão enormes dificuldades. O que reforça ainda mais o preconceito dos outros profissionais e dos pacientes que já têm em mente que recém formado não sabe de nada!
ÓTIMAS DICAS! ADOREI!