quarta-feira, 6 de julho de 2011

Estatal chinesa investe em terras na Patagônia

Estávamos bem avançados e poderíamos, inclusive, ser objeto de investimento maciço chinês, aí veio o MST, invadiu a EMBRAPA em 2006 e deu sumiço às pesquisas de trinta ano do EMBRAPA, patrimônio da sociedade brasileira e ficou por isso mesmo.


A notícia é importante e requer atenção e acompanhamento. A estabilidade do veio agropecuário do Mercosul poderá sofrer abalos e, junto com isso, empregos de cidadãos brasileiros.


Esse é o mundo, essa é a dinâmica da economia mundial...essa é a China!!



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Estatal chinesa investe em terras na Patagônia
Jude Webber e Leslie Hook no Financial Times
Valor Econômico




Conjuntura: Projeto da Beidahuang Group prevê cultivo irrigado de soja na província argentina de Rio Negro


Pode soar ilógico para uma empresa chinesa atravessar meio mundo para cultivar soja e outras culturas em terras improdutivas em um canto seco da Argentina.

É isso, no entanto, que a empresa agrícola estatal chinesa Beidahuang Group, do Estado de Heilongjiang, está fazendo na província patagônica de Rio Negro.

Caso a ideia funcione, o projeto agrícola, financiado em parte pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento, levará tecnologia de irrigação e expandirá as fronteiras da cultura mais rentável da Argentina para além do cinturão tradicional de soja no país. Em troca, ajudará a China a garantir fornecimento de alimentos para sua população de alto crescimento.

A Beidahuang, que consiste em nove empresas e tem centros de pesquisa agrícola, é o principal grupo alimentício da China. Em 2010, produziu 17,5 milhões de toneladas de grãos, sendo 15 milhões de toneladas de cereais - o suficiente, segundo a empresa, para alimentar 75 milhões pessoas por ano.

A entrada da Beidahuang na Argentina, o que exigiu três anos de negociações, chega em momento de recorde nos preços de alimentos globais, a Organização das Nações Unidas (ONU), e de crescimento das importações chinesas de soja e milho para atender o alto apetite no país por carne.

A China investiu pesadamente em três grandes acordos energéticos em 2010, que tornaram o país a base mais importante da China na América Latina, rica em recursos. A China busca assegurar na região fornecimento de energia e minerais - e agora alimentos - para sua economia em expansão.

Os chineses mostraram-se cada vez mais ativos nos últimos cinco anos para levar projetos de agricultura ao exterior, assinando acordos internacionais em Cuba, Rússia, Brasil e Quênia, silenciosamente encabeçados pela Beidahuang, cujo nome significa algo como "Grande Deserto do Norte".

O projeto de agricultura irrigada prevê investimentos de US$ 1,5 bilhão ao longo de dez anos, segundo Oscar Gómez, uma das cabeças por trás do projeto. Autoridades de Rio Negro encorajam os chineses a cultivar milho, cevada, trigo, batatas, cebolas, abóboras, azeitonas, vinhas e frutas. "Dizemos que a soja não será lucrativa. Este é território ideal para milho, estamos pressionando por isso", disse Juan Manuel Accatino, ministro de produção em Rio Negro.

Autoridades negam que o projeto seja uma colonização comercial pela China que transformará a Argentina - um dos países agrícolas mais eficientes do mundo - em um distante lote de terra dos chineses. Dizem que toda a terra continuará em mãos argentinas e que os chineses irrigarão cinco vales, atualizarão o porto de San Antonio para permitir as exportações e que pagarão preços de mercado pela produção. A mão de obra será local, não chinesa, e os produtores, muitos hoje em terras improdutivas, terão um mercado garantido para sua produção, acrescentam os financiadores do projeto.

A Beidahuang investirá de início US$ 20 milhões, o que aumentará para US$ 1,5 bilhão ao longo de uma década, segundo Gómez. "Acho que as exportações poderiam começar em 2012. Esperamos atingir produção de 1 milhão de toneladas dentro de dez anos."
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