Inocentes úteis e inimigos íntimos. No fundo é isso que os aliciados por movimentos internacionais de preservação ambiental são, nada mais do que isso. O artigo abaixo sugere o motivo.
Como o pacato cidadão brasileiro em sua modorrente postura de noveleiro se deixa envolver por influências politicamente corretas vindas de países desenvolvidos por meio de financiamentos de ONG.
A patética figura branquela de James Cameron defendendo a proibição da usina de Belo Monte mais uma formidável quantidade de ativistas que impedem a progressão de nossa "fronteira verde" finalmente podem ser desnudados, denunciados por um genuíno político de esquerda que demonstra bom-senso e coerência.
A título de uma inexorável e, por vezes, insuportável postura de politicamente correto estamos abrindo mão de nosso desenvolvimento embalado por inimigos íntimos cevados por recursos de ONG de países desenvolvidos que querem que permaneçamos na postura de quintal e de celeiro dos países desenvolvidos.
O deputado Aldo Rebelo, do PC do B de SP sempre foi um revolucionário, contudo, no momento da diplomação como deputado federal passou a perceber a real dimensão e potencial do país. Quando FHC querendo detonar nossa politica de defesa nacional e a de reequipamentos das FFAA nomeou-o como presidente da comissão na vã experança de que ele detonasse os planos de avanço. Ledo engano, ele passou a ser um defensor ferrenho do nosso plano de desenvolvimento e ampliação da Indústria de Defesa.
Tem um "porquê", tem uma coerência por detrás. Se ele enxergou porque os demais não o querem?
Enquanto isso, prosseguimos felizes e lampeiros em busca de um amanhã como eternos "país em desenvolvimento".
Aldo Rebelo - O Estado de S.Paulo
Sob o autoexplicativo título Farms Here, Forests There (Fazendas Aqui, Florestas Lá), foi publicado nos Estados Unidos, em maio, estudo patrocinado pela National Farmers Union (Associação Nacional de Fazendeiros) e pela organização não-governamental Avoided Deforestation Partners (Parceiros contra o Desmatamento, em tradução livre). A autora principal do relatório é Shari Friedman, ex-funcionária do governo Clinton, quando trabalhou na Environmental Protection Agency (EPA, a Agência de Proteção Ambiental), analisando políticas domésticas de mudanças climáticas e competitividade internacional. Ela também fez parte da equipe norte-americana de negociações para o Protocolo de Kyoto, que os Estados Unidos se negaram a assinar.
O tema do relatório é a perda de competitividade da agroindústria norte-americana diante dos países tropicais, principalmente o Brasil. A tese principal do estudo é que a única forma de conter essa perda de competitividade é reduzir o aumento da oferta mundial de produtos agropecuários, restringindo a expansão da área agrícola nos países tropicais pela promoção de políticas ambientais internacionais mais duras.
Segundo o relatório, "a destruição das florestas tropicais pela produção de madeira, produtos agrícolas e gado tem levado a uma dramática expansão da produção de commodities que competem diretamente com a produção americana". Desse modo, "a agricultura e as indústrias de produtos florestais dos Estados Unidos podem beneficiar-se financeiramente da conservação das florestas tropicais por meio de políticas climáticas".
O estudo avalia que "acabar com o desmatamento por meio de incentivos nos Estados Unidos e da ação internacional sobre o clima pode aumentar a renda agrícola americana de US$ 190 bilhões para US$ 270 bilhões entre 2012 e 2030". Esse aumento incluiria benefícios diretos de US$ 141 bilhões, decorrentes do aumento da produção de soja, carne, madeira e substitutos de óleo de palma, e economias indiretas de US$ 49 bilhões, em razão do menor custo da energia e de fertilizantes, pela redução das medidas compensatórias associadas à diminuição das florestas tropicais, ou seja, na medida em que os países tropicais poluírem e desmatarem menos, eles poderiam poluir e desmatar mais, sem ter de pagar por isso comprando créditos de carbono e outras medidas mitigadoras.
A candura com que eles tratam do tema é comovedora. O estudo revela que na cabeça deles não passamos mesmo de um fundo de quintal que precisa ser preservado para que eles possam destruir o resto do mundo com a consciência tranquila e, principalmente, com o bolso cheio.
Já vai longe - e sem saudades - o tempo em que a sociedade brasileira se curvava, sem questionamentos e sem esperneio, à tutela dos países ditos do Primeiro Mundo. Hoje é inadmissível pensar que países livres tenham de se submeter às manipulações econômicas de outras nações.
O aspecto trágico dessa proposta é a completa ausência de responsabilidade social dos agricultores norte-americanos, que veem a agricultura apenas como uma forma de aumentar sua própria fortuna, e não como a solução para a questão da fome no mundo. Ao produzir mais alimentos - e, com isso, mantendo seus preços mais acessíveis aos países pobres -, o Brasil ajuda a evitar que essa epidemia terrível se espalhe ainda mais no planeta.
Houve ainda uma época em que a divisão internacional do trabalho imposta pelos países ricos reservava para eles a produção de bens manufaturados e aos países pobres, o fornecimento de bens agrícolas e matérias-primas. Hoje se vai estabelecendo uma nova divisão: os Estados Unidos e a Europa transformaram-se em economias de serviço e grandes produtores e exportadores agrícolas, enquanto a produção industrial se deslocou para a Ásia.
Nesse novo esquema, países como o Brasil deveriam, na opinião deles, cumprir um novo papel: tornar-se uma espécie de "área de preservação permanente global". Com isso se resolveriam dois problemas: o comercial, pois sua produção agrícola ineficiente se viabilizaria pela redução da oferta e pelo aumento dos preços internacionais; e o ambiental, porque garantiríamos a compensação necessária para que eles continuem a manter seu atual padrão de consumo, que exige a exploração dos recursos naturais globais acima da capacidade que a natureza tem de repô-los.
Tudo isso funcionaria muito bem, não fosse o fato de sermos um país de mais de 190 milhões de habitantes, que precisam satisfazer as mesmas necessidades básicas que os americanos e europeus e têm as mesmas aspirações de progresso material e espiritual, cada vez mais parecidas e universais no mundo globalizado. Sim, nós também temos direito à felicidade nos mesmos moldes dos europeus ocidentais e dos norte-americanos!
Faz sentido, portanto, a defesa "desinteressada" que eles fazem dos chamados "povos da floresta". Além de sua expressão quantitativa reduzida, esses brasileiros têm um padrão de consumo que não compete com eles no uso dos recursos naturais e torna perfeitamente viável o esquema de "fazendas lá e florestas aqui".
Só não dizem o que fazer com os 190 milhões de nossa população que não vivem nas florestas e precisam produzir comida e outros bens para ter um padrão de vida digno. Para estes eles têm a solução que já aplicam na África, depois de arruinarem a produção local de algodão, milho, tomate e outros alimentos, com os subsídios milionários que dão aos seus próprios fazendeiros: a chamada "ajuda humanitária".
A continuar nesse ritmo, em vez de comprar comida nos supermercados, vamos acabar tendo de esperá-la cair do céu em fardos atirados pela Força Aérea Americana ou distribuídos pela Cruz Vermelha e pelo Greenpeace.
DEPUTADO FEDERAL (PC DO B-SP), RELATOR DO CÓDIGO FLORESTAL, PRESIDIU A CÂMARA DOS DEPUTADOS E FOI MINISTRO DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS NO GOVERNO LULA
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"Como o pacato cidadão brasileiro em sua modorrente postura de noveleiro se deixa envolver por influências (...)"
ResponderExcluirCONCORDO QUE MUITOS BRASILEIROS AINDA PERMANECEM LETÁRGICOS EM RELAÇÃO A DIVERSOS PROBLEMAS POLÍTICOS, ECONÔMICOS E SOCIAIS DO NOSSO PAÍS E DO MUNDO, O QUE NOS DEIXA MUITO VULNERÁVEIS.
PORÉM, ACREDITO QUE MUITOS OUTROS NÃO SE QUESTIONAM OU NÃO PERCEBEM ESSES TIPOS DE COISAS, POR PURA INGENUIDADE! ACHO QUE ME INCLUO NESTE ÚLTIMO GRUPO, POIS CUSTO A ACREDITAR NA EXISTÊNCIA DE PESSOAS QUE TÊM ESSE TIPO DE MENTALIDADE TÃO MAQUIAVÉLICA! NO FUNDO EU SEI QUE EXISTEM PESSOAS MUITO MÁS, DIGO, PESSOAS NÃO EVOLUÍDAS ESPIRITUALMENTE E MORALMENTE QUE QUEREM MESMO ATINGIR SEUS OBJETIVOS DE QUALQUER MANEIRA, POR MEIO DE MANIPULAÇÕES E ETC. TENHO PLENA CONSCIÊNCIA DISSO. ATÉ PORQUE, PELA HISTÓRIA, NÓS SABEMOS DE INÚMEROS CONFLITOS E GUERRAS FORAM DESENCADEADOS DEVIDO A TAIS MENTES MANIPULADORAS E AMBICIOSAS.
MAS ÀS VEZES EU QUERO ACREDITAR NA BONDADE DAS PESSOAS, AINDA QUERO ACREDITAR EM UM MUNDO MELHOR. AINDA NÃO PERDI AS ESPERANÇAS! SEI QUE PODE SER INGENUIDADE MINHA, MAS NÃO QUERO PERDER ESSA FÉ QUE TENHO NAS PESSOAS.
ACREDITO QUE SE JUNTÁSSEMOS DE UM LADO AS PESSOAS "BOAS" E AS QUE TÊM UM POTENCIAL P/ SEREM "BOAS" E DE OUTRO AS PESSOAS "RUINS". TENHO CERTEZA QUE A QUANTIDADE DAS PRIMEIRAS SERIA MUITO MAIOR! O QUE ACONTECE É QUE, ESTE ÚLTIMO GRUPO ACABA SENDO MAIS FORTE PELO PRÓPRIO TIPO DE PERSONALIDADE E CARACTERÍSTICAS QUE ELAS POSSUEM: ELAS SÃO MAIS IMPETUOSAS, MAIS AMBICIOSAS, VÃO PRA FRENTE C/ TODA FORÇA QUE POSSUEM, E, EM GERAL, SÃO PESSOAS MUITO INTELIGENTES, PORÉM, QUE USAM TODA SUA INTELIGÊNCIA PARA FINS QUE NÃO DEVERIAM. TÊM O DOM DE PERSUADIR MUITO BEM AS PESSOAS, UTILIZANDO, MUITAS VEZES, MENTIRAS, ENFIM, SABEM MUITO BEM COMO MANIPULAR O OUTRO GRUPO DE PESSOAS.
AS PESSOAS "BOAS", QUE ACREDITAM E QUEREM UM MUNDO MELHOR, AINDA NÃO DESCOBRIRAM A FORÇA QUE POSSUEM E QUE PODERIAM EXPANDÍ-LA MAIS AINDA SE SE MOVESSEM PARA DESPERTAR A FORÇA TAMBÉM EXISTENTE NAQUELES QUE TÊM O POTENCIAL DE QUERER FAZER O BEM. FALTA NESTAS, UM POUCO DAS CARACTERÍSTICAS QUE HÁ EM EXCESSO NAQUELAS!
Quero só contar dois exemplos de casos de solidariedade...
ResponderExcluirNo início desse ano, quando a CVB-CE estava arrecadando doações a serem enviadas ao Haiti, lembro que a todo instante chegavam carros, caminhonetes repletas de garrafões d'água. De repente, chegou um senhor numa bicicleta, com duas garrafas de 5 litros d'água. Ele atravessou quase a cidade inteira de bicicleta carregando aquelas duas garrafas e disse assim, quando chegou: Por enquanto, só posso contribuir com esse pouquinho de água!". Nossa, quase chorei quando ele falou aquilo! Nunca vou esquecer disso!
Outro exemplo... esse é até engraçado! Quando fui estagiária de um grande hospital de emergência traumatológica daqui do Ceará, lembro de dois pacientes que estavam internados em uma enfermaria por causa de acidentes de moto. Os dois conheceram-se lá nessa enfermeria. Um deles teve alta hospitalar antes do outro. Esse que recebeu alta passou a ser acompanhante do outro, já que ele não tinha nenhum conhecido ou familiar pra cuidar dele. Imagine só um arrebentado cuidando de outro!! rsrsrsrsrs
Então, já vi muitas situações em que a solidariedade floresceu espontaneamente. Até em pessoas que julgamos que não se importam muito com os outros.
Acredito que tudo irá se ajeitando com o tempo. O que está faltando são líderes de boa índole, ou melhor, incentivar e investir no desenvolvimento da liderança em pessoas de boa índole, que possam direcionar os outros, e, juntos com os outros, poder fazer um bom trabalho em benefício de todos!