Speachless!!..
MAIS UM FILHO EM ALTA
"LULA" É A INDICAÇÃO BRASILEIRA AO OSCAR
André Miranda e Márcia Abos
O Globo - 24/09/2010
Lula, o filho do Brasil", de Fábio Barreto, é o filme escolhido para concorrer a uma indicação ao Oscar de filme estrangeiro. Foi eleito de forma unânime pelos nove membros de uma comissão formada pelo Ministério da Cultura
Filme foi escolhido por unanimidade para tentar uma vaga no prêmio; comissão nega influência política na decisão
Lula, o filho do Brasil", de Fábio Barreto, foi escolhido por unanimidade, entre 23 filmes inscritos, como o indicado brasileiro para concorrer a uma vaga no Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira de 2010. A decisão foi anunciada ontem por uma comissão formada por nomes indicados pelo Ministério da Cultura (MinC), pela Secretaria de Audiovisual, pela Agência Nacional de Cinema e pela Academia Brasileira de Cinema. Sem temer a repercussão política da escolha, Roberto Farias, presidente da Academia Brasileira de Cinema e membro da comissão, justificou a decisão alegando que "Lula..." é o que tem mais chances de ser selecionado pelos membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood.
- Nossa posição não tem nada a ver com as eleições. Não houve nenhuma pressão. Todos os membros da comissão são independentes - disse ele.
Além de Farias, a comissão foi composta pelas produtoras Mariza Leão, Clélia Bessa e Elisa Tolomelli, pelo pesquisador Jean Claude Bernardet, pelo jornalista Cássio Starling Carlos, pelo exibidor Leon Cakoff, pela cineasta Tata Amaral e por Frederico Hermann Barbosa Maia, assessor do gabinete do ministro da Cultura.
- Aqui não tem ninguém que ocupe cargo político. Nosso partido é o cinema brasileiros. Pensamos em um filme que possa representar nosso país com dignidade, talento e criatividade - disse Mariza.
O secretário do Audiovisual, Newton Cannito, lembrou que, neste ano, a comissão de escolha do Oscar foi aberta à participação da sociedade civil pela primeira vez, com a inclusão de indicados pela Academia Brasileira de Cinema.
- Optou-se por um filme que representa o nosso país e promove todo o cinema nacional - afirmou Cannito.
O Brasil já foi finalista do Oscar em quatro ocasiões, mas nunca saiu vencedor. A primeira foi em 1963, com "O pagador de promessas", de Anselmo Duarte. Fábio Barreto já havia sido escolhido em 1996, com "O quatrilho", e se torna agora o único diretor brasileiro com duas indicações a uma vaga na disputa. Mas a família Barreto também ficou entre os cinco indicados em 1998, com "O que é isso, companheiro?", de Bruno Barreto. No ano seguinte, foi a vez de "Central do Brasil", de Walter Salles, concorrer ao prêmio.
- Finalmente o "Lula..." foi encarado só como um filme, que é o que ele é, e não como obra política - comemorou a produtora Paula Barreto, irmã de Fábio. - No exterior, o filme é um sucesso. Ele tem o desenho de um épico, uma história de superação que costuma agradar aos eleitores do Oscar.
"Lula..." estreou em janeiro deste ano, cercado de críticas por retratar o presidente num ano de eleição. Duas semanas antes da estreia, o diretor Fábio Barreto sofreu um acidente de carro no Rio e, desde então, segue em estado de coma.
Antes do anúncio, o MinC havia aberto uma enquete na internet para votação popular. Mais de 130 mil pessoas participaram e escolheram "Nosso Lar", de Wagner de Assis, como a produção que deveria ser indicada pelo Brasil. "Nosso Lar" deve chegar a três milhões de espectadores hoje, após apenas três semanas em cartaz. "Lula...", por sua vez, foi visto por cerca de 850 mil pessoas nos cinemas.
- Se a decisão foi por unanimidade, eles sabem o que estão falando - afirma Iafa Britz, produtora de "Nosso Lar". - Mas acredito que a força da imagem do Lula no exterior também pode ter colaborado para a escolha.
O Oscar anuncia seus finalistas em 25 de janeiro, e a cerimônia de premiação está marcada para 27 de fevereiro.
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Filme foi escolhido por unanimidade para tentar uma vaga no prêmio; comissão nega influência política na decisão
Lula, o filho do Brasil", de Fábio Barreto, foi escolhido por unanimidade, entre 23 filmes inscritos, como o indicado brasileiro para concorrer a uma vaga no Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira de 2010. A decisão foi anunciada ontem por uma comissão formada por nomes indicados pelo Ministério da Cultura (MinC), pela Secretaria de Audiovisual, pela Agência Nacional de Cinema e pela Academia Brasileira de Cinema. Sem temer a repercussão política da escolha, Roberto Farias, presidente da Academia Brasileira de Cinema e membro da comissão, justificou a decisão alegando que "Lula..." é o que tem mais chances de ser selecionado pelos membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood.
- Nossa posição não tem nada a ver com as eleições. Não houve nenhuma pressão. Todos os membros da comissão são independentes - disse ele.
Além de Farias, a comissão foi composta pelas produtoras Mariza Leão, Clélia Bessa e Elisa Tolomelli, pelo pesquisador Jean Claude Bernardet, pelo jornalista Cássio Starling Carlos, pelo exibidor Leon Cakoff, pela cineasta Tata Amaral e por Frederico Hermann Barbosa Maia, assessor do gabinete do ministro da Cultura.
- Aqui não tem ninguém que ocupe cargo político. Nosso partido é o cinema brasileiros. Pensamos em um filme que possa representar nosso país com dignidade, talento e criatividade - disse Mariza.
O secretário do Audiovisual, Newton Cannito, lembrou que, neste ano, a comissão de escolha do Oscar foi aberta à participação da sociedade civil pela primeira vez, com a inclusão de indicados pela Academia Brasileira de Cinema.
- Optou-se por um filme que representa o nosso país e promove todo o cinema nacional - afirmou Cannito.
O Brasil já foi finalista do Oscar em quatro ocasiões, mas nunca saiu vencedor. A primeira foi em 1963, com "O pagador de promessas", de Anselmo Duarte. Fábio Barreto já havia sido escolhido em 1996, com "O quatrilho", e se torna agora o único diretor brasileiro com duas indicações a uma vaga na disputa. Mas a família Barreto também ficou entre os cinco indicados em 1998, com "O que é isso, companheiro?", de Bruno Barreto. No ano seguinte, foi a vez de "Central do Brasil", de Walter Salles, concorrer ao prêmio.
- Finalmente o "Lula..." foi encarado só como um filme, que é o que ele é, e não como obra política - comemorou a produtora Paula Barreto, irmã de Fábio. - No exterior, o filme é um sucesso. Ele tem o desenho de um épico, uma história de superação que costuma agradar aos eleitores do Oscar.
"Lula..." estreou em janeiro deste ano, cercado de críticas por retratar o presidente num ano de eleição. Duas semanas antes da estreia, o diretor Fábio Barreto sofreu um acidente de carro no Rio e, desde então, segue em estado de coma.
Antes do anúncio, o MinC havia aberto uma enquete na internet para votação popular. Mais de 130 mil pessoas participaram e escolheram "Nosso Lar", de Wagner de Assis, como a produção que deveria ser indicada pelo Brasil. "Nosso Lar" deve chegar a três milhões de espectadores hoje, após apenas três semanas em cartaz. "Lula...", por sua vez, foi visto por cerca de 850 mil pessoas nos cinemas.
- Se a decisão foi por unanimidade, eles sabem o que estão falando - afirma Iafa Britz, produtora de "Nosso Lar". - Mas acredito que a força da imagem do Lula no exterior também pode ter colaborado para a escolha.
O Oscar anuncia seus finalistas em 25 de janeiro, e a cerimônia de premiação está marcada para 27 de fevereiro.
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