quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Mulheres processam Goldman Sachs

Sinais dos tempos. Um bastião sólido da prevalência masculina está sendo questionado judicialmente.

.Mulheres processam Goldman
Correio Braziliense - 16/09/2010
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Banco norte-americano mais lucrativo de Wall Street é acusado por ex-funcionárias de reservar apenas aos homens promoções, salários elevados e poder na instituição.

O Goldman Sachs tornou-se alvo de uma ação judicial movida por mulheres que dizem que o banco mais lucrativo de Wall Street mantém uma “cultura corporativa antiquada” e que sistematicamente priva suas funcionárias de pagamentos e promoções disponíveis apenas aos homens. A ação foi aberta ontem por três ex-contratadas e pleiteia o status de uma ação de classe em nome de todas as diretoras, gerentes, vice-presidentes e funcionárias associadas da instituição americana dos últimos seis anos.

O porta-voz do banco, Ed Canaday, não quis comentar o processo, aberto em uma Corte federal de Manhattan. De acordo com a queixa, o Goldman dá a seus gerentes — em sua maioria, homens — liberdade para que passem contas e responsabilidades aos subordinados e para decidir quem terá apoio administrativo e treinamento. A ação diz que isso leva as mulheres a serem sub-representadas na gerência, com 14% dos postos, na diretoria (17%) e na vice-presidência (29%).

Cultura
As políticas são parte e parcela de uma cultura corporativa antiquada, diz a queixa. “O Goldman Sachs implementou deliberadamente essas políticas e práticas em toda a empresa a fim de pagar mais aos seus funcionários do sexo masculino do que às suas colegas do sexo feminino e para promovê-los com mais frequência”, diz o texto da ação. O banco americano foi alvo de outra ação em abril, dessa vez assinada pela SEC, a comissão de valores mobiliários dos Estados Unidos, por ter enganado investidores a vender papéis lastreados em hipotecas.

A ação por discriminação foi aberta em nome de Cristina Chen-Oster, ex-vice-presidente de obrigações conversíveis; Lisa Parisi, ex-diretora-gerente de gerenciamento de ativos; e Shanna Orlich, ex-associada da área comercial do Goldman. Os advogados das mulheres não retornaram os telefonemas para que comentassem o caso.
O Goldman Sachs implementou deliberadamente essas políticas e práticas em toda a empresa a fim de pagar mais aos seus funcionários do sexo masculino do que às suas colegas do sexo feminino e para promovê-los com mais frequência” 
Trecho da ação que corre na Justiça.

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