A esquerda quando estava fora do poder criticava os presidentes militares que, por sua vez, contava com um Congresso só de civis, para adotar a, segundo eles, "famigerada" Reserva de Mercado. Veja-se, após vinte e cinco anos de governos civis, de esquerda, em nosso país, tais medidas permanecem.
Eu concordo em parte, todavia sempre do lado do cidadão cujos presidentes militares também sempre estavam: Gerar emprego e renda para os cidadãos brasileiros, dever de Estadistas. Simples assim. Claro está que há sempre efeitos colaterais.
O texto, contudo, serve para trazer a baila a complexidade que se é gerenciar um país complexo como o nosso com tanta desigualdade.
Sendo para beneficiar pais de famílias brasileiros eu concordo. Gostaria, contudo, que o governo diminuísse os impostos dos carros nacionais, o que parece fora de questão, para torná-los mais palatáveis para a compra no mercado interno.
ORAÇÃO PELO PROTECIONISMO
Eu concordo em parte, todavia sempre do lado do cidadão cujos presidentes militares também sempre estavam: Gerar emprego e renda para os cidadãos brasileiros, dever de Estadistas. Simples assim. Claro está que há sempre efeitos colaterais.
O texto, contudo, serve para trazer a baila a complexidade que se é gerenciar um país complexo como o nosso com tanta desigualdade.
Sendo para beneficiar pais de famílias brasileiros eu concordo. Gostaria, contudo, que o governo diminuísse os impostos dos carros nacionais, o que parece fora de questão, para torná-los mais palatáveis para a compra no mercado interno.
ORAÇÃO PELO PROTECIONISMO
EDITORIAL
ZERO HORA (RS)
Preocupado com o avanço dos veículos importados no mercado, e com as consequências danosas para a indústria nacional, o governo federal decidiu elevar em 30 pontos percentuais o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de automóveis e caminhões. A medida, inquestionavelmente protecionista, dá um alento para as fábricas brasileiras, que estão com grandes estoques de veículos em seus pátios e concedendo férias coletivas aos trabalhadores, mas também implica o risco de apelações à organização Mundial de Comércio (OMC), pelo fato de infringir claramente normas internacionais. Diante de um cenário externo adverso, é óbvio que o país precisa se preocupar com sua própria economia, mas sempre respeitando o padrão de negociações globais, para evitar ônus que, no final, acabam sendo transferidos a toda a sociedade.
De agosto do ano passado até o mesmo mês deste ano, de fato, as importações de veículos por empresas sem fábricas no país simplesmente duplicaram. São justamente essas, a maioria da China e da Coreia do Sul, que terão um impacto de até 28% no preço final de seus carros e caminhões, com a tendência de levar a um desaquecimento nas vendas. Se quiserem fugir da elevação, as demais precisarão ter 65% de conteúdo nacional e regional, investir mais em pesquisa e desenvolvimento e obedecer a uma série de requisitos. Todas essas exigências têm objetivos que, sob o ponto de vista do governo, são considerados vitais neste momento, como o de estimular a geração de emprego internamente e favorecer a indústria nacional. O Brasil é o quinto mercado da indústria automotiva global e o sétimo na lista de produtores. Trata-se de um patrimônio considerável, que precisa ser preservado.
Por mais que as justificativas do governo para as providências anunciadas agora sejam procedentes, esse é o tipo de solução que não merece aplausos. O Brasil, certamente, não se conformaria se restrições semelhantes fossem adotadas por países que importam seus produtos. Uma providência desse tipo afeta a livre concorrência e, nesses casos, os desdobramentos costumam ter consequências indesejáveis que acabam sendo arcadas pelo consumidor. Por isso, o desejável, diante do impasse, é que a elevação do imposto seja mesmo transitória e acompanhada de salvaguardas capazes de impedir os produtores nacionais de tirar vantagem, elevando os preços de seus veículos.
A crise internacional, que afeta hoje, de forma mais intensa, economias mais avançadas, tem levado um grande número de países a buscar saídas para reduzir seu impacto. Três anos depois do início da crise econômica global, completados agora, o país age bem ao tentar preservar seu mercado interno, mas não pode incorrer no erro de, eventualmente, violar regras do comércio internacional.
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