Após um dia cansativo de vôos na simpática Itanhaém, SP, resolvi passear no centro e deparei-me com uma discreta livraria. Como sempre faço, entrei para ver se havia algo de bom. O livreiro -gosto muito de ter sugestões de livreiros, apesar de figura em extinção- sugeriu-me o romance abaixo. Foi a melhor companhia para as noites de baixa qualidade de internet e sofríveis programas de televisão em um discreto quarto de hotel, diga-se de passagem, bota discreto nisso...
Bem, o motivo pelo qual sugiro, com veemência, a leitura do livro é pelo lindo estilo de português clássico que o autor, advogado e jornalista, utiliza na trama que tem farta pesquisa histórica.
Um bon vivant português é convencido pelo Rei de Portugal a ser governador da ilha de São Tomé, potentado português no meio do Atlântico cortado pela linha do Equador, a missão dele era a de evitar um relatório acerca de trabalho escravo a ser produzido por um jovem consul inglês, com sua belíssima - e "ninfática" esposa- o que levaria a um fatal embardo de café no mercado internacional o que afetaria, sobremaneira, a já combalida economia portuguesa no início do século XX.
Os meandros, vicissitudes e idiossincrasias díspares entre as duas sociedades tornam o romance imperdível e ensina os motivos pelos quais o fim da escravidão, também no Brasil, é um assunto com pouquíssimos pendores humanísticos.
Uma excelente leitura para as férias que ensina muito sobre uma importante fase de nossa história.
(ver sinopse)
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