domingo, 25 de dezembro de 2011

Olhar no futuro

O artigo trata de competitividade, o que é necessário para nossas indústrias, economia e sociedade como um todo.

Postei em função de ser um assunto recorrente, todavia devemos ter a noção de que a enorme carga e legislação tributárias e as legislações no trato empregatício tornam quase que uma aventura para o empresário sobreviver em nossa economia.

Se a sociedade quiser ter segurança, redução da desigualdade e pleno emprego precisa perseguir e cobrar dos legisladores (dos que ainda lembram em quem votou)  para que o cenário mude para melhor e seja mais coerente, pois com o nível educacional que temos, com enormes dificuldades em promover empregos e produtos de alto valor agregado, nos torna dependentes de mercado e investimentos externos.

O tema terá que ser mais revisto no futuro.



Olhar no futuro
REGINA ALVAREZ
O GLOBO


A chegada de 2012 com tantos pontos de interrogação no cenário internacional deixa todos apreensivos e reativos. Os empresários estão retraídos, revendo planos de investimento e gastos futuros. O governo se vale de medidas emergenciais para reativar e proteger setores da economia, tentando contornar problemas estruturais. Mas a crise pode servir para abrir janelas de oportunidade para o país.

O professor Carlos Arruda, da Fundação Dom Cabral, que coordena no Brasil dois importantes estudos internacionais sobre competitividade: do Fórum Econômico Mundial e da escola de administração suíça IMD, lembra que o país teve perda importante no ranking de competitividade em 2011, fator que vai fazer a diferença no enfrentamento das turbulências no ano que vem. Problemas estruturais como a falta de infraestrutura, a burocracia, a carga tributária alta e a corrupção jogaram contra o país.

Aumentar a competitividade é condição indispensável para o Brasil manter-se na disputa internacional e até fazer gols em uma conjuntura de crise. Nesse sentido, o professor Arruda considera que o país tem muito a aprender com os chineses. Eles têm visão de longo prazo, investem fortemente em tecnologia e inovação, em infraestrutura, em formação e qualificação profissional. E vão fundo quando se trata de conhecer um parceiro em potencial. É assim que agem em relação ao Brasil.

— O país deveria olhar a China não como um concorrente, mas como parceiro — recomenda.

O Brasil tem um enorme mercado consumidor, que se tornou objeto do desejo dos países asiáticos, em razão de seus excedentes de produção. A China tem produtos em excesso e capital para investir.

— Por que então não deixar os chineses instalarem aqui suas fábricas e exigir como contrapartida investimentos em infraestrutura, por exemplo? — sugere o economista.

No Brasil, as contrapartidas exigidas pelo governo estão relacionadas à geração de emprego. Na China, à pesquisa e inovação. Mostra que o olhar da China é sempre de longo prazo.

Arruda avalia que a questão da competitividade entrou na agenda do governo, mas as ações são lentas e insuficientes. Um exemplo são os incentivos recentes ao setor têxtil focados apenas no emprego, quando esse segmento da indústria poderia aproveitar a oferta de bens de capital mais baratos para investir em máquinas e equipamento e melhorar a competitividade.
.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

GEOMAPS


celulares

ClustMaps