quarta-feira, 8 de setembro de 2010

País tem quase 40 mil empresas importadoras

Este resultado aponta para a fragilidade de nossa economia no tocante a geração de postos de trabalho e de desenvolvimento, sustentável, de nossa indústria. O que entendo é que estamos criando e mantendo postos de trabalho nos outros países.
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Vejo, entretanto, a necessidade de que este fenômeno econômico seja melhor clarificado pela mídia especializada. Lançar a notícia em si tem pouca serventia.

PAÍS TEM QUASE 40 MIL EMPRESAS IMPORTADORAS

O Estado de S. Paulo - 06/09/2010
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Pela primeira vez o número de empresas importadoras será mais que o dobro das exportadoras. De janeiro a julho, 3.883 novas companhias ingressaram no setor. Mercado interno aquecido e câmbio favorável explicam o fenômeno.

Expansão favorecida pelo câmbio faz com que o número de empresas dedicadas à importação seja mais que o dobro do total de exportadoras

Pela primeira vez o número de empresas importadoras brasileiras será mais que o dobro do total de companhias exportadoras. De janeiro a julho, ingressaram no comércio exterior 3.883 companhias especializadas em importação, aponta um estudo da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), com base nos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Esse número é quase o equivalente ao total de novas importadoras registradas no ano inteiro de 2008 (4.214). Também é quatro vezes maior que o total de novas importadoras (889)atingido entre janeiro e dezembro de 2009. No ano passado, o número de empresas importadoras caiu porque o consumo foi afetado pela crise.

Mercado interno aquecido e câmbio favorável às importações explicam o ritmo frenético de ingresso de novas importadoras no mercado, observa o vice-presidente executivo da AEB, José Augusto de Castro.

"Esse é o resultado natural de processo de internacionalização da economia", afirma o secretário de Comércio Exterior do MDIC, Welber Barral. Além do câmbio favorável às compras externas, ele aponta outro fator que explica o fenômeno: muitas empresas, como supermercados, que importavam por meio de tradings, hoje compram no exterior por conta própria.

Por ser mais fácil importar do que exportar, normalmente o número de empresas importadoras é maior. "As importações são pulverizadas e as exportações mais concentradas", explica o economista chefe da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), Fernando Ribeiro. Mas é a primeira vez que o total de importadoras será mais que o dobro das exportadoras. Nas contas de Castro, a expectativa é que o ano termine com um estoque de 40 mil importadoras, diante de um total de 19.200 exportadoras. De janeiro a julho, 457 empresas brasileiras deixaram de exportar.

"O número de importadoras neste ano será recorde", afirma o vice-presidente da AEB. O pico anterior foi atingido em 1997. Naquele ano, o câmbio estava abaixo de R$ 1 e o consumo doméstico aquecido. O ano de 1997 terminou com 37.852 importadoras. De janeiro a julho, o total de importadoras é 31,812.

Boom. Não há informações detalhadas de quais segmentos puxam o boom de importadoras. José Augusto de Castro, da AEB, acredita que as novas importadoras estão ingressando no mercado externo principalmente para comprar matérias primas e bens de consumo.

A confecção Rótulo Federal, por exemplo, que abastece as lojas do Brás, deixou neste ano de fabricar moletons e blusas de malha de elanca. Cerca de 35% da coleção de inverno já veio do exterior. "Se o dólar ficar nesse nível, 50% da coleção de inverno de 2011 será importada da Ásia", planeja o dono da empresa, José Berenguer Sukarie.
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Um comentário:

  1. Se isso, por si só, já é assustador, imaginem se publicarem como são os reais entraves buracráticos a que temos que nos submeter para exportar! Tem momentos que desejo desistir de trazer divisas para este país.

    Gilnei Moraes BQ 74/199

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