Um dos problemas que se avulta hoje na sociedade e nas organizações advém das decisões tomadas na Educação nos últimos vinte anos.
Dentre a substituição de matérias clássicas fundamentais por outras de cunho mais humanístico estão, sob meu ponto de vista, afastando as novas gerações da competitividade do mercado.
Aliados ao pouco tempo no qual o aluno permanece em sala de aula e as dificuldades de apoio aos professores, pedagogos e estrutura de apoio, os jovens estão, nos últimos cinco anos, adentrando ao mercado de trabalho com baixa capacidade cognitiva, perceptiva (notadamente em relação ao cenário externo adstringente onde sua organização e sua função estão inseridos) o que redunda em baixa capacidade para processo decisório no seu nível de atuação. O famoso "mandar, para ver se cola" sem um filtro adequado no seu nível de interação, acaba por sobrecarregar as estruturas superiores.
Baixa capacidade de leitura, interpretação, e conteúdos escolares cada vez mais "leves" não estão preparando, adequadamente, nossa força de trabalho. Relembrando-se que jovens de sete a dez anos, dezesseis anos atrás, hoje estão em nível de supervisão e de gerência, inclusive de órgãos públicos de serviços essenciais.
Entendo, também, que o paradigma que as gerações atuais são mais "espertas" por serem desembaraçadas no uso de telefonia celular, mídias sociais e tecnologias informacionais caem por terra quando sabemos de acidentes nas estradas com motoristas aptos a operarem aparelhos de GPS, celulares e computadores de suporte logístico mas que, a título de exemplo, desconhecem energia cinética, dinâmica dos fluídos, força centrífuga etc, presentes em tombamentos de carretas e de colisões nas estradas, acidentes em postos de saúde, incêndios em comunidades, em silos de armazenamentos, armazéns etc etc.
Enfim, o ENEM e os baixos índices de aproveitamento nas provas das OAB e Conselhos regionais de medicina, engenharia, etc, vêm, sistematica e "gritantemente" denunciando essa realidade. Tampouco, a propósito das novas matérias humanísticas, de cidadania e de meio-ambiente, não percebo melhorias sociais, pelo contrário, cada vez mais problemas em ambos segmentos.
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário