sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Esforços para erradicar a pobreza extrema


Valor Econômico


Atualmente, 311 mil sergipanos, de uma população total de 2 milhões de habitantes, ainda vivem em condições de extrema pobreza. São pessoas sem rendimento de até R$ 70 mensais. Mais de 50% são mulheres e 49,26% são homens. A maioria (50,84%) vive no meio rural e 49,15% na área urbana. Pelo menos 32,38% desse contingente são analfabetos, pessoas com 15 anos ou mais. "Apoiado em indicadores sociais e econômicos que mostram sinais de redução da pobreza, Sergipe fez uma convocação para erradicação da miséria extrema. Até 2014, é possível tirar uma boa parcela dessa situação", avalia Ricardo Lacerda, assessor especial do Governo de Sergipe.

Desde 2007, destaca o assessor econômico, o Estado vem apresentando uma melhora significativa nos indicadores sociais e econômicos. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Estado, por exemplo, de 0,77, é o mais alto da região Nordeste, seguido pela Bahia, com 0,767, e pelo Rio Grande do Norte, com 0,753. A energia elétrica já chega a 99,40% dos lares sergipanos. A cobertura da rede de esgotos, ainda que deficiente, passou de 30,27% dos domicílios, em 2006, para 43,4%.

Para o governador Marcelo Déda, os avanços decorrem de um planejamento estratégico que visa unificar todas as políticas do Estado - da econômica ao desenvolvimento rural, passando pelas políticas públicas - com um único objetivo: a inclusão plena de todos os sergipanos. Nesse sentido, adianta ele, o governo se prepara para lançar ainda este ano um Programa de Erradicação da Miséria, que busca articular ações de todas as secretarias de governo e integrar as políticas sociais com vistas a abolir a miséria absoluta. "Essa articulação e integração de ações se dará a partir dos programas de distribuição de renda e de inclusão social", afirma o governador.

O governo vai atuar em três frentes: transferência de renda do governo do Estado, que, além do Bolsa Família, conta com um programa de ajuda para produtores de laranja e de cana na entressafra, ações de inclusão produtiva e política de acesso ao serviço público.

No caso do Bolsa Família, o Estado de Sergipe ganhou um reforço substancial com o reajuste médio dos benefícios, de 19,4%, anunciada pela presidente Dilma Rousseff. Segundo Bárbara Mary, coordenadora estadual do Programa Bolsa Família em Sergipe, isso vai atender cerca de 240 mil famílias que recebem o benefício. "O reajuste vai se refletir na redução da desnutrição infantil e no número de famílias extremamente pobres, o que deverá ter reflexos no IDH."

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