O texto abaixo avulta o resultado de nossa baixa qualidade da educação básica que afasta nossos jovens dos postos de trabalho formal.
Esta semana o tema esteve em evidência apesar de não constar na agenda de debates em todos os níveis.
Esta semana o tema esteve em evidência apesar de não constar na agenda de debates em todos os níveis.
Ressalto que os argumentos apresentados fizeram parte de campanhas eleitorais de inúmeros candidatos a vários postos, notadamente os de partidos de esquerda, nos últimos vinte anos no país.
Eles, em sua expressiva maioria, constituem a massa de políticos e governantes há mais de vinte anos e é este o resultado que temos. E o impressionante é que pela taxa de renovação, os mesmos que deixaram de melhorar tais índices são os que voltam tranquilos acerca de suas eleições.
Não é por outro motivo que nossos profissionais estão perdendo espaço para imigrantes melhores qualificados.
Escola ruim compromete início de carreira
Autor(es): Agencia o Globo |
O Globo - 16/08/2010 |
Empresas rejeitam despreparo Embora o número de empregos para jovens esteja aumentando ao longo dos anos, quem tem menos de 25 anos está na base da pirâmide do trabalho no Brasil, ocupando as taxas mais baixas de novos postos abertos com carteira assinada. Dos 14 milhões de empregos criados entre 2003 e 2009, apenas 86.460 foram para jovens entre 16 e 17 anos, índice correspondente a 0,6% do total. Os trabalhadores de 18 a 24 anos contaram com o surgimento de 1,6 milhões de empregos nesses seis anos, 11,6% do total. De acordo com especialistas, o problema está na qualidade da educação recebida pelos jovens. Saídos de escolas que falharam em ensiná-los satisfatoriamente, eles esbarram na resistência do mercado de trabalho em contratar profissionais despreparados. Sem chance de iniciar uma carreira, muitos enfrentam um ciclo vicioso, no qual a falta de experiência passa a ser o principal obstáculo encontrado na fila em busca do primeiro emprego. - O analfabetismo funcional chega a 30% ou até mais. Isso significa que um aluno que cursou oito anos de escola não entende o que lê e não domina as quatro operações aritméticas. A empresa que está envolvida em uma forte concorrência não pode nem pensar em contratar uma pessoa nessas condições - pondera José Pastore, sociólogo e especialista em relações do trabalho. Professor de economia do trabalho na PUC-RJ, José Márcio Camargo alega que a dificuldade em arrumar o primeiro emprego é um fenômeno que se repete no mundo inteiro. Ele defende que o governo invista na melhoria da qualidade das escolas públicas para manter jovens mais tempo nas salas de aula. - O jovem entra no mercado de trabalho muito cedo. Uma pessoa pouco educada é difícil de qualificar. A educação média do jovem brasileiro é muito baixa - conclui. (Catarina Alencastro) . |
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