quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Pesquisas exigem foco e especialização

Minha experiência no assunto:
Via de regra os funcionários, sem a capacidade de se ver o todo no qual a empresa está envolvida, seja por problemas de divulgação de informações ou de acesso a níveis de decisão, metem o pau sem mostrar soluções ou alternativas para se melhorar o que está errado.

A visão paternalista que se dá ao projeto. Via de regra, também, invertem-se percepções, ou seja, os funcionários aceitam estar em uma empresa para se construir algo, produto ou serviço, atendendo-se precipuamente, a missão da organização e o entorno, ambiência - esta com seus óbices estruturais e funcionais - comuns em nossa economia. As respostas comumente apontam para problemas a partir do que o  funcionário gostaria de ter e não o como ele poderia contribuir.

E, por fim para encurtar, uma pesquisa de clima aponta problemas que, comumente, também estão fora do orçamento, ou plano de ação ou mesmo fatores exógenos à organização. Assim, sem sugestões ou saídas, via de regra as pesquisas de clima tendem a serem instrumentos inquisitórios ou caça às bruxas.

A questão da visão fresca do consultor apenas por ele ser de fora pode não agregar muito valor à ferramenta, independentemente da metodologia que venha a ser aplicada.

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Pesquisas exigem foco e especialização

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Simone Balista


O discurso é comum em algumas empresas: "Pesquisa de clima? Eu mesmo faço". É na tentativa de reduzir custos que algumas companhias têm a ilusão de realizar pesquisas de satisfação do público interno dentro de casa, aproveitando o time e os recursos internos.

Não haveria nada de errado na decisão se as companhias tivessem especialistas em metodologia de pesquisas e experiência na condução dos processos que - é preciso lembrar - esbarram em determinadas dificuldades, como qualquer projeto estratégico. Dessa forma, o resultado que se esperava pode, em muitos casos, deixar a desejar. E essa importante ferramenta perde seu papel.

Como consultora há mais de 10 anos neste segmento, já me deparei muitas vezes com o pedido de clientes que iniciaram a realização deste tipo de pesquisa internamente e tiveram que procurar ajuda para finalizá-la. Mudam-se os clientes, mas os motivos são sempre parecidos: não foi possível absorver a demanda de forma a cumprir o prazo, os funcionários não se sentiam seguros em colocar a verdadeira opinião, as questões escolhidas não chegavam a evidências precisas. Ou, ainda, não dispunham de ferramentas adequadas.

Em algumas companhias, dificuldades como essas levam as pesquisas a serem enterradas na gaveta, e se perde uma excelente oportunidade de conhecer como manter o funcionário comprometido e motivado, questão-chave para o crescimento de qualquer negócio. Sem falar no desperdício de tempo que se dedicou à atividade e o prejuízo para a reputação da área, que deixa de entregar aquilo com que se comprometeu. Com o apoio de uma consultoria, esta preocupação deixa de existir e o profissional de RH pode se dedicar às atividades estratégicas de sua área.

Outra questão que as empresas esquecem de avaliar é a importância do sigilo e da isenção na condução de uma pesquisa, uma vez que envolve informações que podem evidenciar falhas internas da companhia. É comum as empresas escalarem profissionais da própria área de RH para a execução da pesquisa de clima organizacional sendo que são eles, também, são os responsáveis pelo capital humano da organização.

Invariavelmente, o que vemos é: em pesquisas de clima, pontos frágeis da área são deixados de lado porque os funcionários sentem-se desconfortáveis em apontar falhas. Quando é comandada por uma consultoria, a pesquisa garante fidelidade e imparcialidade à obtenção e manipulação dos dados.

Além disso, o ‘olhar fresco' de um consultor externo permite à empresa ampliar a avaliação sobre os resultados apresentados, formatando um plano de ação pós-pesquisa que irá somar ainda mais nível crítico à tomada de decisões.

Dessa forma, é inegável a segurança e a economia que o apoio de uma consultoria proporciona às companhias no curto prazo e, ao longo da experiência, a elevação da qualidade dos serviços e a valorização destas áreas dentro das empresas, uma vez que passa a adotar decisões de perfil cada vez mais estratégico e assertivo.
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