terça-feira, 23 de agosto de 2011

A Educação que não vemos sob a lente do "politicamente correto"


Com freqüência venho observando que as pessoas quando se deparam com algum tipo de problema causado por outrem atribuem a culpa a Educação. Todavia também percebo uma generalização como se a Escola fosse a única responsável pela falha.

Mantendo o foco do assunto na formação escolar, tenho observado que o elenco jurídico sob o qual a formação de nossos cidadãos esta subordinada sofre muitas intervenções de cunho político e ideológico alem da malfadada síndrome do “politicamente correto” que, em minha opinião, esta acovardando, cada vez mais, nossa sociedade e nos distanciando do desenvolvimento pleno com a demandada redução de desigualdade social.

Recentemente li em um artigo acerca de uma ferramenta da meritocracia, crime mortal entre os defensores da fragilização de nossas crianças, dando conta de que a exposição de resultados dos exames de âmbito nacional seria uma afronta aos direitos individuais das crianças expondo-as, assim como a Escola, a vergonha do insucesso. Ao invés de melhor se preparar, busca-se o politicamente correto para cavar o buraco onde o avestruz escondera a cabeça ate o perigo passar.

Outra noticia da conta de que a carga de tempos de estudo e de leitura entre crianças e jovens no Brasil e substancialmente menor do que aquela dos países asiáticos e europeus. O que nos leva, sempre a ficar a reboque daqueles países em termos de produção tecnológica de alto valor agregado.

Na mesma linha temos agora que as empresas estão repatriando brasileiros que estudaram no exterior uma vez que o mercado de trabalho não consegue se recompletar com os profissionais saídos das universidades e faculdades brasileiras. A carga de tempos de estudos, de leitura e de composição escrita desses brasileiros educados no exterior supera, de longe, a mesma aqui praticada.

Por fim, venho acompanhando a quantidade de pedidos de vistos de trabalhadores estrangeiros para competir em nosso mercado. Soube, sic, que somente no Recife, semestre passado, foram mais de 38  mil estrangeiros querendo ocupar vagas no complexo portuário do SUAPE porque os nossos compatriotas estão aquém da demanda laboral e intelectual.

Mesmo correndo o risco da radicalização, penso que as matérias oriundas da síndrome do politicamente correto estão tirando espaço daquelas que o mercado precisa. Assim, diminuir-se tempos de língua portuguesa, matemática, historia, ciências, i.e. e dando espaço para matérias com conteúdo de “conscientização social” esta afastando o jovem de um emprego e nada agrega em termos de torná-lo um cidadão mais consciente.

Há muito o que se refletir e mobilizar o cidadão comum para uma mudança. A questão e que o governo, em atitude de governo e não de Estado, impregnou com fartos recursos, os movimentos sociais que hoje alimentam e estimulam esse deplorável cenário.
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PS Falando de educação com teclado desconfigurado e dificil!!

Um comentário:

  1. Muito pertinente seu artigo e concordo que estamos indo na direção errada ao desvalorizarmos a meritocracia e cairmos na armadilha do politicamente correto. Parabéns pela coragem de falar sobre este assunto.

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