Novamente, como dantes, as discussões e perguntas aos candidatos giram em torno de temas que não agregam nenhum valor ao eleitor.
Em um cenário onde temos mais de cinquenta por cento de eleitores na condição de analfabetos funcionais, conforme levantamento do TSE, discutir temas fora da perspectiva dessa considerável massa de eleitores é, sobretudo, um mascaramento quando não um golpe, ainda que inconsciente,. na democracia. Entendendo-se democracia como sendo uma perspectiva mais ampla além, aliás, muito mais além, do que o simples ato de depositar uma escolha nas urnas.
Não é pertinente, a título de exemplo, se perguntar aos candidatos sobre Cesare Battisti, um terrorista italiano que o atual governo concedeu status de refugiado. O presidente, ou a presidente, em uma democracia estável, não pode impor um parecer ao Supremo Tribunal Federal, órgão competente para tal matéria.
Tampouco, sob o mesmo regime, de nada adianta perguntar aos pleiteantes sobre união de pessoas de mesmo sexo, pois também é uma matéria na qual o eleito não poderá resolver por intermédio de medidas provisórias.
Entendo, assim, que este também é um tipo de alienação da realidade promovido pelos órgãos de imprensa. Os temas fundamentais para o grande gerentão, o executivo das necessidades e vontades da sociedade, são de ordem de infra-estrutura, de segurança e de desenvolvimento que, por sua vez, só ocorre após as priemeiras estarem consolidadas no que se convenciona, nestes últimos tempos, de se chamar "sustentável".
Lamento pelo tempo de que está perdendo frente ás telas de televisão ou de emissoras de rádio. Dá uma impressão boa de que faz-se parte da partida ao ouvir perguntas tendenciosas que levam a respostas genéricas e evasivas. O que se tem a impressão é que os respeitáveis candidatos estão, de forma circunspecta e loquaz, falando para um círculo restrito e fechado e nos tratando como idiotas.
Não me sinto esclarecido, tampouco tendo noção do que o candidato pretende fazer para consolidar uma diretriz com que tipo de base aliada, uma vez que vivemos em democracia. A saída e desligar a televisão e voltar para meu livro.
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Não me sinto esclarecido, tampouco tendo noção do que o candidato pretende fazer para consolidar uma diretriz com que tipo de base aliada, uma vez que vivemos em democracia. A saída e desligar a televisão e voltar para meu livro.
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É... a cada ano eleitoral q vem, as coisas parecem não avançar muito...
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Quanto ao caso de Cesare Battisti: é pertinente, sim, perguntar aos candidatos qual a sua posição - o STF reconheceu e estabeleceu que a decisão acerca da extradição ou permanência no Brasil será do Presidente da República.
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